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E. F. Bragança
(1906-1965) |
TIMBOTEUA
Município de Nova Timboteua, PA |
E. F. Bragança - km 146,220 (1960) |
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RS-4162 |
Altitude: 50 m |
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Inauguração: 1906 |
Uso atual: desconhecido |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Em 1616,
quando Francisco Caldeira Castelo Branco aportou em Belém,
já lá encontrou comerciantes batavos e ingleses. Com a cidade já estabelecida,
açorianos também ali se instalaram e com isso outros núcleos foram
surgindo, como Souza do Caeté, a futura Bragança. Para prover o abastecimento
da região, já existia a cidade de São Luiz, no Maranhão, mas as comunicações
por mar, por terra e por via fluvial eram difíceis. Ao longo do caminho,
formaram-se pequenos povoados, como Castanhal, Igarapé-Açu, Timboteua
e Capanema. Somente no último quarto do século 19 é que o Governo
Provincial resolveu-se pela construção de uma estrada de ferro na
região, quando esta já tinha produção agrícola razoável, mas uma imensa
dificuldade de escoamento. A ferrovia deveria ligar Belem a São
Luiz. Em 1870 já havia negociações nesse sentido. Após várias
demoras e desistências, a obra começou em meados de 1883. Em 24 de
junho de 1884 foi inaugurado o trecho inicial até a colônia de Benevides
e em 1885, a Apeú. O trecho seguinte até Jambu-Açu, a 105 km de Belém,
foi completado em 1897. Até 1907, a ferrovia avançou mais 31 km e
em 1908 chegou a Bragança, seu objetivo mais importante: a essa altura,
São Luiz era já um sonho numa estrada que não atingia 300 km de extensão.
A ferrovia, sempre deficitária, tentou-se arrendar em 1900, mas, como
o desenvolvimento na região por ela percorrida compensava os prejuízos,
resolveu-se por um empréstimo externo no valor de 650 mil libras esterlinas.
Finalmente, em 1923, a ferrovia foi repassada para a União e o Estado
tornou-se seu arrendatário até 1936. A partir daí, passou de vez para
administração federal. Em 1965, em péssimas condições de operação,
fechou de vez. |
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A ESTAÇÃO: Em 1888, Serafim
dos Anjos Costa requereu junto ao governo provincial área de terras
onde hoje se localiza a sede
ACIMA: A estação de Timboteuai, próxima
à Estação Experimental, localizada entre esta
estação e a de Peixe-Boi, em mapa de 1908 (Revista Brasileira
de Geografia, jul-set 1961).
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municipal de Nova
Timboteua. O local atraiu novos
moradores e em 1892 o núcleo já estava instalado. O povoado
de Timboteua foi reconhecido em 1895, porém
a população entrou en decadência e o povoado acabou se extinguindo
em 1906, em função da construção da Estrada de Ferro de Bragança,
que passava a alguns quilômetros dali. Com a estação
ali erigida, surgiu um núcleo às margens da estrada de ferro,
a localidade denominada de Tabuleta, por causa da existência
de um marco da quilometragem da via férrea. A estação,
no entanto, já se chamava Timboteua desde a
inauguração. Era esta, aliás, a estação
mais alta de todas as da rede bragantina: estava a apenas
50 m de altitude. Em 1915,
AO LADO: Notícia trágica em
1959. Uma família inteira morreu, próxima à
estação de Timboteua, devido ao choque de um
trolei com dois vagões da ferrovia (Folha da Manhã,
5/8/1959).
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devido ao progresso, Tabuleta
atingiu a condição de povoado. Essa denominação não perdurou, optando
os moradores pela de Nova Timboteua, para diferenciar da "velha"
Timboteua. O município de Nova Timboteua foi criado
em 1943. Aliás, diz a lenda que Fidel Castro seria brasileiro
e teria nascido exatamente aqui. Por que teria ele emigrado para fazer
uma revolução em Cuba? Em 2008, a velha estação estava
de pé. Era, então, a agência dos Correios. Também não
era a estação original, que aparece em foto de 1970.
Mas os armazéns da ferrovia não existem mais. E a placa de aço esmaltado
- igual ao das antigas placas de ruas - ficava meio escondida. Só
avistava quem procurava por ela.
(Fontes: José Maria Quadros de Alencar:
Blog do Alencar, 23/01/2008; Folha da Manhã, 1959; Wikipedia) |
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A estação em 1907. Foto de autor desconhecido
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A estação em janeiro de 2008. O prédio
não é o mesmo de cem anos antes. Foto José
de Alencar. |
A estação em janeiro de 2008. O prédio
não é o mesmo de cem anos antes. Foto José
de Alencar. |
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Atualização:
03.03.2014
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