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E. F. Sorocabana
(1921-1971)
FEPASA (1971-1996)
CPTM (1994-) |
CARAPICUÍBA
Municípios de Santana de Parnaíba
(1921-1949);
Barueri (1949-1963);
Carapicuíba (1963-), SP |
Linha-tronco - km 22,304 (1931) |
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SP-0709 |
Altitude: 717 m |
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Inauguração: 1921 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1979 |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: O "posto
telegráfico do km 23" foi aberto em 1921, mas somente aparece
a partir de 1923 nos relatórios da Sorocabana e também nos
jornais, em horários de trens para Barueri nas festas
de Pirapora, como por exemplo em 5/8/1923 (O Estado de S.
Paulo). Foi aberto para estabelecer o ponto de embarque de gado,
principalmente para o matadouro do km 21, junto à atual estação
General Miguel Costa e hoje demolido, e para o embarque de
areia do porto pertencente na época a João Zeferino
Ferreira Veloso.
Ainda em 1923, foi renomeada como Carapicuíba, na época pertencente
ao município de Santana de Parnaíba. A velha aldeia
de Carapicuíba, entretanto, de quase 400 anos de idade na época,
distava mais de 10 km da estação.
Em 26 de janeiro de 1926 (segundo o historiador Pedro Tenório),
foi entregue um prédio novo, que curiosamente no relatório da Sorocabana
de 1927 aparece com o nome de Sylviania e não como Carapicuíba.
Isto provavelmente se devia ao fato de que o primeiro loteamento perto
da estação se chamava Vila Silviania (nome de um loteamento
dado em homenagem a Sylvio de Campos, irmão do Presidente do
Estado à época, Carlos de Campos). No final deste
mesmo ano o nome voltou ao original (ver caixa abaixo).
Em volta da estação, começou a se formar o núcleo da vila que, depois
de passar para o município de Barueri como distrito quando
da emancipação deste em 1949, tornou-se município em 1964.
A partir provavelmente dos anos 1960, passaram a sair da estação
os trilhos do desvio (ramal) do IBC, que seguem até hoje para
o seu depósito do outro lado do Tietê, na entrada do
atual bairro do Tamboré, já no município de Barueri.
O ramal estava desativado havia vários anos em 2016.
A velha estação foi derrubada na época de sua substituição
pela atual. Ela se situava um pouco além, a oeste. "Nessa
plataforma (da estação velha), em especial nas sextas-feiras,
aguardava a passagem do LR 3 só para curtir o grande trem que era
com seus diversos carros (em geral, 20), exatamente às 18h35. Esse
trem partia de Julio Prestes às 18h10, com parada na estação Barra
Funda. Naquela época, dava para ver a luz da locomotiva assim que
passava pela estação km 21 e vinha fazendo as curvas até entrar na
reta da estação Carapicuiba. Claro, essas visões acabaram-se em 1977"
(Carlos R. Almeida, novembro de 2008).
"Os passageiros dos subúrbios foram remanejados para
uma estação provisória de madeira, coberta, permitindo
que seja demolida a atual, por onde passarão as futuras linhas
do sistema" (Revista Ferroviária, abril de 1978).
De acordo com a mesma notícia, a estação nova
teria duas plataformas com 245 metros de extensão cada. A atual
foi inaugurada pela Fepasa em 25/01/1979, e em 2023 serve aos trens urbanos
da CPTM.
CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR A ESTAÇÃO VISTA DO SATELITE
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1924
AO LADO: A estação foi entregue ao tráfego
mútuo entre ferrovias (O Estado de S. Paulo, 11/4/1924).
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1927
AO LADO: Sylviania volta a se chamar Carapicuíba
(O Estado de S. Paulo, 2/12/1927).
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1939
AO LADO: Acidente com morte em Carapicuíba em 1939
(O Estado de S. Paulo, 23/9/1939).
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1940
AO LADO: Mais um acidente com morte em Carapicuíba
(O Estado de S. Paulo, 13/6/1940). |
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ACIMA: O pátio da
estação de Carapicuíba em 1940. Para a direita,
São Paulo. Para a esquerda, Sorocaba (Acervo Stenio Gimenez).
ACIMA: Até provavelmente os anos 1970, quando existia
a velha estação, a placa dos tempos de Sorocabana estava
na plataforma da estação. Hoje está no museu
de Jundiaí (Foto: Ralph M. Giesbrecht em 2016).
ACIMA: Passageiros demais para trens de menos na velha estação de Carapicuíba em 1977. A construção da nova estação (a atual) começaria não muitos meses depois - CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VER A REPORTAGEM SOBRE A FALTA DE TRENS NA CIDADE (Diario Popular, 30/7/1977).
ACIMA: Passageiros lutam para entrar no trem que chega na velha estação de Carapicuíba em 1977 (Diario Popular, 30/7/1977).
ACIMA: Passageiros lutam para entrar no trem que chega na velha estação de Carapicuíba em 1977 (Diario Popular, 30/7/1977).
ACIMA: Desembarque de passageiros do trem que chegou à velha estação nos anos 1970 (Autor desconhecido).
ACIMA: A estação
nos anos 1980 (Autor desconhecido).
ACIMA: O ramal do IBC, em mapa de 1992: logo
após a estação (no canto esquerdo inferior),
a linha segue para o norte, acompanhando o lago de extração
de areia e cruza o canal do rio Tietê antes de chegar aos depósito
da AGEF e do IBC. (Cessão: Rafael Asquini, 2007).
ACIMA: Trens no desvio em 12/2006. O desvio voltava a operar nesse ano depois
de 3-4 anos sem tráfego. O depósito ao fundo das fotos
era do IBC. Só o IBC ainda operava, o AGEF não (Fotos
Ricardo Koracsony).
ACIMA: Cena um tanto incomum na estação
de Carapicuíba: um cargueiro, que está voltando do desvio
do IBC, passa ao lado de um TUE que está partindo para Itapevi.
Ao fundo, o viaduto que liga o centro de Carapicuíba ao Tamboré
(este, para a direita) (Foto Carlos R. Almeida em 22/1/2008).
ACIMA: Pátio da estação, sentido Barueri,
em outubro de 2016 (Foto Ralph M. Giesbrecht).
ACIMA: A estação em 7/7/2023 (Foto Janaina Kapitanovas).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 2021; Janaina Kapitanovas, 2023; Miguel Costa
Jr. (in memoriam), 1998; Rafael Asquini; Stenio Gimenez; Carlos Roberto
de Almeida; Ricardo Koracsony, 2002; O Estado de S. Paulo, 1923, 1924 e
1939; Pedro Tenório: Carapicuíba, Passado e Presente - 1580-2003,
Simpress Art, 2003 - p. 91; Revista Ferroviária, abril de 1978;
E. F. Sorocabana: Guia, 1967; E. F. Sorocabana: Relatórios
anuais, 1910-69; Folha da Região, 1979; Mapas - acervo R. M.
Giesbrecht) |
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Estação antiga, 1963. Embora não possa
ser bem vista nesta foto, a tipologia é a mesma da de
George Oetterer, exceto pelo torreão. Foto cedida por
Ricardo Koracsony |
A estação antiga em 1967. Notar que comparando
com a foto de 1963 é a mesma, mas aqui se vê a
estação à frente, com o torreão
(cabine de controle?) e a casinha em primeiro plano em 1963,
agora em segundo plano (Guia EFS, 1967) |
A estação, nos anos 1970, aparentemente durante
as obras de construção da estação
atual, com linhas e passarela provisórias. Foto Carlos
Roberto de Almeida |
A estação, no dia da inauguração
do prédio atual, em 1979. Foto do jornal local "Folha
da Região" |
Em 21/05/1998, a fachada da estação da CPTM. Foto
Ralph M. Giesbrecht |
Saída da estação, em 09/2002. Foto Ricardo
Koracsony |
A estação em 2002. Foto Ricardo Koracsony |
A estação de Carapicuíba em 8/2/2023. Foto Carlos M. Andrade |
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Atualização:
08.07.2023
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