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L M N O P
Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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Quitaúna
Gal. Miguel Costa
Carapicuíba
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Tronco EFS-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2015
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E. F. Sorocabana (1951-1971)
FEPASA (1971-1994)
CPTM (1994-)
GENERAL MIGUEL COSTA
(antiga MATADOURO e KM 21)

Município de Osasco, SP
Linha-tronco - km 21   SP-0845
Altitude: -   Inauguração: 1951
Uso atual: estação de trens metropolitanos   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1979
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
 
A ESTAÇÃO: O nome original da estação General Miguel Costa era apenas "km 21", mas, como perto dela, localizava-se um matadouro, na então divisa dos municípios de São Paulo e Barueri, o nome ficou popularizado como Matadouro, nome usado já nos relatórios da Sorocabana no início dos anos 1970.

Em 1939, antes, portanto, de ser utilizado como parada de trens de subúrbios, havia um pátio no local da futura estação, com o nome Quilômetro 21 (ou Km 21) para descarga de gado para o matadouro e vindo da estação de Pirituba, na SPR, passando pelo pátio da Barra Funda, onde linhas da EFS e da SPR podiam fazer a ligação. Não havia transbordo, pelo fato de já existir então bitola mista entre a Barra Funda e o km 21 (Veja caixa mais abaixo, sobre isto).

Com o passar do tempo, ele foi desativado e a região tornou-se densamente habitada, e, junto à agora divisa dos municípios de Osasco e de Carapicuíba, este desmembrado de Barueri, construiu-se um enorme conjunto de prédios da COHAB. Os moradores destes utilizavam-se da estação para embarque e desembarque, mas com o tempo passaram a ser motivo de chacota dos outros passageiros, que diziam que quem ia para esta estação ia "para o Matadouro". Houve até casos de morte por isso.

A Sorocabana, então, cancelou o nome e renomeou-a apenas como "km 21".

Em
25/01/1979, a estação passou a ter um prédio novo, para atender agora não mais à Sorocabana, mas aos trens da Fepasa, demolindo-se, então, o prédio antigo.

Em 1987, o filho do General Miguel Costa (comandante da Força Pública entre as revoluções de 1930 e 1932 e também um dos chefes da famosa coluna Miguel Costa-Prestes), Miguel Costa Filho, conseguiu o nome de seu pai para a estação, alegando que uma estação importante como aquela não poderia ter um nome como "km 21" e que seu pai havia estado várias vezes na região, por volta de 1920, com amigos. Como a estação ainda não existia nessa época, eles pediam ao maquinista para parar o trem por ali e desciam. Em 05/12/1987, a estação passou a ter o nome atual.

Ela está situada exatamente na divisa de Osasco com Carapicuíba, onde termina a avenida dos Autonomistas e começa a avenida Rui Barbosa. A plataforma termina ao lado do rio Carapícuíba, a céu aberto e divisor dos dois municípios. A estação, até 1978, ficava em Carapicuíba; hoje, fica em Osasco, pois a atual foi construída mais a leste.

"O matadouro ficava em frente à estação (prédio à esquerda - ver foto dos anos 1960, abaixo). Após a curva que vemos na foto fica o córrego que hoje é divisa de Carapicuíba com Osasco. A atual estação fica depois do riacho. Parte da antiga plataforma do lado direito da foto fica em frente à favela que hoje existe ali. O matadouro depois de desativado ficou abandonado por muitos anos. Então começou a ser invadido e se transformou num enorme cortiço com extensão à favela que existia nos fundos do antigo "lixão" de Carapicuíba. Por ocasião da construção do rodoanel a favela foi removida e o que ainda restava das paredes do antigo matadouro foi derrubado. Hoje, vê-se apenas pequenos sinais dos alicerces. A favela só mudou de lado. E hoje coloca em risco a operação ferroviária com constantes riscos de atropelamentos das pessoas que por ali transitam indevidamente" (Carlos Almeida, 12/2005).

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1939
AO LADO:
Gado de Pirituba para o matadouro em 1939 (O Estado de S. Paulo,31/8/1939)

1960
AO LADO:
A vida de Miguel Costa (Folha de S. Paulo, anos 1960).



1932
AO LADO:
Cartão de visita de Miguel Costa com recado para meu avô Sud Mennucci (1932).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Glauber Guedes; Carlos R. Almeida; José Luiz Alves de Oliveira; Miguel Costa Filho; William Gimenez; E. F. Sorocabana: relatórios anuais; Folha de S. Paulo, 2/9/1961; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação antiga do Matadouro, anos 1960. Acervo José Luiz Alves de Oliveira

Plataforma da estação atual, anos 1990. Foto cedida por William Gimenez

A estação em 11/10/1992. Foto Carlos R. Almeida

Em 21/06/1998, a estação. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 2014. Foto Glauber Guedes
 
     
Atualização: 04.09.2017
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.