|
|
...
Queluz
Engenheiro Bianor
Engenheiro Passos
...
ram. S. Paulo EFCB-1950
...
ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
...
|
|
|
|
|
E. F. Central do
Brasil (1921-1975)
RFFSA (1975-1998) |
ENGENHEIRO
BIANOR
Município de Queluz, SP |
Ramal de São Paulo - km
221,559 |
|
SP-0246 |
Altitude: - |
|
Inauguração: 18.08.1921 |
Uso atual: nenhum (2008) |
|
com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
|
|
|
HISTORICO DA LINHA: Em
1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do
Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo
da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em
12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica,
encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro
e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal,
que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo
Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga
(1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias
se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram,
e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"...
O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi
uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba.
Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar
E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida
E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as
2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cacheoira-Taubaté)
e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA.
O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos
anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte,
foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998,
o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado,
com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a
concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde
1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e
no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ. |
|
A ESTAÇÃO: A parada
de Engenheiro Bianor foi inaugurada em 1921, e recebeu o nome
do engenheiro Bianor Silvano de Mendonça, ajudante técnico
da 5a divisão da Central em 1900.
Última estação do ramal em território
paulista, fica muito próxima à divisa estadual São
Paulo-Rio.
Em 4 e 5 de agosto de 1932, a estação, que ainda era
um prédio de madeira com uma pequena vila ferroviária
às margens do rio Paraíba do Sul, muito próxima
à divisa de Estados São Paulo/Rio de Janeiro, foi palco
de uma batalha entre tropas constitucionalistas paulistas e federais,
no dia 4, os governistas ocuparam a estação, mas no
final do dia os paulistas a retomaram. No dia seguinte, outra vez
a estação é tomada e retomada, e no final do
dia estava em posse dos governistas.
Com a estação perdida, aparece o trem blindado, no que
foi, aliás, a sua estréia na revolução
de 32: saindo de Queluz, aparece ele de surpresa fazendo "uma
incursão diabólica nas linhas inimigas. Causou pavor
entre os ditatoriais, que abandonaram as suas posições,
as quais infelizmente não puderam ser retomadas pelos nossos;
como sempre, faltavam tropas frescas aos paulistas". "Esta
parada deve ter sido construída nos anos 1950, com a construção da
variante. Pelas informações que obtive, a Eng. Bianor original ficava
no outro lado da represa, sentido SP, um pouco depois da ponte submersa.
Nela funcionava um posto telegráfico, mas não sei se a represa chegou
a atingir o local onde ela ficava" (Marco Giffoni, 7/2008).
Se olharmos o Guia Geral de 1960, a estação já
não mais aparece: teria ela sido fechada e rebaixada a parada?
Pelas fotografias atuais, era uma paradinha mesmo apenas.
|
1931
AO LADO:
Acidente a 2 km da estação (O Estado de S. Paulo,
1/3/1931).
|
ACIMA: Desastre com dois trens de passageiros
da Central, NP-1 e NP-2, matou dois funcionarios do tratados de cavalos
Lineu de Paula Machado - CLIQUE SOBRE A IMAGEM PARA VÊ-LA
EM TAMANHO MAIOR (Folha da Manhã, 10/7/1948).
ACIMA: Arte ferroviária: na treliça
de madeira da parada, a inscrição "Eng Bianor"
(Foto Marco Giffoni, em julho de 2008).
ACIMA e ABAIXO: A ponte do Salto, construída por volta de 1875 na linha original da Central e depois, com a variante, ficou sob as águas do rio. Às vezes ela reaparece das águas (cessão ds fotos: Celso B. Paiva - anos 1880 e 2019).
(Fontes:
Marco Giffoni; Renato Philippini; Hernâni Donato: A Revolução
de 32, 1982; Folha da Manhã, 1948; Fon-fon, 1932; Max Vasconcellos:
Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Guia Geral das
Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
|
|
|
A estação original, aparentemente de madeira,
em 1932. Fon-fon, 27/8/1932 |
O fotógrafo na parada, em 05/2004. Foto Renato Philippini
|
A parada, em 05/2004. Foto Renato Philippini |
|
|
|
|
|
|
|
Atualização:
08.04.2019
|
|