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E. F. Dom Pedro
II (1873-1889)
E. F. Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-1996) |
ENGENHEIRO
PASSOS
(antiga BOA VISTA)
Município de Resende, RJ |
Ramal de São Paulo - km
216,554 (1928) |
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RJ-0326 |
Altitude: 465 m |
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Inauguração: 30.06.1873 |
Uso atual: restaurada em 2020. Uso desconhecido |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Em
1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do
Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo
da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em
12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica,
encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro
e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal,
que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo
Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga
(1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias
se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram,
e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"...
O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi
uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba.
Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar
E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida
E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as
2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cachoeira-Taubaté)
e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA.
O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos
anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte,
foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998,
o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado,
com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a
concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde
1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e
no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ. |
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A ESTAÇÃO: A estação
chamava-se Boa Vista em sua inauguração, em 1873.
Em 1879, "a estação de Boa Vista recebe a maior parte do comércio
do Sul de Minas" (Francisco Pereira Passos: As estradas
de ferro do Brasil, 1879).
Em 1891, mudou seu nome para homenagear um diretor da Central, Francisco
Pereira Passos (ver caixa abaixo, de 1891). Mesmo assim, durante algum tempo, ainda se referiam a ela com o nome antigo (ver caixas abaixo, 1894).
Veja aqui mapa de linhas do pátio da estação
de Boa Vista em 1909: Folha
209
É a última estação do ramal em território
fluminense, sendo que três quilômetros mais à frente
a linha entra no Estado de São Paulo. A estação
é uma das mais conhecidas da linha, pois está ao lado
da via Dutra, e no início dos anos 1990 foi modelada pela Frateschi
- único fabricante de ferreomodelismo na América Latina
e um dos melhores do mundo - para uso em maquetes.
A estação é tombada pelo IPHAN.
Infelizmente a estação, que pelas fotos parece bem cuidada,
já em 2006 não estava: "A estação está se acabando
também. Cada vez que passo por lá tem um pedaço a menos"
(Bruno Castilho, 07/2006).
Em janeiro de 2018, o armazém estava em ruínas. Parte
do telhado já havia ruído. Já em novembro do mesmo ano, a estação estava em condições razoáveis, mas pichada, externamente.
Em 2020 estava em restauro para se tornar ponto de informações turisticas.
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1891
AO LADO: O nome da estação passa a ser Engenheiro Passos (O Estado de
S. Paulo, 30/10/1891). |
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1894
AO LADO: Inundação entre as estações de Boa Vista e de Itatiaia (O Estado de
S. Paulo, 15/3/1923). |
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1894
AO LADO: Dois dias mais tarde, a retomada de tráfego de trens no trecho entre as estações de Boa Vista e de Itatiaia (O Estado de
S. Paulo, 17/3/1894). |
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1923
AO LADO: Parada para romeiros
do trem noturno na estação (O Estado de
S. Paulo, 19/8/1923).
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ACIMA:
Fotografia da estação ainda com o nome original, Boa
Vista. Notar a cobertura diferente da plataforma e o telhado de duas
águas na parte central, detalhes que foram retirados mais tarde
(Autor e data desconhecidos).
1925
- ACIMA: Acidente ferroviário em Engenheiro Passos (A Careta,
7/11/1925).
1925
- ACIMA: Acidente ferroviário em Engenheiro Passos -
CLIQUE SOBRE A IMAGEM PARA VER A REPORTAGEM TODA (O Estado de
S. Paulo, 2/11/1925).
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1931
AO LADO: Descarrilamento na estação
(O Estado de S. Paulo, 12/4/1931).
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1932
AO LADO: Acidente próximo à estação (O Estado de S. Paulo, 1/4/1932). |
1934
- ACIMA: A estação de Engenheiro Passos.
Uma beleza ver esta estação funcionando, ela, que já
conheci abandonada (Foto Eurico Pedroso Filho - acervo Maria Cristina
de Gusmão Lobo Pedroso).
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1934
AO LADO: A Estação torna-se parada para trens noturnos na estação (O Estado de
S. Paulo, 1/5/1934).
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ACIMA: A vila já era decadente em 1972 e a estação,
segundo a reportagem, já estava fechada e em ruínas
(PARA VER TODA A NOTÍCIA, CLIQUE SOBRE O TEXTO) (O Estado
de S. Paulo, 13/8/1972).
ACIMA: (A estação em ruínas
em janeiro de 2018 (Fotos Paulo Ricardo Motta).
ACIMA: (A estação em 2/1/2021(Fotos Felipe Medeiros).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Paulo Ricardo Motta; Ricardo Corte; Eurico Pedroso Filho; Maria Cristina
de Gusmão Lobo Pedroso; Manuel Monachesi; Carlos Latuff; Bruno
Castilho; A Careta, 7/11/1925; Informativo Frateschi, 1991; Max Vasconcellos:
Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; Francisco Pereira
Passos: As estradas de ferro do Brasil, 1879; IPHAN-RJ; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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A estação c. 1950. Acervo Wanderley Duck |
A estação, por volta de 1990. Foto do Informativo
Frateschi |
O armazém da estação, sem data. Foto Manoel
Monachesi |
A estação, sem data. Autor desconhecido |
A estação em 1998. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 2004. Foto Carlos Latuff |
A estação em 2004. Foto Carlos Latuff |
A estação em 2006. A estação
mesmo é o prédio de dois andares; a da frente
é o armazém. Foto Bruno Castilho. |
A estação em 1/2012. Foto Ricardo Corte |
O armazem da estação em ruínas em janeiro de 2018.
Foto Paulo Ricardo Motta
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A estação abandonada em 25/11/2018. Foto Rafael Cardoso |
O prédio mais baixo da estação restaurado, em 2020. Foto Reginaldo Passos |
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Atualização:
05.01.2021
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