|
|
E. F. Dom Pedro
II (1877-1889)
E. F. Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-1996) |
SANTOS
DUMONT
(antiga JOÃO GOMES e PALMIRA)
Município de Palmira, MG (1877?-1932);
Município de Santos Dumont, MG (1932-) |
Linha do Centro - km 324,094 (1928) |
|
MG-0180 |
Altitude: 838 m |
|
Inauguração: 01.02.1877 |
Uso atual: museu ferroviário (2019) |
|
com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
|
|
|
HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali construída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
|
A ESTAÇÃO: A estação
de Palmira foi inaugurada como estação provisória (ver caixa de 1877 abaixo), em 1877. Era apenas um vilarejo,
chamado João Gomes, com poucas casas nessa época,
mas cresceu muito com a ferrovia.
Em 1890 tornou-se município. Terra da família Santos
Dumont, que depois daí saiu para Ribeirão Preto,
em São Paulo.
Em 1902, a estação "era a inicial da E. do F.
do Rio Doce" (nada a ver com a futura E. F. Vitoria a Minas), segundo a publicação Estrada de Ferro Central do Brasil, 2o volume,
Imprensa Nacional, 1902). O tal ramal então já existiria
nessa época ou era apenas um projeto - as fontes dão
o início do ramal de Mercês saindo da estação
a partir de 1911.
Em 1932, o nome da cidade foi alterado para Santos Dumont, que havia falecido neste ano, no Guarujá, em São Paulo, e também o da estação. A plataforma coberta em frente
ao prédio da estação, de onde saía esse
ramal, existe até hoje, embora as telhas não sejam mais
as originais (segundo Gutierrez L. Coelho, 12/2003).
Havia uma parada um pouco mais à frente na linha, junto à
fazenda Cabangu, da família Santos Dumont, que
tinha o nome da família; com a mudança do nome da cidade,
a parada passou a ter o nome da fazenda.
1877
AO LADO: Anuncio da inauguração da estação de João Gomes (depois Palmyra, depois Santos Dumont), que ocorreria em 1/2/1877, três dias depois (Gazeta de Noticias, 29/1/1877). |
|
1892
AO LADO: Posição geográfica de tres estações deve ser alterada - Barbacena, João Gomes e Juiz de Fora (O Estado de S. Paulo, 3/6/1892). |
|
1894
AO LADO: Acidente na estação de João Gomes (O Estado de S. Paulo, 17/1/1894). |
|
ACIMA: Inauguração do ramal de Mercês,
"restabelecendo o antigo ramal da E. F. Rio Doce", segundo
a revista, com trem festivo na estação de Palmyra em
1911 (O Malho, 15/7/1911).
1923
AO LADO: Trens suburbanos entre Palmyra e Benfica, em
João de Fora (O Estado de S. Paulo, 17/6/1923).
|
|
ACIMA: Saída em espiral do ramal de
Mercês da estação de Santos Dumont (na época,
Palmyra), em 1928. "Tomando o rumo leste, a linha (do
ramal) descreve uma espiral, voltando a passar sobre si própria
por meio de um viaduto; forma assim uma circunferencia perfeita que
deu à localidade o nome de bairro do Ó. Continuando
a subir, o trem atinge a garganta do vale do Ouro; depois, seguindo
a direção nordeste, desce a vertente meridional do rio
do Pinho". Ou seja, o mapa acima não deve estar apontando
sua parte alta para o norte, e sim, leste. A estação
de Santos Dumont está fora do mapa, na parte baixa deste (Extraído
do livro de Max Vasconcellos, Vias Brasileiras de Comunicação,
1928, p. 352a).
ACIMA: Estação e pátio
de Palmira em 1930. A primeira linha à esquerda é
a saída para o ramal de Mercês (Acervo Jorge A. Ferreira).
1931
AO LADO: Crime no trem próximo à estação
(O Estado de S. Paulo, 27/5/1931).
|
|
1932
AO LADO: Choque de máquinas na estação (O Estado de S. Paulo, 15/10/1932). |
|
1941
AO LADO: Acidente com trem de carga próximo à estação atrasa o noturno mineiro (O Estado de S. Paulo, 15/10/1932). |
|
ACIMA: (à esquerda) A linha do ramal saía da
estação central, passava por aqui, vindo do fotógrafo
para o fundo da foto,no sentido dos baixos da ponte, que está
em cima... (à direita) Continuando, passava por baixo
da ponte, subindo cada vez mais... ABAIXO: (à esquerda)
Passava por baixo da ponte, subindo (agora, no sentido do fotógrafo,
já atravessou os baixos da ponte)... (à direita)
Finalmente, passava por sobre a ponte, depois de uma rampa de 360o,
seguindo para fora da cidade (Fotos Pedro Paulo Resende, em 02/2008).
ACIMA: A locomotiva da MRS entra no pátio da estação
de Santos Dumont, em janeiro de 2008 (Foto Thomas Correa).
ACIMA: A locomotiva a vapor e os antigos carros do Trem de Prata (Rio-São Paulo) no pátio da estação
de Santos Dumont, em outubro de 2018 (Foto Ludmila Albuquerque da Costa).
(Fontes: Gutierrez L. Coelho; Hugo Caramuru;
Pedro Paulo Resende; Jorge A. Ferreira; Manoel Monachesi; Nilson Rodrigues;
Thomas Correa; Carlos Latuff; O Estado de S. Paulo, 1923; O Malho,
1911; ___: Estrada de Ferro Central do Brasil, 2o volume, 1902; Max
Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928;
Guias Levi, 1932-84; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
|
|
|
A estação de Palmyra, anos 1920. A foto está
alongada e achatada. Foto cedida por Nilson Rodrigues |
Ao centro, a apinhada estação de Santos Dumont,
nos anos 1980. Foto Manuel Monachesi |
A estação em 1982. Foto Manuel M. Monachesi |
A estação em 1987. Foto Hugo Caramuru |
A estação de Santos Dumont, em 2000. Foto Jorge
A. Ferreira |
Guindaste de linha na estação de Santos Dumont,
em 2000. Foto Jorge A. Ferreira |
Plataforma de saída do antigo ramal de Mercês,
em 2003. Foto Gutierrez L. Coelho |
A estação em 14/10/2006. Foto Jorge A. Ferreira |
A estação em 24/10/2009. Foto Jorge A. Ferreira |
A estação em 17/2/2017. Foto Hugo Caramuru |
|
|
|
|
|
|
Atualização:
23.11.2022
|
|