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RFFSA (1981-1996)
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WILSON
LOBATO
Município de Pedro Leopoldo, MG |
Linha do Centro - km - |
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MG-2046 |
Altitude: - |
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Inauguração: 1981 |
Uso atual: FCA (2009) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1981 |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Wilson Lobato foi inaugurada em 1981, segundo informações
de Jonathan Sobral, de Matosinhos, MG.
Por ali passa
a linha de bitola mista (métrica e larga, 1,60m.
É Ronaldo Carvalho de Sousa quem conta, em 9/4/2021: "Fui engenheiro auxiliar na Residência de Sabará (1979-81), engenheiro residente em Pedro Leopoldo (1981-84), Chefe da Unidade de Via Permanente do Segundo Distrito de Belo Horizonte (1986-88), engenheiro residente em Itaúna (1988-91), Chefe do Departamento de Via da Superintendência de Belo Horizonte da RFFSA (1993-96). Chequei os trechos nos quais trabalhei mais de perto conferindo no seu site e ele está perfeito.
"Inclusive, obtive informações que desconhecia. Algumas estações extintas há muitos anos, que só quem tinha intimidade com o trecho conhecia, está lá. Mais uma vez parabéns.
"Quanto ao Pátio Wilson Lobato, apelidado carinhosamente por Leopoldão, fui eu quem o construiu. A linha em bitola mista, em TR57, ia até a fábrica de cimento Ciminas, a mais ou menos um km do pátio de Pedro Leopoldo. Depois da chave da Ciminas, ainda havia um rabicho de um km de bitola mista, mas com trilhos TR45. O nosso superintendente, na época Júlio Ribeiro Gontijo, me incumbiu de uma missão de construir o pátio que era para formação de trens e, também, transformar a linha bitola métrica em bitola mista até a Calsete, próxima ao pátio de Sete Lagoas. Recebi como recurso, 20 homens emprestados de outras residência da própria Superintendência de BH, os dormentes novos necessários, e os trilhos e acessórios, usados, alguns em mal estado, que foram selecionados e transformados em barras (se não me engano de 60 metros) no estaleiro de soldas que existe no Leopoldão. O prédio da estação e os tanques de combustíveis foram construídos por empreiteiros, cujo nome não me recordo. A data confere.
"O Wilson Lobato era o engenheiro que me antecedeu. Ele permaneceu neste posto por 40 anos e tive orgulho de conhecê-lo e substituí-lo. Ele faleceu por volta de 1981 em Pedro Leopoldo (não tenho certeza da data). O nome foi dado ao pátio por minha sugestão.
"Levei o tempo todo de minha permanência na residência fazendo esta construção, sem prejuízo das minhas obrigações de manutenção da via permanente e obras, numa extensão 260 km (General Carneiro- Corinto MG)".
Em 2021 o pátio Wilson Lobato estava funcionando para manobras, formação de trens, apoio ao estaleiro de soldas de trilhos e ao abastecimento de locomotivas.
(Fontes: Ronaldo Carvalho de Sousa; Jonathan Sobral; Pedro Paulo Rezende, 2004-9) |
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A estação de Wilson Lobato em 15/05/2004. Foto
Pedro Paulo Resende |
A estação com nova pintura tipo FCA, em 29/3/2009.
Foto Pedro Paulo Rezende |
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Atualização:
13.09.2021
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