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E. F. Dom Pedro
II (1896-1964)
E. F. Leopoldina (1964-1975)
RFFSA (1975-1996) |
DOM
BOSCO (antiga HARGREAVES)
Município de Ouro Preto, MG |
Ramal de Ponte Nova - km 514,890
(1928) |
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MG-1338 |
Altitude: 1.338 m |
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Inauguração: 01.10.1896 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolida) |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Ponte Nova foi construído em 1887 e 1888 para, da estação
de Burnier, se atingir Ouro Preto, então capital da Província,
de forma que ela se ligasse com o Rio de Janeiro por via férrea.
Somente mais tarde, entre 1914 e 1926, é que foi construído
o trecho que chegaria até Ponte Nova. Por uma resolução
da RFFSA, RI-51 de 2/6/1964, o ramal passou a ser operado pela Leopoldina.
Por uma resolução da RFFSA, RI-51 de 2/6/1964, o ramal
passou a ser operado pela Leopoldina. Até 1980 ainda havia
trens mistos percorrendo o ramal. Atualmente o ramal da Ponte Nova
está desativado, tanto para passageiros como para cargas. Seus
trilhos foram praticamente todos arrancados. |
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A ESTAÇÃO: A estação
original de Henrique Hargreaves foi aberta em 1896.
Em 1934, teve o nome alterado para Dom Bosco. O nome da estação
(então simplificado para Hargreaves) foi transferido
para a estação imediatamente anterior, que se chamava
Metalúrgica. "O nome da estação
era Hargreaves, mas foi modificado por ordem da circular T-92, de
31 de março de 1934. O motivo é que este santo é
venerado em Cachoeira do Campo, existindo ali um antigo colégio
dos salesianos, de quem é patrono e que hoje foi transformado
em Centro Dom Bosco, que abriga turistas em busca de paz e conforto
nas paragens mineiras. Por sua vez, a antiga Metalúrgica recebeu
o nome de Hargreaves" (Pedro Paulo Resende, 11/2004).
Na estação agora chamada de Dom Bosco, havia
um triângulo e uma curva se iniciava logo ao final da sua plataforma.
A confusão histórica que estas trocas de nomes causam
dificulta o estudo cronológico das estações do
ramal. Foi um verdadeiro crime terem demolido uma construção
como a desta estação. "Dom Bosco
desapareceu. Estive lá no início deste ano (2004) e fotografei
a plataforma abandonada em meio ao mato. O lugar é um paraíso nas
montanhas, numa região rica em ferro. A linha foi roubada recentemente,
restando apenas o lastro. A plataforma estava em vias de ser roubada
também. Vi moradores roçando o mato a pretexto de retirarem
as pedras de cantaria. Conversei com eles sobre a necessidade de se
preservar aquele marco tão importante da história local. Alguns se
mostraram sensíveis à proposta, outros não" (Pedro Paulo
Rezende, 06/2004).
É realmente contrastante ver a foto (acima) de 1934 e as fotos
e relatos de Pedro Paulo (abaixo) em 2004: uma estação
muito bonita, cheia de gente ao seu redor por causa de uma simples
troca de nome, o que mostrava a importância dela para a comunidade
salesiana da região, sendo abandonada e demolida não
tanto tempo depois por falta de interesse da população
e do governo.
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1924
AO LADO: Construção
de estrada para a estação de Dom Bosco, na época,
Hargreaves (O Estado de S. Paulo, 5/5/1924).
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ACIMA e ABAIXO: Duas fotografias da estação,
então ainda chamada de Hargreaves, em 1915 (Revista Comercial,
Belo Horizonte, outubro de 1915).
ACIMA: A fotografia é de 1934, no
dia em que a estação recebeu o nome novo de Dom Bosco.
Festa dos salesianos: estavam presentes o arcebispo diocesano D. Helvecio,
o prefeito de Ouro Preto, José Velloso e diretores e alunos
do Colégio Salesiano (Revista da Semana, 1934, acervo Daniel
Gentili).
(Fontes: Pedro Paulo Rezende; Marcelo Lordeiro;
Carlos Cornejo; Daniel Gentili; O Estado de S. Paulo, 1924; Revista
Comercial, 1915; Revista da Semana, 1934; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras
de Communicação, 1928; Revista da Semana, 1934)
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A linda estação de Henrique Hargreaves, ainda
com o nome todo no distico, no início do século.
É a que virou em 1934 Dom Bosco. Acervo Carlos Cornejo
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A antiga estação de Hargreaves, hoje Dom Bosco,
mas já demolida. Acervo Marcelo Lordeiro |
A plataforma foi tudo o que restou da bela estação.
Foto Pedro Paulo Rezende, em 24/01/2004. |
A plataforma foi tudo o que restou da estação.
Foto Pedro Paulo Rezende, em 24/01/2004. |
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Atualização:
09.05.2019
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