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E. F. Central do
Brasil - Linha Auxiliar (1929-1965)
E. F. Leopoldina (1965-1971)
RFFSA (1971-1997) |
MARIA
DA GRAÇA
Município do Rio de Janeiro, RJ |
Linha Auxiliar - km 7,125 (1928)
E. F. Rio do Ouro - km 6,3 (1938) |
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RJ-4369 |
Altitude: 10 m |
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Inauguração: 06.1929 |
Uso atual: residência e oficina (??) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: c.1928 |
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HISTORICO DA LINHA: A chamada
E. F. Melhoramentos foi construída a partir de
1892. Em 1895 foi aberta a linha entre a estação de Mangueira e a da atual Honorio Gurgel. Em março de 1898 foi entregue o trecho até Paraíba do Sul. Até Três Rios foi logo em seguida e em 1911 alcançou Porto Novo do Cunha, anexando o ramal deste nome, que teve a bitola reduzida para métrica, a mesma da Auxiliar. O traçado da serra,
construído em livre aderência e com poucos túneis, foi projetado por
Paulo de Frontin, um dos incorporadores da estrada. Em 1903, a E.
F. Melhoramentos já havia sido incorporada à E. F. Central do Brasil e passou
a se chamar Linha Auxiliar.
No final dos anos 1950, este antigo ramal foi incorporado à E. F.
Leopoldina. A linha, entre o início e a estação de Japeri,
onde se encontra com a Linha do Centro pela primeira vez, transformou-se
em linha de trens de subúrbios, que operam até hoje; da mesma forma,
a linha se confunde com a Linha do Centro entre as estações de Paraíba
do Sul e Três Rios, onde, devido à diferença de bitolas entre as duas
redes, existe bitola mista. A linha da Auxiliar teve o traçado alterado nos
anos 1970 quando boa parte dela foi usada para a linha cargueira Japeri-Arará,
entre Costa Barros e Japeri, ativa até hoje, bem como para
trens metropolitanos entre o Centro e Costa Barros. Entre Japeri e
Três Rios, entretanto, a linha está abandonada já desde
1996. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Maria da Graça foi inaugurada por volta de 1928
e tinha o nome da antiga fazenda que existia ali, da família
de portugueses Cardoso Martins, que ali plantava... capim.
"O prédio foi construído às expensas
da Companhia Immobiliaria Nacional e é localizada no novo e
elegante bairro de Maria da Graça, creação da
referida Companhia, que ahi está construindo cem prédios
para serem vendidos a prestações" (Cf. Max Vasconcellos, 1928).
Em 2003, o local estava cercado de favelas e a estação
já havia sido desativada, devido supostamente à proximidade
do bairro com as estações de Jacarezinho e de
Del Castilho. Foi estação de subúrbios
por muito tempo. Não consegui apurar a data de desativação desta estação.
O bairro, obviamente, não progrediu como se
esperava. A estação ainda está bastante próxima
dos trilhos da Linha Auxiliar, mas dele separado por muros.
Alguns mapas recentes e até o mapa de localização do metrô no mesmo
bairro citam a estação ferroviária como se ainda estivesse funcionando.
Ela também fica bastante próxima da estação
do metrô que leva o mesmo nome: a linha do metrô corre
paralela à Linha Auxiliar nesse trecho. A estação
está bem descaracterizada atualmente, sendo exceção o telhado,
que se assemelha muito ao desenho do projeto de época (ver desenho
ao pé da página). Há quem discorde, baseado
numa foto dos anos 1950 da estação (ver também
ao pé da página); porém, é possível
que essa tenha sido uma plataforma da estação do outro
lado dos trilhos (hoje, estaria entre a linha Auxiliar e a
linha do metrô).
ACIMA:
Mapa do bairro em 1928 (projeto) (Max Vasconcellos, Vias Brasileiras
de Comunicação,
1928).
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1929
AO LADO: A inauguração da
estação descrita pelo jornal (A Critica,
15/6/1929).
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ACIMA e ABAIXO: No dia da inauguração
do bairro de Maria da Graça em junho de 1929. Na plataforma,
posam diretores da Central do Brasil e da Cia. Immobiliaria Nacional.
Em frente à entrada da estação, posam moradores
do bairro (O Malho, 29/6/1929).
ACIMA: Mapa do bairro em 1995 (Guia Rex, 1995).
ACIMA: Diagrama feito no Google Maps mostrando as
linhas da Auxiliar (chamado no mapa erradamente de "ramal de
Belford Roxo") e do metrô, bem como a posição
relativa da ex-estação à estação
de metrô com o mesmo nome que existe hoje (Google Maps, diagramação
Julio Cesar da Silva em 8/2009).
(Fontes: Julio Cesar da Silva; Eduardo
P. Moreira; Adenilson Souza; Acervo G. Ermakoff; A Critica, 1929;
Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação,
1928; Guia Rex, 1995; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Ao lado, desenho da estação de Maria
da Graça em 1928. Reparem na semelhança com a
foto mais acima. Max Vasconcellos, Vias Brasileiras de Comunicação,
1928 |
A estação nos anos 1950. Acervo G. Ermakoff |
A estação em 2/8/2009. Foto Julio Cesar da Silva
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Atualização:
11.06.2019
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