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E. F. Dom Pedro
II (1865-1889)
E. F. Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-1996) |
ARISTIDES
LOBO
(antiga YPIRANGA)
Município de Vassouras, RJ (veja
o bairro) |
Linha do Centro - km 115,592 (1937) |
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RJ-1375 |
Altitude: 354 m |
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Inauguração: 13.04.1865 |
Uso atual: abandonada e em ruínas (2007) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra do Piraí havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação de
Aristides Lobo foi aberta em 1865 com o nome de Ypiranga, às
margens da Estrada do Presidente Pedreira, localização
que constava, no decreto 4373 de 20 de maio de 1869, ou seja, 4 anos
depois da abertura da estação.
"Nota-se as
mesmas faltas que na estação de Vassouras"
(Relatório apresentado a S. Ex. o Sr. Conselheiro Joaquim
Antão Fernandes Leão, Ministro e Secretário de
Estado dos Negócios da Agricultura, Commercio e Obras Públicas,
pelo Conselheiro Manoel da Cunha Galvão, em 29/10/1868)
(ou seja, a estação precisava ser assoalhada, pois era
apenas ladrilhada de cimento).
O nome, que se conservou até
os anos 1940, deu origem à vila homônima que produzia
telhas e tijolos para toda a região.
Em 1990 já as cerâmicas estavam todas desativadas e a cidade abandonada. A
estação já estava em ruínas.
O nome Ipiranga,
no entanto, ainda denominava em 2007 a paupérrima vila que insiste
em lá permanecer ainda hoje.
ACIMA: Acidente em 1911 no km 114, quase na estação de Ypiranga, hoje Aristides Lobo - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER MAIS SOBRE O ACIDENTE (A Careta, 14/11/1911).
ACIMA: Estação de Ypiranga - provavelmente 1930 (Foto Robert. S. Pratt - acervo University of Milwaukee).
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1941
AO LADO: Descarrilamento próximo à estação
de Ypiranga (O Estado de S. Paulo, 22/4/1941). |
ACIMA: A estação e os arredores em
1960, com os prédios ainda inteiros e o trem de passageiros
à sua frente, sentido Três Rios (Foto IBGE).
ACIMA:
A estação e os arredores em junho de 2007, vistos quase
do mesmo ponto: tudo deteriorado. O rio parece menos cheio e mais
longe da estação. Do belo casarão somente restam
os pilares. A estação em ruínas. A linha não
tem mais o desvio, somente a linha principal. Algumas casas ainda
estão de pé. A vista ficou muito mais feia. Somos nós
acabando com a nossa própria casa (Foto Jorge Alves Ferreira).
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TRENS - Os trens de passageiros pararam nesta estação
de 1865 até 1980. Ao lado, o trem Rio-Belo Horizonte,
que fazia esse percurso. Clique sobre a foto para ver mais detalhes
sobre esses trens. Veja aqui horários
em 1968 (Guias Levi). |
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Gutierrez
L. Coelho; Jorge Alves Ferreira; O Estado de S. Paulo, 1990; Central
do Brasil: relatório oficial, 1937; Max Vasconcellos: Vias
Brasileiras de Communicação, 1928; IBGE; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 1960. Foto IBGE |
A estação já em ruínas, em 1989.
Foto de O Estado de S. Paulo |
Em 1998, ela estava ainda pior. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Em 1998, ela estava ainda pior. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Em 02/2006, ainda de pé. Foto Gutierrez L. Coelho |
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Atualização:
17.06.2020
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