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Indice de estações
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Quintino Bocaiúva
Cascadura
Madureira
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CLIQUE SOBRE O MAPA ACIMA PARA VER AS LINHAS NO MUNICÍPIO
DO RIO DE JANEIRO POR VOLTA DE 1955
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Dom Pedro
II (1858-1889)
E. F. Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-1997)
Supervia (1997-) |
CASCADURA
Município de Rio de Janeiro, RJ |
Linha do Centro - km 15,403 (1928) |
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RJ-1367 |
Altitude: 33 m |
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Inauguração: 29.03.1858 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra do Piraí havia o "Barrinha", até 1996,
e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul os trens de passageiros
sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia.
Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Cascadura foi inaugurada em 1858. O nome derivou da dificuldade
para a passagem da linha no local devido ao terreno duro (casca dura).
Já em 1879, partia desta estação o chamado ramal
do Campinho, que levava "ao estabelecimento militar do
Governo nessa localidade" - partia exatamente do então
km 15,334 para a esquerda (Francisco Pereira Passos: As estradas
de ferro do Brasil, 1879).
"Quando o Barão tinha 18 anos de idade, uma das grandes maravilhas
do seu século chegava bem perto de Jacarepaguá: o trem. No dia 29
de março de 1858. O Imperador Dom Pedro II inaugurou a estrada de
ferro, que recebeu seu nome e foi rebatizada no início da República
como Estrada de Ferro Central do Brasil. No ponto de cruzamento com
a Estrada Real de Santa Cruz foi também inaugurada neste dia a estação
de Cascadura, a mais próxima de Jacarepaguá (a estação de Madureira
surgiu já na República no dia 15 de junho de 1890).
A população de Jacarepaguá ia a cavalo, deixava os animais nas cocheiras
perto da estação e sorridentes embarcava no trem.
Alguns, em regiões mais próximas como do Vale do Marangá, quase sempre
iam a pé. Não podiam, entretanto, perder o horário, pois apenas circulavam
dois trens por dia para cada sentido. Em março de 1875, o acesso de
Jacarepaguá para a estação de Cascadura melhorou bastante com a implantação
dos bondes de tração animal. A Companhia Ferro-Carril de Jacarepaguá,
cujo principal acionista era Eliene Campos, ligou com bondes as localidades
de Cascadura e Tanque, passando pelo Vale do
Marangá. Logo depois aconteceram os prolongamentos para a Freguesia
e Taquara.
Durante todo o restante do século XIX e primeira década do século
XX, os bondes de Jacarepaguá eram puxados a burros. Em abril de 1911,
a Light comprou a companhia e, nesse mesmo ano, iniciou a eletrificação
das linhas. Em 1912, já eletrificado, o bonde de Jacarepaguá serviu
de cortejo fúnebre do republicano histórico Quintino Bocaiúva (1836-1912).
O Senador Quintino possuía uma chácara no subúrbio na então Estação
de Cupertino (atualmente Quintino). Antes de morrer, ele pediu para
ser sepultado no Cemitério de Jacarepaguá.
O féretro veio do centro do Rio pelo trem da Central, em Cascadura,
o cortejo seguiu de bonde até o Pechincha. Entre as figuras ilustres
que acompanharam o corpo de Quintino pelas ruas de Jacarepaguá, estava
o então Presidente da Republica, o Marechal Hermes da Fonseca (1855-1923).
Os bondes de Jacarepaguá foram desativados em 1964" (www.acija.org.br/
site/histjpa.htm).
A partir de 1861, três anos após a abertura da linha,
a estação de Cascadura passou a ser o ponto terminal
da primeira linha de subúrbios da ferrovia, aberta neste ano
com oito estações (Nota: O autor Pereira Passos fala
que eram elas: São Cristovão, São Francisco Xavier,
Riachuelo, Engenho Novo, Todos os Santos, Engenho de Dentro, Piedade
e Cascadura, porém, 4 delas (Riachuelo, Todos os Santos, Engenho
de Dentro e Piedade teriam sido abertas somente em anos posteriores,
se conferirmos as datas oficiais. Fica a dúvida) (Francisco
Pereira Passos: As estradas de ferro do Brasil, 1879).
Em 1899 foi estendida à estação a iluminação
por acetileno (Memória Histórica da EFCB, 1908, p.
489).
Na primeira década do século XX foi construído
um novo prédio para a estação (Memória
Histórica da EFCB, 1908, p. 509). É até hoje
estação de subúrbios e durante muito tempo foi
também uma das estações em que paravam também
os trens de longo percurso da Central do Brasil.
O prédio da estação hoje é bem diferente
e mais moderno do que aparece na fotografia de 1908.
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1885
AO LADO: Carimbo postal da estação de Cascadura
em selo do império (1885). A agência era uma importante distribuidora
de correspondência do então Distrito Federal. De lá saiam
os carteiros dos 26º, 27º, 28º e 30º distritos, cada um com
seu trajeto próprio a pé ou a cavalo. A mala postal, após
ser fechada, seguia pela EFC do Brasil para o Rio de Janeiro.
Reprodução e texto Márcio Protzner).
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1923
AO LADO: Acidente na estação (O Estado de
S. Paulo, 22/3/1923).
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1923
AO LADO: Acidente na estação (O Estado de
S. Paulo, 27/10/1923).
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1924
AO LADO: Outro acidente na estação (O Estado
de S. Paulo, 19/3/1924).
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1925
AO LADO: Acidente na estação (O Estado de
S. Paulo, 30/5/1925).
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1927
AO LADO: Vão cercar a estação (O
Estado de S. Paulo, 14/8/1927).
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ACIMA: Acidente com morte na estação
em 1927 (O Estado de S. Paulo, 17/08/1927).
ACIMA: A estação
de Cascadura em 1931 (Revista da Semana, 7/3/1931).
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1938
AO LADO: Acidente com morte na estação (O
Estado de S. Paulo, 22/12/1938).
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ABAIXO:
Em 1941, trem de suburbio da Central, um Metropolitan-Wickers,
passa pelo pátio da estação de Cascadura (Metropolitan
Wickers Museum of Sciense and Industry).
ACIMA: Localização da estação de Cascadura (Guia Levi - mapa dos anos
1940).
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1953
AO LADO: Acidente com o trem Veracruz próximo a
Cascadura (O Estado de S. Paulo, 15/1/1953).
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ACIMA: Como outras estações,
a de Cascadura também serviu como chamariz de vendas, em propaganda
de 1958 (Jornal de 1958).
ACIMA: Quem passa pela estação
de Cascadura vê este belíssimo casarão às
margens da linha (Foto Rafael Asquini em 4/2011).
(Fontes: José E. Buzelin; Rafael Asquini;
Marcio Protzner; Anderson Silva; Maurício Torres; O Estado
de S. Paulo, 1923, 1924, 1925 e 1938; www.acija.org.br; Jornal
não identificado, RJ, 1958; Metropolitan Wickers Museum of
Sciense and Industry; Francisco Pereira Passos: As estradas
de ferro do Brasil, 1879; Manuel Fernandes Figueira: Memória
Histórica da EFCB, 1908, p. 509; Max Vasconcellos, Vias Brasileiras
de Communicação, 1928; IBGE: Enciclopédia dos
Municípios Brasileiros, 1958; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
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A estação de Cascadura em 1908. Memória Histórica
da EFCB, de Manuel Fernandes Figueira, 1908 |
A esztação em 1910. Jornal do Brasil |
O trem elétrico passando pela estação de
Cascadura, nos anos 1950. Foto cedida por Maurício Torres |
A estação em 1956. Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, vol. VI. 1958 |
Este prédio, em frente à atual estação,
seria a estação de Cascadura antiga. Parece, realmente,
mas não é definitiva a conclusão. Foto
Anderson, 03/2007 |
À direita, parte da atual estação de Cascadura,
com a suposta estação antiga vista à esquerda
da foto. Foto Anderson, 03/2007 |
A estação em 2007. Foto Anderson |
Entrada desativada da atual estação de Cascadura
pela avenida Suburbana (hoje Helder Câmara). Foto Anderson,
03/2007 |
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Atualização:
07.11.2019
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