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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Fernandes Pinheiro
Serraria
Souza Aguiar
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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Linha do Centro - 1931
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E. F. Dom Pedro II (1874-1889)
E. F. Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-1996)
SERRARIA
Município de Juiz de Fora, MG (1874?-1923)
Município de Matias Barbosa, MG (1923-1953);
Município de Santana do Deserto, MG (1953-)
Linha do Centro - km 212,123 (1928)   MG-0387
Altitude: 308 m   Inauguração: 20.09.1874
Uso atual: em restauro (2020)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: Primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém, havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio. Entre Japeri e Barra do Piraí havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Serraria, inaugurada em 1874, é a primeira estação da linha do Centro em território mineiro.

Pouco antes e após esta estação, a linha percorre a margem esquerda do rio Paraibuna por mais duas estações, volta ao território fluminense por alguns quilômetros para depois seguir sempre em território mineiro rumo ao norte.

A partir de 1879, e até 1904, saía dessa estação um ramal, o ramal de Serraria, que pertencia no início à Cia. União Mineira, tendo passado para a Leopoldina, que o fechou em 1904, pois com as modificações de suas linhas nessa região, o ramal tornou-se inútil.

A estação de Serraria, historicamente, estava (e ainda está) em um municípios que jamais levou o seu nome

Segundo Max Vasconcellos, em 1928, "uma extensa ponte de ferro ligava a estação ao Estado do Rio de Janeiro, na outra margem do rio. Da estação de Serraria era possível também se atingir, por excelente estrada de automóveis, a estação de Silveira Lobo, a 14 km, da Leopoldina Railway" (que provavelmente foi construída em cima do leito ferroviário do ramal da União Mineira).

É uma estação estilo chalé inglês.

Em 2001, circularam notícias informando que a RFFSA pretendia demoli-la, mas ela continuava ali, de pé, em 2012. Servia como moradia. Em 2019 estava abandonada.

"O pátio já era, só tem um pedaço da linha 2 em condições; na grande parte existem vagões abandonados da RFFSA e um desvio para uma terceira linha, em condições precárias, que a via permanente utiliza às vezes. A estação serve de casa para algumas famílias" (Arthur Bilheri, 28/9/2009).

Em janeiro de 2020 o velho prédio começou a ser restaurado (reformado?), segundo Ricardo Raipp.


ACIMA: Ponte da Serraria, em 1912 (Revista da Semana, 18/5/1912).

1925
AO LADO: Descarrilamento na estação (O Estado de S. Paulo, 3/5/1925).

1927
AO LADO:
Acidente próximo à estação (O Estado de S. Paulo, 27/8/1927).

ACIMA: Casas da vila ferroviária da Central e um desvio morto (Foto Mateus Moraes, 11/2009).

ACIMA: Ponte de Serraria, próxima ao pátio da estação, sobre o rio Paraíbuna (divisa Rio-Minas) - é a mesma ponte mosrada mais acima em foto de 1912 (Foto Mateus Moraes, 11/2009).

TRENS - Os trens de passageiros pararam nesta estação de 1874 até 1980. Ao lado, o trem Rio-Belo Horizonte, que fazia esse percurso. Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre esses trens. Veja aqui horários em 1968. (Guias Levi).
(Fontes: Pedro Leal Dutra; Mateus Moraes; Arthur Bilheri; Jorge A. Ferreira Jr.; Preserve; O Estado de S. Paulo, 1925; Revista da Semana, 1912; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina Railway, 1938)
     

A estação de Serraria, sem data. Foto Preserve

A estação em 03/2001. Foto Jorge Alves Ferreira Jr.

A estação em 03/2001. Foto Jorge Alves Ferreira Jr.

Acima (vista da ponte à sua frente) e ao lado, a estação em 02/2005. Fotos Jorge A. Ferreira

A estação em outubro de 2008. Foto Jorge A. Ferreira

A estação em 11/2010. Foto Pedro Leal Dutra

A estação em 01/2019. Foto Julio Alves
 
     
Atualização: 22.11.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.