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E.
F. Central do Brasil (1917-1975)
RFFSA (1975-1996) |
PULVERIZAÇÃO Município
de Barra do Piraí, RJ |
Ramal de
São Paulo - km 110,962 (1960) |
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RJ-0335 |
Altitude: 357 m |
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Inauguração: 10.09.1917 |
Uso atual: sede
do posto de manobras (2009) |
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com
trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1917? |
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HISTORICO
DA LINHA: Em 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba
a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho,
saindo da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha.
Em 12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica,
encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro
e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal,
que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo
Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga
(1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias
se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram,
e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"...
O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi
uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba.
Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar
E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida
E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as
2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cacheoira-Taubaté)
e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA.
O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos
anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte,
foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998,
o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado,
com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a
concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde
1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e
no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ. |
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A ESTAÇÃO:
A estação de Pulverização foi aberta
em 1917 na usina de pulverização do carvão nacional
empregado pela ferrovia em consequência da Guerra Mundial.
Conta Nicholas Burman: "Um episódio pouco conhecido da história
da EFCB foi a tentativa de se usar carvão em pó para movimentar as
máquinas. Inspirado presumivelmente nas tentativas da Deutsche Reichsbahn
em usar finos de lignito nas máquinas, a idéia era de se misturar
carvão importado com carvão nacional, pulverizar e injetar nas fornalhas,
quase no mesmo esquema de óleo combustível com a intenção de tentar
melhorar o rendimento. Não deu certo, ficando só a imagem e a o nome
da estação de Pulverização perto de Barra do Piraí".
Tornou-se
depois depósito armazenador de carvão. O prédio
da estação servia em 2009 como sede do posto das manobras
no pátio.
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1933
À ESQUERDA: Choque de locomotivas na estação (O Estado de S. Paulo, 21/1/1933).. |
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1942
À ESQUERDA: Outro choque de locomotivas na estação (O Estado de S. Paulo, 21/10/1942).. |
ACIMA: Estações do município de Barra do Piraí com as linhas da EFCB (a estação de Pulverização está a sudoeste da estação central de Barra do Piraí, bem próxima a esta no mapa) e da RMV nos anos 1950- CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VÊ-LA MAIOR (IBGE: Enciclopedia dos Municipios Brasileiros, vol. XXII, 1959).
ACIMA: Em 2008, locomotivas estacionadas no pátio da
estação de Pulverização devido à crise
mundial que as deixou sem serviço. Estas foram escolhidas por apresentarem
um consumo de combustível mais elevado. Com a chegada das GE AC44i,
os trens de minério passaram a utilizar duas locomotivas (antes eram
três) e o auxílio de cauda, que antes utilizava quatro locomotivas,
passou a ser feito com apenas duas. A estação, pequenininha,
está à direita, meio escondida (Texto e foto: Jorge
Alves Ferreira, em dezembro de 2008).
(Fontes: Ângelo Tavares; José
E. Buzelin; Jorge Alves Ferreira; Nicholas Burman; Max Vasconcellos:
Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; Guia Geral das
Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-80; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 1997. Foto José Emilio Buzelin |
Pátio da estação em 2001. Foto Jorge Alves
Ferreira |
A estação e o pátio com um trem de bobinas
passando por ele em 2006. Foto Jorge Alves Ferreira |
A estação em 8/2009. Foto Angelo Tavares |
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Atualização:
28.11.2022
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