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E. F. Dom Pedro
II (1873-1889)
E. F. Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-1996) |
RESENDE
(AGULHAS NEGRAS)
Município de Resende, RJ |
Ramal de São Paulo - km
190,777 (1928) |
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RJ-1190 |
Altitude: 1.179 m |
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Inauguração: 08.02.1873 |
Uso atual: restaurada (2010) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1937 |
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HISTORICO DA LINHA: Em
1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do
Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo
da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em
12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica,
encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro
e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal,
que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo
Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga
(1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias
se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram,
e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"...
O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi
uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba.
Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar
E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida
E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as
2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cachoeira-Taubaté)
e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA.
O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos
anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte,
foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998,
o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado,
com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a
concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde
1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e
no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Resende, recentemente chamada de Agulhas Negras-Resende,
foi inaugurada em 1873.
A estação original foi substituída pela atual
em 1937.
Ela fica longe do centro da cidade - atendia realmente à AMAN - Academia
Militar das Agulhas Negras, em frente, do outro lado da via Dutra
- e desde 1991, quando acabou o trem Santa Cruz (Rio-São
Paulo), a estação perdeu a função,
se é que em 1991 o Santa Cruz ainda estava parando ali.
O armazém, do outro lado da linha, se manteve e hoje está abandonado; porém, era originalmente a estação de 1873, que tinha originalmente um segundo piso em parte da construção (ver caixa abaixo).
A estação nova esteve servindo como conselho tutelar e atendeu
também à MRS. O armazém dava fundos para a via
Dutra e estava fechado em 2010. Da estrada dava para ver que a situação
do armazém era péssima e da estação não
era muito melhor.
Em 2019 havia sido restaurada (ver fotos ao pé da página)
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1884
AO LADO: Queda de barreira próximo a Campo Belo (hoje Itatiaia). Na verdade o problema ocorreu na provincia do Rio de Janeiro e com o trem de bitola larga da Pedro II que se encontrava com o Trem do Norte para baldeação em Cachoeira, SP (O Estado de
S. Paulo, 30/10/1884). |
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1925
AO LADO: Acidente na estação (O Estado de
S. Paulo, 26/5/1925).
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1931
AO LADO: Elogios ao chefe da estação (O
Estado de S. Paulo, 28/1/1931).
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ACIMA: A
estação de Resende durante a revolução de 1932 (Fon-fon, 27/8/1932).
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1935
AO LADO: Descarrilamento na estação de Resende
(O Estado de S. Paulo, 28/7/1935). |
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1939
AO LADO: Descarrilamento na estação
(O Estado de S. Paulo, 1/2/1939).
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1940
AO LADO: Acidente com litorina na estação
(O Estado de S. Paulo, 14/1/1940). |
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1940
AO LADO: Trilhos partidos próximos à estação
(O Estado de S. Paulo, 28/5/1940). |
ACIMA: Estação de Resende nos anos 1960 (IBGE).
2012 - ACIMA: O armazém em 2012 , que era originalmente a antiga estação, ainda mantém
o estilo dos anos 1870 da antiga E. F. D. Pedro II. Nesse sentido,
tem traços arquitetônicos que lembram muitas das estações
e armazéns dessa época e que ainda estão em pé. Porém, perdeu o segundo piso
(Foto Ricardo Corte, janeiro de 2012).
ACIMA: Sete anos depois, o armazém abandonado e em más condiões exteriores (Foto Felipe Medeiros em 06/2019).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Ricardo Corte; Carlos Latuff; Simone Viana; Juliana Luscher; acervo
Claudionor Rosa; O Estado de S. Paulo, 1925 e 1939; Fon-fon, 1932;
Arquivo da Biblioteca Nacional; Colecção de 44 vistas photográphicas
da Estrada de Ferro Pedro 2º, 1881; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras
de Comunicação, 1928; IPHAN-RJ; Mapa - acervo R. M.
Giesbrecht) |
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A antiga estação em 1881. Colecção de 44 vistas
photográphicas da Estrada de Ferro Pedro 2º, 1881 |
Estação e armazém de Resende, c. 1930.
Foto do acervo de Claudionor Rosa |
Embarque no trem de passageiros na estação antiga.
Foto do acervo de Claudionor Rosa |
A estação, lado da plataforma, provavelmente anos
1990. Foto do acervo de Claudionor Rosa |
Acervo da estação, provavelmente anos 1990. Foto
do acervo de Claudionor Rosa |
Passageiros e um gatinho esperam pelo trem, provavelmente anos
1990. Foto do acervo de Claudionor Rosa |
Visto da Dutra, o armazém em frente à estação,
em 1998. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Fachada da estação de Resende, em 1998. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
Estação de Resende em 02/2008. Foto Carlos Latuff,
para o estudo das arquitetas Simone Viana e Juliana Luscher
para o IPHAN |
O armazém, muito mais bonito que a estação,
em 02/2008. Foto Carlos Latuff, para o estudo das arquitetas
Simone Viana e Juliana Luscher para o IPHAN |
A fachada da estação em 2012, já pintada
como parque de diversões. Foto Ricardo Corte em 1/2012 |
A fachada da estação em 20/6/2019. Foto Felipe Medeiros de Tavares |
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Atualização:
19.01.2021
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