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VXY Mogiana em MG
Linha da E. F. Goiaz
RMV - Linha-tronco
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Eng. Raul Gonçalves
Ipameri
Inajá
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IBGE - 1957
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
...
 
E. F. Goiaz (1913-1965)
V. F. Centro-Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1976)
IPAMERI
Município de Ipameri, GO
Linha-tronco - km 153,162 (1960)
  GO-3447
Altitude: 727 m   Inauguração: 10.12.1913
Uso atual: Centro de Tradições e Cultura; biblioteca municipal (2006)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da E. F. Goiaz foi aberta a partir de Araguari, onde já estavam os trilhos da Mogiana desde o ano de 1896, em seu primeiro trecho em 1911, até a ponte sobre o rio Paranaíba, na divisa entre os Estados de Minas Gerais e Goiás. A partir de então, foi aquela demora de sempre: avançando lentamente, atingiu Goiânia, capital do Estado de Goiás desde o início dos anos 1940, somente em 1950, e alguns anos mais tarde a linha foi prolongada em dois quilômetros até Campinas de Goiás. Aí parou. Com a entrada em operação da linha para Brasilia, a partir da estação de Roncador, o trecho até Goiânia perdeu em importância. Hoje boa parte da linha está em operação para trens cargueiros: trens de passageiros acabaram nos anos 1980.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Ipameri foi inaugurada em 1913. "Como sabeis foram inauguradas as estações das importantes cidades do Catalão e Ipameri. O serviço do prolongamento até as margens do rio Corumbá tem sido feito com morosidade. Segundo informações que me foram prestadas, a empresa constructora pretende ainda, no corrente ano, montar a grande ponte sobre esse rio. Continuo a empregar os meus melhores esforços no sentido de ver o rápido andamento dessa estrada, que é, foi e será a maior aspiração do povo goyano. Do Corumbá a Annapolis o serviço não oferece dificuldades, não sendo necessárias grandes obras d'arte. O movimento comercial que notei em Catalão e Ipameri muito me alegrou" (Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo do Estado de Goyaz pelo Dr. Olegário H. da Silveira Pinto em 13 de maio de 1914). A estação foi ponta de linha por um ano, até que se continuou a linha no sentido de Roncador. "No caso de Ipameri, a chegada da estrada de ferro vai acarretar o surgimento da primeira fábrica, da energia elétrica, da primeira agência bancária e outros 'pioneirismos', mas também faz surgir novas formas de exclusão, como os bairros e volas na cidade e os antigos casarões abandonados, contradições presentes na modernidade" (Hilma Aparecida Brandão: Memórias de um Tempo Perdido - A Estrada de Ferro de Goiás e a Cidade de Ipameri (Início do Século XX), Universidade Federal de Uberlândia, 09/2005). A decadência da

ACIMA: Festa na estação ferroviária de Ipameri, ao lado do trem que chega, em 1938. Interessante como nessas fotos com pessoas vestindo roupa de imigrantes de países europeus o tempo parece não passar. Se olharmos somente para elas, a foto poderia ser dos dias de hoje (Acervo Biblioteca Municipal João Veiga, Ipameri).
cidade, porém, não demoraria e já se fazia presente nos anos 1950. A estação teria tido três versões, de acordo com fontes de Ipameri (ver no pé da página). As modificações das linhas na região acabaram por faze-la ficar fora da linha, sem trilhos, hoje. Em 30 de novembro de 1976, o trecho Eng. Raul Gonçalves-Inajá, na variante Araguari-Pires do Rio, foi entregue pela 1a Companhia de Construção do Batalhão Ferroviário Mauá à RFFSA e a estação antiga de Ipameri foi fechada, substituída pela nova, na variante. "A linha hoje passa meio fora da cidade e o prédio que sediava a estação é hoje o Centro de Tradições e Cultura. Ela foi restaurada nos moldes da época da sua construção e de toda a região é a que está conservada e sendo utilizada deste 1992. Aqui em Ipameri, depois que passaram a correr as máquinas a diesel, as antigas Maria Fumaça ficaram num depósito em desvios durante muitos anos, até que um dia, grandes máquinas chegaram e as cortaram em fatias e elas foram levadas para Minas. Batalhamos muito por um trole, um vagão ou uma máquina junto a Rede Ferroviária, mas ainda não conseguimos nada. Para nós aqui a ferrovia fez uma grande diferença nos aspectos sócio-econômico, por isso ainda temos a esperança de erguer um monumento a esse bom tempo que ficou para trás" (Beth Costa, 2006). Prefixo EPO. Coordenadas: 17°43'13.07"S 48°10'2.72"W (Veja também IPAMERI-NOVA)
(Fontes: Daniel Gentili; Roberto Fonseca Dias; Glaucio Henrique Chaves; Beth Costa; Hilma Aparecida Brandão: Memórias de um Tempo Perdido - A Estrada de Ferro de Goiás e a Cidade de Ipameri (Início do Século XX), Universidade Federal de Uberlândia, 09/2005;
Edmar César Alves: Batalhão Mauá - Uma História de Grandes Feitos, 2002; http://www. ypameri.com/html/fotos_historicas.htm; Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo do Estado de Goyaz pelo Dr. Olegário H. da Silveira Pinto em 13 de maio de 1914; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1957; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

O que teria sido a 1a estação, ao fundo. Sem data. http://www.ypameri.com /html/fotos_historicas.html

O que teria sido a 2a estação, ao fundo. Sem data. http://www.ypameri.com /html/fotos_historicas.htm

A estação em 07/2006. Foto Roberto Fonseca Dias

A estação em 07/2006. Foto Roberto Fonseca Dias

A estação em 07/2006. Foto Roberto Fonseca Dias

A estação em 07/2006. Foto Roberto Fonseca Dias
   
     
Atualização: 04.02.2016
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.