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E. F. Leopoldina
(1879-1975)
RFFSA (1975-1996) |
ASTOLFO
DUTRA (antiga SANTO ANTONIO)
Município de Astolfo Dutra, MG |
Linha do Centro - km 377,882 (1960) |
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MG-1525 |
Altitude: 237 m |
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Inauguração: 03.05.1879 |
Uso atual: centro da terceira idade (2016) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O trecho
entre Porto Novo do Cunha, ponta do ramal de Porto Novo da EFCB em
1871, e a cidade de Ubá foi a própria origem da E. F. Leopoldina.
O primeiro trecho foi aberto em 1874, de Porto Novo a Volta Grande,
e no ano seguinte os trilhos já chegavam a Santa Izabel (Abaíba).
Em 1879, a estrada já atingia Ubá, passando por Cataguazes, e tendo
um ramal para a cidade de Leopoldina, esta sim, a origem do nome da
ferrovia. Em Ubá, a linha do Centro se juntava com a linha
Três Rios-Caratinga. A partir daí,
com a compra de outras ferrovias e diversos prolongamentos em várias
linhas, a Leopoldina se desenvolveu até ter uma das maiores malhas
ferroviárias do País, entrando pelo Estado do Rio de Janeiro, atingindo
a então capital federal e também chegando a Vitória, no Espírito Santo.
A linha-mestra foi chamada de Linha do Centro e vinha da cidade do
Rio de Janeiro por Petrópolis, e mais tarde pela Linha Auxiliar da
EFCB, que nos anos 60 acabou por ser incorporada à rede da Leopoldina.
Em 1971, a Leopoldina desapareceu, incorporada de vez pela RFFSA;
hoje mais da metade da sua antiga malha viária está desativada. A
Linha do Centro somente tem em atividade real para cargueiros basicamente
o trecho entre Cataguazes e Porto Novo, enquanto que os trens de passageiros
que por ali passavam já não existem desde os anos 1970. |
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A ESTAÇÃO: A estação
foi inaugurada em 1879 com o nome de Santo Antonio, na localidade
de Porto Santo Antonio, na época pertencente ao município
de Pomba. Há outras fontes que dão o ano de 1880 para
a sua inauguração.
Mais tarde seu nome foi alterado
para Dona Euzébia, e depois, exatamente em 1924, a pedido
dos moradores, o nome foi alterado para o atual (o problema é
que a estação anterior, sentido Rio, tem o nome de Dona
Euzébia - de qual estação estamos falando?) nome, Astolfo Dutra (revista Brazil Ferrocarril, no. 358, de 7/8/1924).
Bastante confuso, a situação pode ser explicada pelas
seguintes lei e decreto-lei: "Lei n. 843, de 07.12.1923 -
Criou o distrito de Astolfo Dutra, no município de Cataguases, com
sede no povoado de Dona Euzébia, antes pertencente ao distrito de
Cataguarino, no mesmo município. A nova denominação não agradou
aos moradores e o antigo nome foi restaurado quinze anos depois. Decreto-Lei
nº 148, de 17.12.1938 - Criou o município de Astolfo Dutra, com sede
no antigo distrito de Santo Antonio do Porto, e anexou-lhe o distrito
de Dona Euzébia, cujo nome foi restaurado por este mesmo decreto,
tendo sido os dois distritos desmembrados do município de Cataguases"
(enviado por Joana Capella em 14/8/2011).
A estação
ainda estava de pé em 2011, bem conservada, funcionando como "centro
da terceira idade". Descaso
total por uma linha que oficialmente estava concessionada à
FCA desde 1996:
"Em Astolfo Dutra, moradores projetaram
jardins sobre a linha férrea. Na mesma cidade, um bar e um posto de
combustível foram construídos na faixa de domínio, que prevê uma distância
mínima 3,5 metros para cada lado a partir dos trilhos. Em um dos trechos,
já na periferia do município, a população transformou a faixa de segurança
em pista de caminhada" (Ricardo
Beghini, jornal Hoje em Dia, 26/8/2011).
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1933
AO LADO: Enchentes em Ubá,
Cataguases e região em 1933 causaram diversos transtornos
na linha da região. Os trens que vinham do Rio de Janeiro
estavam seguindo, pela linha do Centro da Leopoldina, somente
até Astolfo Dutra. Ubá ficava 90 km depois.
(O Estado de S. Paulo, 31/12/1933).
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ACIMA: Próximo à estação
de Astolfo Dutra, o cargueiro da RFFSA, ex-Leopoldina, em 1980 (Foto
Hugo Caramuru).
ACIMA: Em 1990, trem passando pela estação
de Astolfo Dutra. Não havia mais linha regular de passageiros.
O trem foi uma promoção feita pela ABPF que passou por
diversas estações de Minas e do sul do País percorrendo
um trecho bastante grande e chegando ao Paraná.
ACIMA: A estação
e a cidade em 1990 (Foto Hugo Caramuru).
(Fontes: Joana Capella;
Jorge A. Ferreira; Pedro Leal Dutra; Hugo Caramuru; Gutierrez L. Coelho;
Ricardo Beghini; Hoje em Dia, 2011; Brazil Ferrocarril, 1924; Edmundo
Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina Railway, 1938; Cyro
Pessoa Jr.: Estudo Descritivo das Estradas de Ferro do Brasil, 1886;
Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-80) |
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A estação em 1990. Foto Hugo Caramuru |
A estação, em 2001. Autor desconhecido |
A estação em 7/2003. Foto Jorge A. Ferreira |
A estação em 12/2004. Foto Gutierrez L. Coelho |
A estação em 12/2011. Foto Pedro Leal Dutra |
A estação em 12/2011. Foto Pedro Leal Dutra |
A estação em 14/5/2016. Foto Fernando Marietan |
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Atualização:
04.06.2020
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