A B C D E
F G H I JK
L M N O P
Q R S T U
VXY Mogiana em MG
Indice de estações
...
Cataguazes
Barão de Camargos
Sinimbu
...
ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
...
 
E. F. Leopoldina (1885-1975)
RFFSA (1975-1996)
BARÃO DE CAMARGOS
Município de Cataguazes, MG
Linha do Centro - km 355,101 (1960)   MG-0802
Altitude: 178 m   Inauguração: 21.09.1885
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
 
 
HISTORICO DA LINHA: O trecho entre Porto Novo do Cunha, ponta do ramal de Porto Novo da EFCB em 1871, e a cidade de Ubá foi a própria origem da E. F. Leopoldina. O primeiro trecho foi aberto em 1874, de Porto Novo a Volta Grande, e no ano seguinte os trilhos já chegavam a Santa Izabel (Abaíba). Em 1879, a estrada já atingia Ubá, passando por Cataguazes, e tendo um ramal para a cidade de Leopoldina, esta sim, a origem do nome da ferrovia. Em Ubá, a linha do Centro se juntava com a linha Três Rios-Caratinga. A partir daí, com a compra de outras ferrovias e diversos prolongamentos em várias linhas, a Leopoldina se desenvolveu até ter uma das maiores malhas ferroviárias do País, entrando pelo Estado do Rio de Janeiro, atingindo a então capital federal e também chegando a Vitória, no Espírito Santo. A linha-mestra foi chamada de Linha do Centro e vinha da cidade do Rio de Janeiro por Petrópolis, e mais tarde pela Linha Auxiliar da EFCB, que nos anos 60 acabou por ser incorporada à rede da Leopoldina. Em 1971, a Leopoldina desapareceu, incorporada de vez pela Refesa; hoje mais da metade da sua antiga malha viária está desativada. A Linha do Centro somente tem em atividade real para cargueiros basicamente o trecho entre Cataguazes e Porto Novo, enquanto que os trens de passageiros que por ali passavam já não existem desde os anos 1970.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Barão de Camargos, inaugurada em 1885, em Cataguases, era um pátio de carregamento de bauxita. Fica às margens do rio Pomba.

Daqui a bauxita seguia até Barão de Angra, distrito de Paraíba do Sul, RJ, onde era feito o transbordo para a MRS, que a levav até a Companhia Brasileira de Alumínio em Alumínio, próximo a Sorocaba, SP.

"Em Barão de Camargos não existe nada parecido com uma estação, apenas uma construção que é utilizada como dormitório para os maquinistas" (Jorge Alves Ferreira, 2004).

"Em Barão de Camargos realmente não há mais a estação primitiva, demolida para permitir o rearranjo do pátio (que foi retirado da estação central de Cataguases). casa A foto da vale pela data, 1929. Hoje é usada como alojamento do pessoal da FCA. No telheiro ao lado da casa os dois sinos de bronze foram recentemente transferidos de Recreio, onde corriam sério risco de roubo" (Gutierrez L. Coelho, 12/2004).

"Na verdade a casa que aparece na foto pertenceu à minha família desde a sua construção na década de 1920 até 1990 e nunca foi uma estação. Toda a fazenda que fazia parte desse terreno data do período de 1870, e era do meu tataravô Manoel Carvalho, cafeicultor da região. Realmente, a verdadeira estação foi demolida na época em que vendemos a fazenda para a mineradora em 1990 (eu tinha então 6 anos), ao grupo do Sr, Antonio Ermirio de Moraes (Votorantim). Essa estação ficava uns 30 metros à frente dessa casa que é agora alojamento, e eu sempre ia até a janela para ver o trem passar" (Simone Nunes de Carvalho, 30/4/2009).

Aí se formava o Trem da Bauxita, que carregava o minério para a cidade de Alumínio, SP, onde há uma usina da Votorantim. Este trem foi extinto em 31 de julho de 2015 e levava o minério até a estação de Barão de Angra (em Paraíba do Sul, RJ), por linha métrica, onde era baldeado para a linha de bitola larga da MRS, seguindo daí para São Paulo. Com este fechamento da linha, a antiga Linha do Centro da Leopoldina perdeu todo o seu uso e está agora abandonada.


ACIMA: Uma locomotiva G-12 no. 4187 da FCA no pátio de Barão de Camargos, em 2000.

ACIMA: O pátio de carregamento de Barão de Camargos, em 2001 (Fotos Jorge A. Ferreira).

(Fontes: Simone Nunes de Carvalho; Jorge A. Ferreira; Gutierrez L. Coelho; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina Railway, 1938; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)
     

A atual "estação" é a cobertura à esquerda da casa antiga, que pode ser vista também numa das fotos acima. Foto Gutierrez L. Coelho em 27/12/2004
   
     
     
Atualização: 17.01.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.