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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Raul Soares
Capitão Martins
Monsenhor Horta
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Leopoldina (1930-1975)
RFFSA (1975-1994)
CAPITÃO MARTINS
Município de Raul Soares, MG
Linha de Caratinga - km 537,029 (1960)   MG-3807
Altitude: 279 m   Inauguração: 14.12.1930
Uso atual: moradia (2006)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1930?
 
 
HISTORICO DA LINHA: Este trecho da Leopoldina na verdade era uma junção de várias linhas isoladas originalmente, construídas em épocas diferentes. O trecho entre Entre Rios (Três Rios e Silveira Lobo foi aberto em 1903 e 1904; o seguinte, até a estação de Guarani, ficou pronto em 1883 e havia sido construído e operado pela Cia. União Mineira, até a entrega à Leopoldina, em 1884; o trecho entre esse ponto e Ligação ficou pronto em 1886, enduanto daí para a frente, até Ponte Nova, foi entregue entre os anos de 1879 e 1886. Entre 1912 e 1926, entregou-se a linha até Matipoó (Raul Soares) e finalmente, em 1931, a linha chegou a Caratinga, de onde não passou. Havia um trem de Barão de Mauá, no centro do Rio de Janeiro, para Caratinga, via Petrópolis, todos os dias, desde que a linha completa foi entregue, em 1931. Sem trens de passageiros desde os anos 1980 (em 1980 ainda existiam trtens mistos fazendo o serviço de passageiros entre Ubá e Caratinga, vindo de Recreio, na antiga linha-tronco da EFL), a linha foi erradicada em 1994 nos trechos Três Rios-Ligação e Ponte Nova-Caratinga; o trecho intermediário consta até hoje como tendo "tráfego suspenso".
 
A ESTAÇÃO: A estação de Capitão Martins foi aberta em 1930. Pelo menos até 1980 ainda trafegavam por ali trens mistos, trazendo passageiros para a estação. Assim era descrita a estação em 2002, no site da Câmara Municipal de Raul Soares: "A construção de alvenaria autoportante foi realizada na primeira metade do século XX, para servir de apoio ao transporte de gado e de madeira. É localizada a 7 Km de Raul Soares e foi um importante entreposto de mercadorias. Em 1990 passou por uma reforma para abrigar a Escola Municipal Vicente Xavier, até 1995. O armazém que se encontra próximo, serve hoje como centro comunitário da comunidade. A estação serve como local de armazenamento de material agrícola e de distribuição de leite, produzido por produtores associados em cooperativa. Típico exemplar da arquitetura ferroviária mineira. A antiga estação de ferro é composta por dois blocos similares dispostos paralelos um ao outro. Estão implantados em terreno plano recuados em relação à estrada. O embasamento em alvenaria de pedra eleva-os cerca de 70 centímetros, conformando as plataformas. Estas são cobertas pela extensão dos beirais, que são sustentados por mãos-francesas em madeira. Os telhados, estruturados em

ACIMA: Mapa da linha mostrando a cidade e a estação de Capitão Martins (Arquivo Publico Mineiro, 1949).
madeira e cobertos com telha francesa, possuem duas águas. O bloco correspondente à antiga estação propriamente dita, ou seja, onde os passageiros embarcavam e desembarcavam, hoje abriga tanques de armazenagem de leite, que é produzido por produtores rurais locais e depois encaminhado para cooperativa. O prédio possui 183 m² de área construída em paredes de tijolo maciço, revestidas com argamassa pintadas na cor bege. O chapisco pintado na cor cinza e as pedras almofadadas compõem o barrado que contorna o edifício. As esquadrias em madeira são pintadas na cor vermelho terra, sendo as janelas compostas por duas folhas divididas em veneziana e vidro; as portas, uma folha com bandeira fixa em vidro; e, o portão, uma folha de correr. Dos cômodos existentes - três quartos, dois banheiros, cozinha, área de serviço, depósito e bilheteria - só foi possível o acesso aos dois últimos. O depósito possui piso em tabuado e teto em telha vã. A bilheteria possui piso em ladrilho hidráulico, meia parede em azulejo de cor verde e teto em tabuado. A entrada da bilheteria é marcada por cobertura apoiada em mãos -francesas. Em ambas empenas há em alto-relevo o nome da estação, Capitão Martins. O armazém, que corresponde ao outro bloco e hoje abriga uma capela, possui as mesmas características da estação, porém abrange uma área menor, com 99 m², possuindo piso em lajeado e teto em telha vã
" (Câmara Municipal de Raul Soares, 2002 - Levantamento: Cintia Honorato). Em 2006, já era utilizada como moradia. Existe outra casa, talvez o antigo armazem, servindo como igreja.
(Fontes: Amadeu Miguel Gomes; Cintia Honorato; Roberta Raggi; E. F. Leopoldina; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-80)
     

A estação em 2002. Foto Roberta Raggi

A estação de Capitão Martins em 12/2006. Foto Amadeu Miguel Gomes

A outra casa, talvez o antigo armazém, em 12/2006. Foto Amadeu Miguel Gomes

A outra casa, talvez o antigo armazém, em 12/2006. Foto Amadeu Miguel Gomes

A estação em 1/2011. Foto Amadeu Miguel Gomes
 
     
Atualização: 04.03.2014
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.