|
|
E. F. Leopoldina
(n/d-1975)
RFFSA (1975-1994)
Flumitrens/Central (1994-2011)
Supervia (2011) |
BANANAL
Município de |
Ramal de Teresópolis - km |
|
RJ-1890 |
Altitude: - |
|
Inauguração: n/d |
Uso atual: parada de trens metropolitanos |
|
com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
|
|
|
HISTORICO DA LINHA: E.
F. TERESÓPOLIS (RAMAL DE TERESÓPOLIS): A ferrovia ligando Magé a Teresópolis
foi aberta em 1908, partindo do Porto da Piedade, nos fundos da Baía
da Guanabara, chegando a Alto Teresópolis, depois de diversas inaugurações
parciais de trechos a partir da Piedade desde 1896. Em 1919, a ferrovia
foi encampada pela E. F. Central do Brasil, que prolongou a linha
até a várzea de Teresópolis. Já antes de 1940, porém, o trecho
entre Porto da Piedade e Magé foi suprimido, e os trens para Teresópolis,
operados pela Central do Brasil, passaram a sair da estação de Barão
de Mauá e seguindo pela linha da Leopoldina até Magé, daí entravam
pela linha original. Em 9 de março de 1957, a linha foi entregue
à Leopoldina, que imediatamente suprimiu o trecho Guapimirim-Teresópolis;
no trecho Magé-Guapimirim até hoje passam trens de subúrbio operados
desde 2011 pela Flumitrens/Central. |
|
A ESTAÇÃO: A parada de Bananal
é uma plataforma sem cobertura que existem na linha da atual
Central.
"Dora trabalha lá em casa. É uma negra elegante,
sabe o que diz e está sempre de bom humor. Me pergunto como ela consegue.
Mora em Parada Bananal, do outro lado da Baia de Guanabara. Para chegar
lá em casa acorda todos dia as quatro da manhã e pega um trem da Central
(não da velha Central do Brasil, mas da nova Cia. Estadual de Engenharia
de Transporte e Logística, êta nome) até Saracuruna, depois outro
da Supervia até São Cristóvão, depois um ônibus até a Fonte da Saudade
porque o metrô não chega. De vez em quando conversa comigo sobre trens.
Como sabem os moradores das grandes cidades brasileiras, os motoristas
de táxi entendem de política e as empregadas domésticas de transporte
ferroviário. Todas moram longe e nenhuma tem dinheiro para pagar R$
7,80 que é quanto custa uma passagem de ônibus Parada Bananal-São
Cristóvão-Lagoa (contra R$ 3.75 do trem mais ônibus São Cristóvão-Lagoa).
E Dora reclama, coitada: — Vê se o senhor fala com os homens lá da
Central para botar mais trens. O ramal de Parada Bananal é a última
fronteira do trem de subúrbio. Dá para perguntar como ele conseguiu
chegar até lá. Os nomes das estações são cultura popular pura: Parada
Meia Noite, Bongaba, Suruí, Jororó, Parada Capim, Parada Irirí, Parada
Bananal, Guapimirim... O trem é diesel (“a óleo”, diz Dora), e leva
umas duas horas para percorrer os 37 km e 20 estações. É tão ruim
que nem a Supervia quis ficar com ele. Hoje quem opera é a Central-Engenharia-de-Transporte-e-Logística.
Mas Dora não reclama disso. Ao contrário, ela quer mais trens. — São
só dois horários por dia, às cinco da manhã e depois às oito. Se você
perde o primeiro tem que vir de ônibus. A informação oficial é que
são oito pares de trens por dia. Mas segundo Dora são dois mesmo.
E agora nem isso, porque a Central está em greve há 30 dias, embora
ninguém saiba, e o serviço foi interrompido. A informação oficial
é que agora sim, por causa da greve, há dois pares de trens por dia.
Vá se dormir com um barulho desses, mesmo acordando as quatro. Ou
então, pague R$ 7,80 e venha de ônibus" (Gerson Toller, 2006). |
|
|
|
A parada de Bananal em 02/2004. Foto Carlos Latuff |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Atualização:
19.03.2019
|
|