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E. F. Leopoldina
(1895-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996-2010) |
DONA
AMÉRICA
Município de Mimoso do Sul, ES |
Linha do Litoral - km 398,329 (1960) |
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ES-1916 |
Altitude: 62 m |
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Inauguração: 01.04.1895 |
Uso atual: utilizada pela FCA |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas
companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas
pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho,
Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril
Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E.
F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos,
por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos
entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,foi
construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa
foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida
à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E.
F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907,
a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo
os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje
para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos
80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói
e Rio de Janeiro a Vitória. |
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A ESTAÇÃO: "A
primeira estação (Dona America, inaugurada em 1895), projetada
nas imediações da fazenda de S. Domingos, quilômetro 12.200 pode fornecer
em café 50.000 arrobas de 15 quilogramas, ou 750.000 quilogramas.
As fazendas vizinhas são todas muito importantes e em plena produção.
O arraial de S. Pedro do Alcântara, situado acima do ribeirão do mesmo
nome, 12 ou 15 quilômetros, tem já uma boa via de comunicação para
o local da estação projetada" (Edmundo Siqueira, Resumo
Histórico da Leopoldina Railway, 1938, transcrição
da época da construção da linha e da estação
no final do século XIX).
A localidade hoje é um distrito do município de
Mimoso do Sul. Segundo informações de
pessoas da região em 11/2004, a estação continuava
de pé e pelo que entendi estava sendo utilizada pela concessionária
da linha, a FCA. Segundo Lúcio Fernandes, é
"um local pitoresco, apesar do acesso precário".
ACIMA: No início de novembro de 1931 ocorreu um desastre com um trem
da Leopoldina entre a estação e a anterior, de Itabapoana (hoje Ponte de Itabapoana) (O Cruzeiro, 14/11/1931).
ACIMA:
Mapa do município de Mimoso do Sul (parcial) nos
anos 1950. A linha corta o município de sul a norte,
passando por diversas estações e paradas (IBGE: Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, 1958).
ACIMA: Estação e pátio,
com trem de passageiros, provavelmente anos 1960 (http:// conhecendomimosodosul.blogspot.com).
ACIMA: A estação e construções
à sua frente, que provavelmente são ou foram da ferrovia
(Foto Lucio Fernandes, 2004).
ACIMA: Roubo de trilhos: História ferroviária está virando ferro velho no sul do ES. (Jornal Dia a Dia, ES) – Não é incomum no Espírito Santo a divulgação de notícias que apontam o roubo de talas de junção, chapas de apoio e trilhos de ferrovias em vários municípios capixabas.
A nossa matéria aborda o fato especialmente em trechos do sul do Espírito Santo cortados pelos trilhos. Segundo o engenheiro, comerciante e pesquisador da história das ferrovias no Estado Paulo Henrique Thiengo, mais de 30 quilômetros já foram arrancados e vendidos em ferros velhos.
“O trecho entre Mimoso do Sul e Dona América teve todos os trilhos furtados. São cerca de 20 quilômetros, assegura. Segundo ele, trata-se de uma quadrilha bem organizada, que rouba e oferece a mercadoria à luz do dia, em cargas fechadas de 15 toneladas a apenas R$ 1 o quilo.E ele diz mais: para quem quiser comprar, sem nenhuma dificuldade. “O material é comprado por ferro velhos, escondidos em tambores metálicos de 200 litros e vendidos para grandes siderúrgicas, também sem serem incomodados. Reside aí o mistério de tudo isso”, pontua.
Segundo Paulo Thiengo, os únicos prejudicados até agora são os moradores de beira de linha, constantemente ameaçados – até de morte – por membros destas quadrilhas.
O engenheiro diz que mudanças responsáveis poderiam ser feitas na legislação para permitir a cessão a organizações não governamentais e ao Poder Público para que essa depredação não mais acontecesse. “O patrimônio é da União, então ninguém pode fazer nada porque a legislação é muito rígida, mas essa rigidez favorece exatamente àqueles que se beneficiam com o apagamento da história e o roubo das peças”, acredita.
Thiengo frisa que considera isso um erro, já que existem muitas pessoas que querem apenas ajudar na preservação desse patrimônio da União, que faz parte da memória afetiva de muitas pessoas, e também do desenvolvimento econômico da região.
Paulo Henrique Thiengo lembra da importância das ferrovias no desenvolvimento econômico regional, já que elas têm um enorme potencial que beneficiaria os municípios e funcionariam como um corredor de desenvolvimento paralelo ao que está sendo idealizado para o litoral, garantindo a movimentação de produtos, serviços e pessoas entre as regiões. “Não fossem esses roubos e esse desmonte que inviabilizam esse propósito, teríamos um meio importante para o transporte regional, também de grande potencial turístico”.
O pesquisador diz que com o desenvolvimento do litoral, será criada uma região metropolitana litorânea sul, que absorverá toda a economia que vai girar em torno do Porto Central, que será construído em Presidente Kennedy.
Vai mais além e frisa que todos os municípios a oeste da BR 101 perderão com a falta dessa ferrovia. “Todo o setor metalmecânico de Cachoeiro, por exemplo, será transferido para o litoral. Cachoeiro será mera cidade dormitório das do litoral, como Cariacica o é da Grande Vitória. É bom destacar que estas duas cidades têm as piores arrecadações per capta do ES”. Foto Jornal Dia a Dia, 3/3/2022)
(Fonte: https://diaadiaes.com.br/roubo-de-trilhos-historia-ferroviaria-esta-virando-ferro-velho-no-sul-do-es/
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TRENS
- De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros
- pararam nesta estação de 1895 a 1984. Ao lado,
o noturno Rio-Vitoria, puxado pela Garrat em local desconhecido
talvez anos 1930. Clique sobre a foto para ver mais detalhes
sobre esses trens. Veja aqui horários
em 1960 e 1984 (Guias Levi). |
(Fontes: Lucio
Fernandes; http://conhecendomimosodosul.blogspot.com; O Cruzeiro,
1931; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina Railway,,
1938; IBGE: Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, 1958; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil,
1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 2004. Foto Lucio Fernandes |
A estação em 2004. Foto Lucio Fernandes |
A estação em 2004. Foto Lucio Fernandes |
A estação em 2004. Foto Lucio Fernandes |
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Atualização:
13.05.2022
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