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E. F. Leopoldina
(1888-1975)
RFFSA (1975-1997)
Supervia (1997-) |
GRAMACHO
(antiga SARAPUÍ)
Município de Duque de Caxias, RJ |
Linha do Norte - km 23,250 (1960) |
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RJ-1936 |
Altitude: 3 m |
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Inauguração: 1.11.1888 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha que unia o centro do Rio de Janeiro a Petrópolis e Três Rios
foi construída por empresas diferentes em tempos diferentes. Uma pequena
parte dela é a mais antiga do Brasil, construída pelo Barão de Mauá
em 1854 e que unia o porto de Mauá (Guia de Pacobaíba) à estação de
Raiz da Serra (Vila Inhomerim). O trecho entre esta última e a estação
de Piabetá foi incorporada pela E. F. Príncipe do Grão Pará, que construiu
o prolongamento até Petrópolis e Areal entre os anos de 1883 e 1886.
Finalmente a estação de Areal foi unida à de Três Rios em 1900, já
pela Leopoldina. Finalmente, o trecho entre o a estação de São Francisco
Xavier, na Central do Brasil, e Piabetá foi entregue entre 1886 e
1888 pela chamada E. F. Norte, que neste último ano foi comprada pela
R. J. Northern Railway. Finalmente, em 1890, a linha toda passou para
o controle da Leopoldina. Em 1926 a linha foi estendida finalmente
até a estação de Barão de Mauá, aberta nesse ano, eliminando-se a
baldeação em São Francisco Xavier. O trecho entre Vila Inhomerim e
Três Rios foi suprimido em 5 de novembro de 1964. Segue operando para
trens metropolitanos todo o trecho entre o centro do Rio de Janeiro
e Vila Inhomerim. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Sarapuí foi inaugurada em 1888.
Nos anos 1940, mudou de nome para Gramacho, e, a partir de
1970, passou a ser o ponto final da tração elétrica
dos trens metropolitanos.
A estação de Gramacho passou a ser parada também
de trens de subúrbio a partir de 1935, quando o trajeto destes
trens foi esticado de Duque de Caxias até Raiz da
Serra (Vila Inhomerim), mais precisamente em 21 de abril
desse ano, de acordo com o jornal A Noite do dia seguinte.
Por muitos anos, os trens seguiram dali puxados por tração
diesel até Vila Inhomerim e Guapimirim,
por outra linha.
"Estação de Gramacho, 16h30 de uma quinta-feira
ensolarada e de muito calor. Os trens da Leopoldina chegam superlotados.
Muitos passageiros descem na estação e procuram o caminho
de casa. Outros terão de andar pelo menos mais uma hora de
trem para chegar ao seu destino. São os usuários das
linhas de bitola estreita que servem Guapimirim, Vila Inhomerim, Visconde
de Itaboraí, Magé e outros pequenos distritos. Nestes
ramais os intervalos são maiores e variam entre 20 e 30 minutos,
dependendo da hora. Até Saracuruna, primeiro ponto, existem
duas linhas, mas depois o tráfego é realizado em apenas
uma, sem pátio de cruzamento, o que permite apenas a passagem
de uma composição na ida e outra na volta. Ou seja,
quem eprder o trem terá que esperar que ele vá até
o final, Guapimirim ou Vila Inhomerim, e volte até Saracuruna.
O maquinista reclama das pedradas que ferem passageiros e maquinistas.
Outro diz que as portas são inoperantes e e os usuários
vão destruindo tudo ao longo dos trechos. Os sinais não
funcionam há vários anos e à noite o maquinista
não pode saber o que está acontecendo nos carros. Ele
tem que trabalhar armado, pois não há segurança
e os assaltos são constantes" (Revista Ferroviária,
março de 1986).
O quanto isso terá mudado? A violência imperava
ao redor da estação: no dia 7 de maio de 2005, na estação
de Gramacho, o corpo de uma costureira de 20 anos, estuprada
e assassinada, foi encontrado debaixo da plataforma, segundo o jornal
O Dia, em 5/6/2005.
Até meados de 2000, o ponto final dos trens elétricos vindos do Rio
era Gramacho, da qual partiam os trens Diesel para Vila
Inhomirim e Guapimirim. Nesta época houve a eletrificação
da linha até Saracuruna e a reconstrução das estações Campos
Elísios, Jardim Primavera e Saracuruna. Esta passou
a ser o novo ponto final dos trens da antiga Leopoldina.
Porém, em 2023, Gramacho
ainda funcionava como ponto final dos trens elétricos em horários fora
do pico nos dias úteis. Mas a eletrificação não ocorreu com duas linhas,
foi só com uma!
O trecho entre Gramacho e Saracuruna é composto de uma
linha de bitola larga e elétrica e uma linha de bitola métrica, que
serve à FCA e eventualmente à SuperVia e à CENTRAL, para levarem
carros e locos para manutenção nas oficinas de Triagem, junto
à estação de mesmo nome.
Desde 2015, o ramal trabaha seccionado entre dois trechos nos dias úteis, ou seja, na estação de Gramacho ele segue até Saracuruna depois de uma baldeação. Em fins de semana e a Saracuruna nos dias úteis é necessário fazer uma transferência na Estação Gramacho, exceto nos fins de semana e feriados o trem faz os passageiros podem seguir sem mudar de composição.
ACIMA: Trem de subúrbios na estação
de Gramacho em 1982. Carros Pidner (Foto Hugo Caramuru).
ACIMA: Trem de subúrbio na estação
de Gramacho em 1982. (Coleção Rogerio Torres - Instituto Historico da Camara Municipal de Duque de Caxias).
(Fontes: Hugo Caramuru; Julio C. Silva; Rafael
Souza; A Noite, 1935; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da
Leopoldina Railway, 1938; Revista Ferroviária, 1986; Guia Geral
das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
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A estação antiga de Gramacho, talvez anos 1960.
Autor desconhecido |
A estação em 1982. Foto Hugo Caramuru |
A estação em 2/12/2014. Foto Rafael Souza |
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Atualização:
22.02.2023
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