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E. F. Príncipe
do Grão Pará (1888-1890)
E. F. Leopoldina (1890-1975)
RFFSA (1975-1997)
Supervia (1997-) |
IMBARIÊ
(antiga ESTRELA e JOAQUIM TÁVORA)
Município de Duque de Caxias, RJ |
Linha do Norte - km 39,281 (1960) |
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RJ-3085 |
Altitude: 4 m |
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Inauguração: 04.1888 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha que unia o centro do Rio de Janeiro a Petrópolis e Três Rios
foi construída por empresas diferentes em tempos diferentes. Uma pequena
parte dela é a mais antiga do Brasil, construída pelo Barão de Mauá
em 1854 e que unia o porto de Mauá (Guia de Pacobaíba) à estação de
Raiz da Serra (Vila Inhomerim). O trecho entre esta última e a estação
de Piabetá foi incorporada pela E. F. Príncipe do Grão Pará, que construiu
o prolongamento até Petrópolis e Areal entre os anos de 1883 e 1886.
Finalmente a estação de Areal foi unida à de Três Rios em 1900, já
pela Leopoldina. Finalmente, o trecho entre o a estação de São Francisco
Xavier, na Central do Brasil, e Piabetá foi entregue entre 1886 e
1888 pela chamada E. F. Norte, que neste último ano foi comprada pela
R. J. Northern Railway. Finalmente, em 1890, a linha toda passou para
o controle da Leopoldina. Em 1926 a linha foi estendida finalmente
até a estação de Barão de Mauá, aberta nesse ano, eliminando-se a
baldeação em São Francisco Xavier. O trecho entre Vila Inhomerim e
Três Rios foi suprimido em 5 de novembro de 1964. Segue operando para
trens metropolitanos todo o trecho entre o centro do Rio de Janeiro
e Vila Inhomerim. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Estrela foi aberta em 1888.
O nome teria sido mudado para Joaquim Távora em 1931
(ver box abaixo), mas esse nome já foi alterado para o atual,
Imbariê, em 1943.
"Em Imbariê, Duque de Caxias, as plataformas do acanhado
terminal são cobertas por mato, que também escondem
a linha férrea" (O Dia, 5/6/2005).
Honor Pacheco comenta que a data de inauguração
(fornecida pelo Guia Geral de 1960) poderia estar equivocada: "Creio
estar incorreta essa data, pois a localidade começou a se formar em
1926. No início chamava-se Parque Estrela e pertencia
ao município de Nova Iguaçu. Somente mais tarde passou a ser o 3º
Distrito de Duque de Caxias. O Diário Oficial de 09 de maio de 1928
oficializou a criação da primeira escola do lugar. Era a Escola Estadual
nº 35 do Parque da Estrela. Sua primeira professora (que também era
a diretora) morava na Raiz da Serra e se chamava Nair Teixeira de
Paiva (1906-1996). Havia então no local, além da escola, umas
poucas residências, uma padaria, um abraço, botequim, uma farmácia
e um armazém. Não havia, ainda, a estação de trens e, por determinação
do Ministro da Viação, os comboios da Companhia Estrada de Ferro Leopoldina
Railway realizavam paradas especiais para o desembarque (pela manhã)
e embarque (à tarde) da referida professora. Somente após as grandes
obras de saneamento da baixada fluminense, iniciadas a partir de 1930
pelo governo estadual, o Parque da Estrela começou a se desenvolver".
Segundo Julio Cesar da Silva, quando Gramacho ainda
era estação terminal dos trens metropolitanos (pois
ali terminava então a eletrificação), a estação
de Imbariê servia como pátio de cruzamento de
trens.
Até pelo menos os anos 1950, os trens que serviam Imbariê
não eram os mesmos que faziam o subúrbio da Leopoldina
entre Barão de Mauá e Duque de Caxias;
ela era atendida por trens, também de subúrbio (chamados
então de "curto percurso") que faziam o percurso
somente entre Duque de Caxias e Vila Inhomerim.
ACIMA:
Loteando terrenos em frente à estação de Estrella
em 1924. Como sempre, usava-se as estações dos trens
de subúrbio para promover essas vendas (O Estado de S. Paulo,
10/5/1924).
ACIMA: Em abril de 1925, o Largo da Estação;
ao fundo, a estação telefônica, em péssima
reprodução. ABAIXO: a estação da
Estrella, também em péssima reprodução
(Fotos O Estado de S. Paulo, 5/4/1925).
ACIMA: Em janeiro de 1931, a estação
teve seu nome alterado para Joaquim Távora. O nome teria permanecido
até 1943, quando o nome foi finalmente alterado para o atual,
Imbariê (Foto: Revista Memória da Biblioteca Nacional,
cessão Eduardo P. Moreira). ABAIXO: Anúncio oferecendo
casas em loteamento próximo à estação
em 1953 - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER O ANUNCIO INTEIRO
(Diario da Noite, 6/7/1953).
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TRENS
- De acordo com os guias de horários, os trens de
passageiros param nesta estação desde sua abertura.
Alguns horários registrados: (1948) 20:46 (P-17) chegando
de Barão de Mauá; 6:45 (P-2) e 16:42 (P-14) vindo
de Petrópolis. Existiam ainda nesse ano sete horários
para o trem de subúrbios Barão de Mauá-Vila
Inhomerim (Guias Levi). Os trens
de subúrbios continuam parando em 2010 em diversos horários. |
ACIMA: A simpática estação
de Imbariê e seu pátio, em 28/1/2010. Reparar a segunda
plataforma do outro lado das duas linhas, acessível pela rua
à direita (Foto Julio Cesar da Silva). ABAIXO: Em 1961,
o pátio da estação de ImbariÊ era um cemitério
de locomotivas a vapor já fora de uso. Esta era a de número
1354 (Foto J. Souza, A Noite, 1961).
(Fontes: Julio Cesar da Silva; Eduardo Moreira;
J. Souza; Carlos Latuff; Honor Pacheco; Angelo Tavares; O Estado de
S. Paulo, 1924 e 1925; A Noite, 1961; Diario da Noite, 6/7/1953; Revista
Memória da Biblioteca Nacional, data desconhecida; Guia Geral
das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guia Levi, 1932-80; O Dia,
5/6/2005; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Estação de Imbariê, em 07/2007. Foto Carlos
Latuff |
Estação de Imbariê, em 07/2007. Foto Carlos
Latuff |
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Atualização:
01.12.2017
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