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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Jardim Primavera
Saracuruna
Morabi
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Saída para a linha Saracuruna-Visconde de Itaboraí: Meia-Noite
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Príncipe do Grão Pará (1888-1890)
E. F. Leopoldina (1890-1975)
RFFSA (1975-1997)
CENTRAL (1997-2011)
Supervia (2011-)
SARACURUNA (antiga ROSÁRIO)
Município de Duque de Caxias, RJ
Linha do Norte - km 34,021 (1960)   RJ-1945
Altitude: 3 m   Inauguração: 24.04.1888
Uso atual: estação de trens metropolitanos   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 2000
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha que unia o centro do Rio de Janeiro a Petrópolis e Três Rios foi construída por empresas diferentes em tempos diferentes. Uma pequena parte dela é a mais antiga do Brasil, construída pelo Barão de Mauá em 1854 e que unia o porto de Mauá (Guia de Pacobaíba) à estação de R aiz da Serra (Vila Inhomerim). O trecho entre esta última e a estação de Piabetá foi incorporada pela E. F. Príncipe do Grão Pará, que construiu o prolongamento até Petrópolis e Areal entre os anos de 1883 e 1886. Finalmente a estação de Areal foi unida à de Três Rios em 1900, já pela Leopoldina. Finalmente, o trecho entre o a estação de São Francisco Xavier, na Central do Brasil, e Piabetá foi entregue entre 1886 e 1888 pela chamada E. F. Norte, que neste último ano foi comprada pela R. J. Northern Railway. Finalmente, em 1890, a linha toda passou para o controle da Leopoldina. Em 1926 a linha foi estendida finalmente até a estação de Barão de Mauá, aberta nesse ano, eliminando-se a baldeação em São Francisco Xavier. O trecho entre Vila Inhomerim e Três Rios foi suprimido em 5 de novembro de 1964. Segue operando para trens metropolitanos todo o trecho entre o centro do Rio de Janeiro e Vila Inhomerim.
 
A ESTAÇÃO: Foi aberta com o nome de Rosário quando se uniu a linha do Norte à linha Mauá-Petrópolis, em 1888.

Em 1/6/1928, foi elevada de parada a estação (Circular T. 1062, de 10/5/1928, da Leopoldina Railway).

Segundo Silvio Souza, morador local, o Sr. Francisco Vieira Neto foi um dos primeiros proprietários da fazenda Rosário, e que por volta do ano de 1926 teria feito uma exigência para que a estrada de ferro seguisse em frente (para Bongaba): no acerto ele pede o direito de fazer um botequim dentro da estação, para ele ou alguém de sua família. Hoje existe ali uma praça com o seu nome; como se vê, este senhor foi o "dono" de Saracuruna.

"No dia 2 de novembro, início da operação da linha do Rosário da Estrada de Ferro Leopoldina com 39 km de extensão, no fundo da baía de Guanabara, entre Rosário e Porto das Caixas, passando por Magé e Visconde de Itaboraí. A nova linha possibilita a ligação direta entre as cidades do Rio de Janeiro e Vitória, desativando a travessia marítima o Rio de Janeiro e Niterói. A linha não foi construída antes devido às dificuldades de construção sobre imensa área alagadiça entre Magé e Visconde de Itaboraí" (Marcelo Almirante).

A estação de Saracuruna passou a ser parada também de trens de subúrbio a partir de 1935, quando o trajeto destes trens foi esticado de Duque de Caxias até Raiz da Serra (Vila Inhomerim), mais precisamente em 21 de abril desse ano, de acordo com o jornal A Noite do dia seguinte.

Em 1º de junho de 1928, a parada foi elevada a estação e nos anos 1940, esta teve o nome alterado para o atual (cf. p.365 do relatório da Leopoldina Railway). Com o fim do trecho Vila Inhomerim-Três Rios em 1965, a estação de Saracuruna permaneceu como estação de trens de subúrbio, assim se mantendo até hoje. Segundo Nicholas Burmann, esta é a última estação ferroviária no Brasil que ainda mantém a sinalização mecânica.

Por muito tempo, a eletrificação da linha parou em Gramacho, 3 estações antes de Saracuruna; em 2007 e desde data que eu não sei precisar, o final da eletrificação da linha já era em Saracuruna. Aqui também acabava em 2007 a bitola larga (que foi implantada na época da eletrificação da linha, final dos anos 1960 até Gramacho e mais recentemente até esta estação, como já visto), seguindo em frente a bitola métrica.

A baldeação daqui para Vila Inhomerim e para Magé e Guapimirim ainda se mantinha em 2007, pois para além só seguem trens diesel.

A estação de Saracuruna atual, edificada em 2000, é dividida em duas partes: a remunerada e a não remunerada. A parte remunerada é a na qual a passagem é paga na bilheteria para se ter acesso à plataforma e embarcar nos trens elétricos com destino à CENTRAL. A parte não remunerada é onde se entra livremente, pois a passagem é cobrada nos carros. Nessa área os trens são movidos a Diesel e têm como destinos Vila Inhomirim, servido pela SuperVia e Guapimirim, servido pela CENTRAL.

A partir de 2011, o ramal passou a ser operado pela SUPERVIA.


ACIMA: Fazenda do Rosário em 1911. Seu nome deve ter sido a razão do nome original da estação. Como estará hoje? Existirá ainda a casa?

ACIMA: O rio Saracuruna em 1911, que deu o nome à estação nos anos 1940. Estará o rio ainda bonito e limpo? (Fotos Revista Illustração Brasileira, 1/5/1911).

ACIMA: Assalto na estação do Rosario em 1936 - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER A REPORTAGEM TODA (Correio de S. Paulo, 30/9/1936).

ACIMA: Em Rosário, dezembro de 1938: a nova automotriz da Leopoldina Railway, adquirida da Sentinel Cammell, no dia de sua inauguração, indo de Barão de Mauá àquela estação e prometendo fazer o trecho de Barão de Mauá a Raiz da Serra (Vila Inhomerim) em 75 minutos (Revista da Semana, 31/12/1938).

ACIMA: Estação de Saracuruna e o trem da CENTRAL Logística esperando para partir no rumo de Magé e Guapimirim, em maio de 2009 (Foto Diego Barbosa).

ACIMA: Pátio de Saracuruna em 2010, com o TUE da Supervia (Foto Julio Cesar da Silva).
ABAIXO: Casa de máquinas de Saracuruna em 2015. Foi usada de 1926 a 1996. Hoje é inútil, mas ainda não havia sido depredada (Foto Edson Vander Teixeira).

"No dia 20 de abril de 2015 a Supervia modificou o ramal de Saracuruna. Agora os trens partem da Central do Brasil e fazem ponto final em Gramacho. E para os que vão para Saracuruna é necessária uma baldeação para outra composição que termina a viagem cobrindo as três últimas estações (Campos Elísios, Jardim Primavera e Saracuruna). Apesar da incômoda troca de trens em Gramacho, que gerou algumas reclamações, até agora tem surtido efeito e parece que foi uma alteração positiva. Os trens da Central até Gramacho circulam agora de 8 em 8 minutos e os de Gramacho Saracuruna com intervalos de 16 minutos ou menos (Lembrando que é em linha singela). E para minha surpresa mantiveram os trens com ar condicionado, quando pensei que iriam utilizar os trens sem ar ou reformados que ainda existem. Os engarrafamentos entre o Município do RJ e a Baixada Fluminense, principalmente Duque de Caxias estão cada vez maiores e as três fotos que envio tirada hoje 15/05/2015 retratam exatamente isso. A foto 01 mostra o enorme engarrafamento em direção ao Centro de Duque de Caxias a partir da Estação do Corte 8, é a Av. Leonel de M. Brizola ex, Av. Presidente Kennedy. Este mesmo engarrafamento se inicia em Gramacho, uma estação antes e atravessa o centro de Caxias passando por Vigário Geral e só termina em Parada de Lucas, veja que absurdo. Os trabalhadores que podem, descem dos ônibus e pegam o trem, se esse pode lhes favorecer de alguma forma, os que não tem esse privilégio ficam no engarrafamento mesmo".

2015
AO LADO:
Informação de Gilson Subtill, em 15/5/2015.

ACIMA: Desastre em março de 2019: o trem da Supervia invade a estação de Saracuruna (G1, 29/3/2019).

(Fontes: Gilson Subtill; Julio C. Silva; Carlos Latuff; Edson Vandeir Teixeira; Nicholas Burmann; Marcelo Almirante; Silvio Souza; Diego Barbosa; A Noite, 1935; Leopoldina Railway: circular, 1928; Revista da Semana, 1938; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina Railway, 1938; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação. Foto sem data de autor desconhecido.

A estação de Saracuruna. Anos 1980? Autor desconhecido

Controles no interior da estação de Saracuruna, em 2001. Foto Carlos Latuff

A estação de Saracuruna, ao fundo, em 02/2004. Foto Carlos Latuff

A estação em 2010. Foto Julio Cesar da Silva
 
     
Atualização: 24.03.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.