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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Baixo Guandu
Aimorés
Otacilio de Almeida
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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A EFVM e suas estações em 1952

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E. F. Vitória a Minas (1907-)

AIMORÉS
(antiga NATIVIDADE DO MANHUAÇU)
Município de Aimorés, ES

EFVM - km 180 (1960)   MG-0202
Altitude: 78 m   Inauguração: 08.08.1907
Uso atual: estação de passageiros (2022)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Vitoria a Minas foi aberta em 1904 num pequeno trecho a partir do porto de Vitória e tinha como objetivo principal transportar as culturas da região ao longo do Rio Doce, especialmente a produção de café. Com enormes dificuldades ela foi avançando no sentido da cidade mineira de Diamantina; em 1910, empresãrios ingleses a compraram para eletrificá-la e transportar minério da região de Itabira. O seu objetivo pasava a ser agora atingir Itabira e se encontrar com a futura linha da EFCB que partindo de Sabará atingiria São José da Lagoa (Nova Era). Em 1919 o empresário americano Percival Farquhar a comprou e depois de inúmeras reviravoltas políticas, a estrada, afinal nunca eletrificada, foi encampada pela recém-fundada Cia. Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, a qual maneja a ferrovia até hoje. Modernizou-a nos anos 1940, alterando o traçado acidentado na região de Vitória, isto depois de a linha ter finalmente se ligado à EFCB em Nova Era em 1937, Em 2002, o antigo ramal de Nova Era foi totalmente modificado e a EFVM passou a comandar a linha desde Vitória até a região de Belo Horizonte, depois de passar por Itabira, região do minério de ferro. É a ferrovia mais rentável do Brasil e uma das pouquíssimas ferrovias a manter no País até hoje os trens de passageiros.
 

A ESTAÇÃO: A estação de Aimorés foi inaugurada em 1907 (Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960), com o nome de Natividade do (rio) Manhuaçu. Já com a estação, o então distrito tornou-se vila (município), implantada em 1917. A fotografia ao pé desta página mostra (com o nome "Natividade" claramente tendo sido um rabisco posterior na foto).

"A única coisa que eu sei da revolução de 1930 é que o coronel Amaral desceu aqui nessa estação (Figueira). E pegou a polícia de Minas Gerais e passou... Chegou e tomou conta da estrada de ferro. E aqui ele andou arranjando muita gente pra estrada também e levou para Aimorés. Lá em Aimorés, parece-me que tinha uma meia dúzia de soldados, ele prendeu os soldados, e botaram num carro de boi e mandaram para cá. A única coisa que eu me lembro aqui foi dos sujeitos no carro de boi. O coronel Amaral, pra entrar no Espírito Santo, fez uma conexão na divisa do Espírito Santo com Aimorés e eles se renderam. Mas os capixabas fizeram uma barreira em Baixo Guandu, deram tiro pra desgraçar lá. O coronel Amaral com a força mineira cortaram na bala até... Eles prenderam todos. Eles vieram presos no carro de boi, foi a única coisa que eu vi com os meus olhos, eles presos no carro de boi" (Sizenando Ribeiro, empalhador de móveis, 84 anos).

Segundo Eduardo Coelho e João Bosco Setti, nos anos 1940, tempos de grandes modificações na ferrovia, em experiêncisa feitas com a lotação dos novos trens com lotação máxima de 50 t por vagão, um trem com 1000 t de minério partia de Itabira com uma locomotiva Mikado e 20 vagões tinha de ser dividido em dois trens de 500 t e 10 vagões cada um quando chegava a Aimorés, prosseguindo até Barbados, de onde prosseguia até Barbados, onde cada uma deles era dividido novamemte, desta vez em dois trens de 250 t com cinco vagões, ou seja, o mesmo trem de minério que saía de Itabira chegava a Vitória dividido em quatro.
A estação ainda servia aos trens de passageiros da EFVM em 2022.

Nota: Não confundir esta estação da E. F. Vitoria-Minas, no Estado de Minas Gerais, com duas outras estações com o mesmo nome, uma no Estado de São Paulo, na Cia. Paulista de Estradas de Ferro, e outra na E. F. Bahia-Minas, que curiosamente pertence a dois Estados, o da Bahia e o de Minas Gerais, por estar bem na divisa entre eles.


ACIMA: A estação ainda com o nome de Natividade em foto provavelmente tirada por volta de 1910 (Cessão Prof. Dr. André Simplicio Carvalho, UFMG: https://journals.openedition. org/terrabrasilis/10282;

ACIMA: Deposito de locomotivas de Aimores em
1951 (créditos na foto).

ACIMA: Mapa (parcial) do município de Aimorés dUrante os anos 1950 (IBGE: Enciclopedia dos Municipios Brasileiros, vol. VII, 1960).

ACIMA: A estação e o pátio inundados em 1979 (Autor desconhecido).
ACIMA: A estação de Aimorés e os carros novos da linha em 2014 (Autor desconhecido).
ACIMA: Vista aérea da estação de Aimorés em 2017 (Foto Felipe Rodrigues).

(Fontes: Prof. Dr. André Simplicio Carvalho, UFMG: https://journals.openedition. org/terrabrasilis/10282; Felipe Rodrigues; Sizenando Ribeiro; Silvio Rizzo; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1960; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1917-1984; http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102- 46982008000100014).

     

A estação - sem data. Foto CVRD

A estação em 1956. Foto da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1959, IBGE, p. 42

A estação em 2003. Autor desconhecido

A estação em 2005. Foto Silvio Rizzo
 
     
     
Atualização: 28.12.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.