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VXY Mogiana em MG

Indice de estações
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Ibiraçu
João Neiva
Cavalinho
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Saída para o ramal de João Neiva (1954-69):
Caboclo Bernardo
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A EFVM e suas estações em 1952

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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Vitória a Minas (1904-1969)
JOÃO NEIVA
Município de Ibiraçu (1946-1989)
Município de João Neiva (1989-), ES
EFVM - km 76   ES-3108
Altitude: 59 m   Inauguração: 20.12.1905
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Vitoria a Minas foi aberta em 1904 num pequeno trecho a partir do porto de Vitória e tinha como objetivo principal transportar as culturas da região ao longo do Rio Doce, especialmente a produção de café. Com enormes dificuldades ela foi avançando no sentido da cidade mineira de Diamantina; em 1910, empresãrios ingleses a compraram para eletrificá-la e transportar minério da região de Itabira. O seu objetivo pasava a ser agora atingir Itabira e se encontrar com a futura linha da EFCB que partindo de Sabará atingiria São José da Lagoa (Nova Era). Em 1919 o empresário americano Percival Farquhar a comprou e depois de inúmeras reviravoltas políticas, a estrada, afinal nunca eletrificada, foi encampada pela recém-fundada Cia. Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, a qual maneja a ferrovia até hoje. Modernizou-a nos anos 1940, alterando o traçado acidentado na região de Vitória, isto depois de a linha ter finalmente se ligado à EFCB em Nova Era em 1937, Em 2002, o antigo ramal de Nova Era foi totalmente modificado e a EFVM passou a comandar a linha desde Vitória até a região de Belo Horizonte, depois de passar por Itabira, região do minério de ferro. É a ferrovia mais rentável do Brasil e uma das pouquíssimas ferrovias a manter no País até hoje os trens de passageiros.
 
A ESTAÇÃO: A estação de João Neiva foi aberta nos primórdios da EFVM, em 1905. O terreno para a realização da obra foi doado por Negri Orestes. O nome homenageava o deputado baiano João Augusto Neiva. A estação fez surgir o povoado.

A estação atendeu à linha principal da ferrovia até pelo menos 1947, quando foi fechada por não ter sido incluída nesta linha. Depois de um intervalo de pelo menos sete anos, em 1954, passou a ser a ponta de um curto ramal que passou a existir entre ela e uma estação na linha-tronco, de nome Caboclo Bernardo.

Em 1954, este ramal começou a funcionar com trens mistos ida e volta (Guia Levi, 7/1960 e 11/1964, p. 100) às terças, quintas e sábados (veja no caixa abaixo os horários dos trens no ramal em 1960). O percurso entre as duas estações durava de seis a nove minutos.

Quando o ramal era utilizado, os horários levam-me a crer que os trens da linha tronco entravam pelo ramal, até João Neiva e logo em seguida voltavam para o tronco, onde seguiam pelo curso natural da linha principal.

A estação de João Neiva funcionou entre os anos de 1954 a 1969. Após isto, a estação foi desativada.

Havia uma oficina da EFVM na cidade. Um barracão de madeira com uma Orenstein & Koppel dentro dela em 2009 deve ser o prédio da ferrovia (seg. Rodrigo Cabredo, 2009).

A estação não deveria existir mais em 2009, pelo menos não foi encontrada. Seria o prédio o mesmo que foi inaugurado em 2004 ou durante a existência do ramal a estação foi alterada de local? Fica a dúvida.


ACIMA: Teria sido este o carro que transportava passageiros de Caboclo Bernardo para João Neiva pelo ramal entre as duas estações nos anos 1950 e 1960? (Autor e data desconhecidos).

ACIMA: Os trens do ramal de Caboclo Bernardo para João Neiva em julho de 1960 (Guia Levi 07/1960, p. 100).

ACIMA: Depósito de madeira que contém a locomotiva a vapor que outrora rodou pelo ramal em foto de 2009 (Autor: Rodrigo Cabredo).

(Fontes: Da Silva Jr.; Altair Malacarne; Guia Levi, diversas edições 1950-1960).
     

A estação, à direita, sem data. Acervo Altair Malacarne

A estação nos anos 1940. Autor desconhecido

A estação, sem data. Autor desconhecido
     
     
Atualização: 23.08.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.