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E. F. Sorocabana
(1931-1971)
FEPASA (1971-1994)
CPTM (1994-) |
IMPERATRIZ
LEOPOLDINA
(antigo ARMAZÉM REGULADOR e KM 11)
Município de São Paulo, SP |
Linha-tronco - km 11,000 (1934); km - 12.000 (1960) (*) |
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SP-2021 |
Altitude: - |
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Inauguração: 1931 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1979 |
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As quilometragens foram alteradas em 1928, devido às retificações
feitas entre São Paulo e Iperó neste ano |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: Qual teria
sido a origem da estação do km 11, hoje Imperatriz
Leopoldina? Durante muitos anos, no início do século
XX, atendeu atendeu ao recebimento de cargas, com o nome de Armazém
Regulador, um tipo de função que se destinava
a descongestionar o pátio da estação de Barra
Funda, onde se concentrava o grande armazenamento de café
que a Sorocabana recebia e trazia para São Paulo, ou
para consumo da capital ou para depois seguir viagem para o porto
de Santos. O pátio desse armazém ficava no lado
oposto da linha em relação à frente da estação,
que dava, como hoje, para a rua Guaipá.
É possível que houvesse uma parada simples ali por muitos
anos, sendo impedida de atender o público por estar na zona
privilegiada da SPR - São Paulo Railway, depois E. F. Santos
a Jundiaí.
Em 1931, passou a constar na listagem de estações e
paradas da Sorocabana com o nome de km 11 (esta foi a data
que pus como a de inauguração), mas isso não
significa que já não atendesse a passageiros eventuais,
que, aliás, deveriam ser raros, pois o bairro tinha ainda baixa
população nessa época. passou a receber também
passageiros.
Porém, curiosamente, quando o bairro de Villa Leopoldina foi
loteado, no ano de 1894, o loteador previu a construção
de uma estação com o nome de Villa Leopoldina,
ou seja, o nome do bairro. O prédio, aqui reproduzido, jamais
foi construído, assim como não se sabe quando teria
sido construído o primeiro edifício para bilheteria
e para abrigar passageiros na espera e desembarque nos trens. Teria
sido somente o prédio de 1966?
Em 1957, o pátio da estação passou a ser o ponto
de saída de trilhos para os trens do ramal de Jurubatuba,
aberto em 25 de janeiro desse ano.
Para receber os passageiros dos trens de subúrbio mais adequadamente,
em 1966 foi construído um prédio para a parada, que sobreviveu cerca
de 12 anos, até a construção da atual estação, aberta em 1979. E é
somente a partir deste ano que se encontra o nome da estação,
não somente como sendo Imperatriz Leopoldina, mas também
como ponto de parada: guias Levi, por exemplo, não citam nenhuma
vez essa estação até esse ano de 1979.
O guia de 1953 da EFS não a cita, bem como o Guia Geral das
Ferrovias do Brasil de 1960. Devia ser uma parada apenas eventual
quando houvesse embarque ou desembarque em trens de subúrbios.
Hoje, a estação serve aos trens metropolitanos da CPTM. Ainda funcionou
como armazém de cargas para a FEPASA por muito tempo. A estação
está situada no final da avenida Imperatriz Leopoldina, na
esquina com a rua Guaipá, no Jaguaré, e foi aberta em
25/01/1979.
ACIMA: Projeto para a estação
de Villa Leopoldina em 1894. O desenho é desse ano e
consta do documento do loteamento. O prédio jamais foi construído,
ou por falta de interesse da Sorocabana ou por não ter sido
autorizado pela SPR. Notar que o desenho foi reproduzido já
bastante remendado (Reproduzido de: Manoel Rodrigues Lobo Junior:
Vila Leopoldina, como te viram e como te vêem, edição
do autor, 2 de outubro de 1986).
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1917
AO LADO: Os problemas do bairro de Vila Leopoldina com
a "zona privilegiada" da São Paulo Railway.
O problema perdurou ainda por muitos anos (O Estado de S.
Paulo, 25/3/1917).
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1920
AO LADO: Os bairros pedem uma estação (O Estado de S.
Paulo, 8/7/1920). |
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1926
AO LADO: Agora são os vereadores que pedem a estação (O Estado de S.
Paulo, 17/1/1926). |
ACIMA: Grande desastre na estação
em 1926 - CLIQUE SOBRE O ARTIGO PARA VER O ARTIGO INTEIRO
(O Estado de S. Paulo, 13/10/1926).
OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1926 - Extensão dos desvios para 500 m
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ACIMA: A estação nos anos 1930;
Seria o prédio da direita ou o da esquerda? De qualquer forma,
era bem diferente do atual. "Nota-se a bitola mista. Ela era
necessária devido à zona de privilégio da SPR. Por isso se
tem a bitola mista entre a Água Branca e complexo do Jaguaré, saindo
de Altino (essa bitola mista ia até a Cobrasma em Osasco). Já pude
ver imagens de vagões EFSJ em Altino, mas nunca vi locomotivas, embora
já tenha escutado relatos de maquinistas de English e Lambreta irem
até Altino e/ou na Cobrasma, nunca vi uma imagem dessa operação. A
bitola mista ainda chega hoje até Carapicuíba. A verdade
é que até os anos 1960, pelo menos, e provavelmente
por causa do quartel de Quitaúna, ainda havia bitola mista
até esse ponto (Texto Thomas Correa e Wil Uon, 2015. Foto de
autor desconhecido, acervo Thomas Correa).
ACIMA:
Em 1963, a coisa esquentou na estação por causa
da demora do "subúrbio" (Folha de S. Paulo, 12/3/63).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; Paulo Vinicius; Alberto H. Del Bianco; O Estado de S. Paulo,
1917; Manoel Rodrigues Lobo Junior: Vila Leopoldina, como te viram
e como te vêem, edição do autor, 2 de outubro
de 1986; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1875-1969; Guia
SP, 1995; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Pátio da estação antiga de Imperatriz Leopoldina,
provavelmente anos 1970. Foto Alberto H. Del Bianco |
Plataforma da estação, nos anos 1990. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
A estação da CPTM, em 02/10/1998. Foto Ralph M.
Giesbrecht |
A estação da CPTM, em 02/10/1998. Foto Ralph M.
Giesbrecht |
Plataforma da estação em 02/2007. Foto Paulo Vinicius |
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Atualização:
29.09.2021
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