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Aracê
Ituverava
Japuê
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ramal de Igarapava-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2000
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Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1903-1971)
FEPASA (1971-1998) |
ITUVERAVA
Município de Ituverava, SP |
Ramal de Igarapava - km 111,253
(1938) |
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SP-1751 |
Altitude: 631 m |
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Inauguração: 01.08.1903 |
Uso atual: depósito (2014) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Igarapava foi aberto em seu primeiro trecho, em 1899, até
Jardinópolis, a partir do local em que seria construída a estação
de Entroncamento, um ano depois. Em 1905, chegou a Igarapava, então
ainda Santa Rita do Paraizo. Em 1914, atingiria a linha do Catalão,
já em Minas Gerais, pouco antes de Uberaba. O ramal atravessava as
melhore terras de café do norte do Estado. Em fevereiro de 1979 foi
fechado para cargas, e em 10/05/1979 para os trens de passageiros,
e substituído pela variante Entroncamento-Amoroso Costa, que correria
mais a oeste da linha velha e se tornaria então a continuação do tronco
retificado da ex-Mogiana. Os trilhos foram retirados por volta de
1986, sobrando apenas as velhas estações, abandonadas ou com outras
funções. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Ituverava foi inaugurada em 1903.
Em 1979, foi desativada, com a retificação do trecho, mas os trilhos
foram mantidos e transformados em um desvio industrial.
Com isto, ela se tornou a única estação do ramal
de Igarapava que ainda manteve seus trilhos e também seus desvios,
devido à proximidade com as fábricas que os utilizavam. E foi este,
também, o único trecho que sobrou do ramal original. Apesar disto,
estava em completo abandono em 2011.
Era também o ponto em que a linha nova passa mais perto do ramal original,
permitindo a existência do desvio.
A estação nova fica a menos de dois quilômetros.
"A cena do gavião eu presenciei pela última vez na linha
do ramal de Igarapava em 1977,na
última viagem que fiz no trecho antigo. Normalmente era perto de Ituverava
que o garçon botava o garfo com carne para fora e esperava o gavião
pegar o danado..." (Paulo Cury, 2000).
Ao final de 2003, depois de várias depredações e pequenos incêndios
nas áreas em que havia assoalhos de madeira e em não tendo sucesso
em conseguir a doação do prédio pela RFFSA, a prefeitura decidiu fechar
com alvenaria todas as portas da velha estação, que estão lá hoje
pintadas no mesmo tom de amarelo dos tempos da Mogiana.
Nos fins de semana, nos domingos pela manhã e em época de safra, viam-se
locomotivas da FCA e carros de manobra que fazem o transporte da safra.
As telhas francesas da cobertura da plataforma também desapareceram,
segundo João Carlos Ribeiro Previdi em 10/2004.
Em Ituverava-Velha, em 2014, havia de volta muito movimento,
talvez por conta da safra, lá está sendo usada como parada da FCA,
todos os prédios estão operacionais, só a velha estação está desfigurada,
mas também estava sendo usada como depósito. Havia até uma
garagem de locomotiva no pátio, funcionando.
(veja também ITUVERAVA-NOVA)
1899
AO LADO: Em agosto de 1899,
a localidade de Carmo da Cascata, quatro anos antes de ganhar
uma ferrovia, mudava de nome para Ituverava, pelas razões
alegadas no artigo (O Estado de S. Paulo, 5/8/1899).
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1925
AO LADO: Crime no trem -
desembarque do cadaver na estação de Ituverava
(O Estado de S. Paulo, 1/10/1925).
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1931 - ACIMA: A cidade de Ituverava quer mais trens (O Estado de s. Paulo, 31/10/1931).
1931
AO LADO: Ituverava ainda quer mais trens (O Estado de S. Paulo, 5/12/1931). |
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Corria o mês de outubro de 1945 e o Rotary
Clube de Ituverava exigia da Mogiana que "se
restaure em nossas linhas o tráfego dos trens de passageiros
das 6 e das 20 horas (...) que se estenda a Ituverava o serviço
da Companhia Mogiana da Transporte (...) a mudança
da estação ferroviária para um ponto
mais próximo da cidade, pois ela está situada
absurdamente a 2 km desta, oferecendo incríveis dificuldades
e desconfortos a todos que precisam viajar ou despachar mercadorias
(...) não haverá necessidade de de desviar os
trilhos que, seguindo em linha reta, cortarão justamente
o local mais apropriado para a nova estação.
Não será, todavia, um motivo plausível,
porque, se no atual edifício forem feitas as reformas
gritantemente exigidas, elas só serão satisfatórias
mediante uma total demolição".
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1945
AO LADO: Por Sergino Contart,
Folha da Manhã, 31/10/1945. A estação,
no entanto, somente seria mudada em 1979, com a construção
da variante Entroncamento-Amoroso Costa, e para um local mais
longe ainda e mais isolado.
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1946
AO LADO: Em 1946, a cidade reclamava
dos servi- ços da Mo-
giana (Fo-
lha da Manhã, 11/
1/1946).
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ACIMA: Esquema do pátio de Ituverava
em novembro de 1968 (Clique sobre a figura para ter maiores
informações) (Acervo Museu da Companhia Paulista, Jundiaí,
SP - Reprodução Caio Bourg). ABAIXO: Pátio
da estação como era em 2011 (Foto Flávio
de Faria Careta).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Flavio F. Careta; Rodrigo Flores; Nelson Catroqui Filho; João
Carlos R. Previdi; Marcello Talamo; Paulo Cury; Caio Bourg; Museu
da Cia. Paulista, Jundiaí, SP; Folha da Manhã, 1945-46;
O Estado de S. Paulo, 1899 e 1925; Cia. Mogiana: Relatórios
anuais, 1875-1969; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Comandantes das tropas paulistas em Ituverava, durante a revolução
de 1932. Foto cedida por Marcello Talamo |
A estação em 1973. Foto Nelson Catroqui Filho |
Plataforma da estação em 1985. Foto Nelson Catroqui
Filho |
A estação em dezembro de 1997 com vagões
enferrujados em seu pátio. Foto Nelson Catroqui Filho |
Outro aspecto de Ituverava, em 17/06/2000. Foto Ralph M. Giesbrecht
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Em 17/06/2000, a estação totalmente abandonada
contrasta com o Cristo ao lado esquerdo da foto. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
Ituverava cada vez mais abandonada, em 10/2004. Foto João
Carlos R. Previdi |
À direita, a estação, ao fundo, e algumas
casas da vila ferroviária. À esquerda, o silo abandonado
da CEAGESP. Foto João Carlos R. Previdi, em 04/2004 |
A estação de Ituverava, abandonada e lacrada em
12/2012. Foto Flavio F. Careta |
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Atualização:
15.04.2018
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