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Pirassununga
Laranja Azeda
Porto Ferreira
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Saída para o ramal de Santa Veridiana:
Emas
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ramal Descalvado-1935
IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2003
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Cia. Paulista de
Estradas de Ferro (1891-1971)
FEPASA (1971-1997) |
LARANJA
AZEDA
Município de Pirassununga, SP |
Tronco original da Paulista - km 189,882 |
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SP-2289 |
Ramal de Descalvado - km 189,882 |
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Inauguração: 06.12.1886 |
Uso atual: demolida (2017) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1891 |
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HISTORICO DA LINHA: Em 1877,
a Paulista abria o primeiro trecho, partindo de Cordeiros até Araras,
do que seria o prolongamento de seu tronco. Em 1880, a linha, com
o nome de Estrada do Mogy-Guassú, atingia Porto Ferreira, na mesma
época em que a autorização para cruzar o Mogi e chegar a Ribeirão
Preto foi indeferida pelo Governo Provincial, em favor da Mogiana.
A linha, então, foi desviada para oeste e atingiu Descalvado no final
de 1881, seu ponto final. Em 1916, as modificações da Paulista na
área entre Rio Claro e São Carlos, na linha da antiga Rio-Clarense,
fizeram com que o trecho fosse considerado como novo tronco, deixando
a linha a partir de Cordeiros como o Ramal de Descalvado. Desde o
começo em bitola larga (1,60m), ele funcionou para trens de passageiros
até julho de 1976 (Pirassununga-Descalvado) e até fevereiro de 1977
(Cordeirópolis-Pirassununga). Trens cargueiros andaram pela linha
até o final dos anos 1980. Abandonado, o ramal teve os trilhos arrancados
entre 1996 e 2003. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Laranja Azeda foi inaugurada como "posto do km 73",
em 1886, e era um barraco que servia de posto para a saída do primitivo
ramal de Emas. A quilometragem que identificava o posto era
contada a partir de Cordeiro.
O nome definitivo, que aparece
pela primeira vez nos relatórios de 1890 da Cia. Paulista, provinha
do córrego ao lado da estação: "Tiveram começo e vão adeantados
o chalet para posto telegraphico em Laranja Azeda".
A inauguração
do posto definitivo aconteceu no mesmo dia da abertura do primeiro
trecho do agora chamado ramal de Santa Veridiana, e que chegava
então até Baguassu, de acordo com o relatório de 1891: "A
26 de novembro de 1891 foram entregues ao trafego as estações de Emas
e Baguassu. Aquela dista 6 e esta 13 km de Laranja Azeda, ponto de
entroncamento do ramal com a linha principal, que se dirige a Descalvado. Naquele
ponto funciona apenas uma estação telegraphica para o serviço de staff.
Toda a baldeação e composição dos trens se faz em Pirassununga, a
5 km de Laranja Azeda (...) (ver caixa abaixo, de 1891).
Foram assentadas duas caixas de ferro
sobre pilares de tijolo, em Laranja Azeda e Baguassu para deposito
de agua necessaria á alimentação das locomotivas. É abundante e de
boa qualidade a agua utilizada que chega, pela acção da gravidade,
a ambas as caixas, em tubos de ferro de 2" de diametro (...) A caixa
de Laranja Azeda presta-se tambem á alimentação das locomotivas que
correm na linha principal, vindo assim a satisfazer uma urgente necessidade
que desde muito se fazia sentir no trecho da linha, entre Laranja
Azeda e Porto Ferreira (...)".
Nesse mesmo ano, foi ali que se
recrutaram homens para o "assentamento de trilhos no ramal de
Santa Veridiana", de acordo com anúncio publicado no jornal O Estado de S. Paulo, em 17/6/1891. O posto era então um ponto
estratégico na linha.
O ramal de Santa Veridiana foi concluido
em 1893, mas o movimento na estação nunca foi muito grande, pois a
baldeação de trens não era feita ali.
Mesmo assim, a vila cresceu,
a plataforma foi ampliada (em 1938), e chegou a existir ali uma cerâmica
e uma escola, hoje desativadas.
Em 1996, contavam os pouquíssimos moradores do
local, totalmente favelizado, que nos últimos tempos dos trens
de passageiros, que por ali parou de passar em meados de 1976, que
a composição muitas vezes nem parava, apenas reduzia a velocidade,
como que prestando uma reverência à velha estaçãozinha.
Ainda podia
se ler em 1996, com algum esforço, nas laterais do chalet de 1891, o
nome da estação. Os trilhos foram retirados em agosto de 1997, e a
vila praticamente desapareceu, sobrando a estação, algumas poucas
casinhas e a caixa d'água de 1891 (Ralph Mennucci Giesbrecht -
do seu livro "Caminho para Santa Veridiana - As ferrovias em Santa
Cruz das Palmeiras").
Em 2017, tudo ali foi demolido, inclusive a estação.
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1891
AO LADO: Uma nova estação para Laranja Azeda
(O Estado de S. Paulo, 24/10/1891). |
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1933
AO LADO: Queriam mudar o nome da estação, mas o fato não se concretizou
(O Estado de S. Paulo, 29/1/1933). |
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TRENS - De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros
pararam nesta estação de 1891 a 1976. Na foto
à esquerda, o trem do ramal está parado em Loreto.
Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre esses trens.
Veja aqui horários
em 1964 (Guias Levi). |
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Marcelo
Tomaz; Filemon Peres; O Estado de S. Paulo, 1891; Ralph Mennucci Giesbrecht:
Caminho para Santa Veridiana, 2003; Cia. Paulista: Álbum de
50 anos, 1918; Cia. Paulista: Relatórios anuais, 1872-1969;
FEPASA: Relatório de Instalações Fixas, 1986;
IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1960;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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O posto telegráficod e Laranja Azeda em 1917. Foto Filemon
Peres - Álbum dos 50 anos da Cia. Paulista |
A estação já desativada em 1986. Foto do
relatório da Fepasa, 1986 |
A antiga estação, em 15/08/1997. Foto Ralph M.
Giesbrecht |
Ao fundo, no centro da foto, a velha estação cada
vez mais abandonada, em 25/10/2003. Foto Ralph M. Giesbrecht |
O prédio em 4/2012. Foto Marcelo Tomaz |
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Atualização:
22.01.2023
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