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E. F. Sorocabana
(1960-1971)
FEPASA (1971-c.1988) |
MIRANTE
DO PARANAPANEMA
Município de Mirante do Paranapanema,
SP |
Ramal de Dourados-km 786,773 (1986) |
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SP-2417 |
Altitude: - |
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Inauguração: 01.01.1960 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1960 |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Dourados foi projetado em 1953 para chegar a Dourados e Ponta Porã,
no hoje Mato Grosso do Sul, e aproveitar o potencial madeireiro da
região ainda desabitada, para seu transporte mais fácil para os grandes
centros. Somente em 1958 a linha foi aberta em seu primeiro trecho
até Engenheiro Murgel. Em 1960 chegou a Teodoro Sampaio, para somente
em 1965 atingir o que viria a ser seu ponto final, Euclides da Cunha,
ainda no Estado de São Paulo. Os trens de passageiros trafegaram até
outubro de 1978, quando foram suprimidos. Os cargueiros, depois de
dois anos de interrupção voltaram a trafegar em 1980, mas em 1986
a linha para além de Pirapozinho já estava completamente desativado.
Em 1988 todo o ramal estava desativado e em 1998 os trilhos foram
retirados. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Mirante de Paranapanema era de madeira e foi aberta como
ponta do prolongamento da ferrovia, em 1960.
Estava a dez quilômetros
da cidade: "Como se observa no mapa, pelo traçado original
a estrada passaria na cidade de Mirante do Paranapanema (então
Palmital), mas a influência dos fazendeiros foi maior do que a do
grupo político de Palmital, até porque nessa época essa área ainda
pertencia ao município de Santo Anastácio, e o prefeito na época,
pouco ou quase nada se interessou pelo destino do povoado. O que se
sabe é que se determinadas pessoas influentes daqui do povoado impedissem
a emancipação política do mesmo, então ele, prefeito, faria passar
por Palmital a estrada de ferro. Diante da força econômica dos fazendeiros,
creio que pouco provável a influência do prefeito alteraria o destino
dos fatos. A verdade é que a ferrovia acabou passando a mais de dez
quilômetros da cidade de Mirante do Paranapanema, quando a monocultura
algodoeira já apresentava sinais de decadência neste município. Observando
o mapa do traçado da ferrovia, podemos constatar que no percurso deste
município - 35 km - foram construídos cinco pontos de paradas e uma
estação, para atender aos interesses de fazendeiros. Em Mirante do
Paranapanema a ferrovia deixou a região povoada e seguiu por entre
os últimos resquícios da floresta, ficando estações e pontos de paradas
em meio a densa mata. Tudo para valorizar as propriedades de fazendeiros"
(www.portalmirante. com). Alguns meses depois, a estrada continuou
até Teodoro Sampaio. Em 10 de junho de 1984, seis anos
após o fim do trem de passageiros e já sem trens de
cargas, o jornal O Estado de S. Paulo descrevia que "Ao
lado da estação de Mirante do Paranapanema, há
trilhos suspensos no ar, consequência de uma fenda surgida há
dois anos e que agora mede várias dezenas de metros de extensão
e profundidade, assemelhando-se a um abismo. A estação
ainda em 1980 servia de embarque de madeiras beneficiadas nas serrarias
do Pontal e dali as cargas eram levadas a Presidente Prudente. Na
época, só os comboios de passageiros estavam impedidos
de circular, de nada adiantando as queixas dos usuários. Atualmente
é um monte de ruínas". Em 1986, já estava em
mau estado, depois de anos de abandono, sem portas nem janelas. Ficava
a 10 km da cidade de Mirante do Paranapanema, ao lado da rodovia.
Estação de madeira, hoje, 2011, mais de vinte anos após
a última anotação, nada mais resta dela, somente
a plataforma de concreto cheia de mato.
ACIMA: Enquanto a linha não chegava à cidade, em 1953 abriram uma agência rodoferroviaria em Mirante do Paranapanema, para receber cargas (O Estado de S. Paulo, 25/6/1953).
ACIMA: Trem de passageiros com locomotiva diesel puxando
três carros de passageiros e um carro-bagageiro estacionado
junto à plataforma da estação de Mirante do Paranapanema,
provavelmente em 1960 (Foto Milton Paulo dos Santos, acervo Luiz Felipe
Farias, pt.wikipedia.org).
(Fontes: Alexandre Scatolon; Coaraci
Camargo; Milton Paulo dos Santos; Luiz Felipe Farias; www. portalmirante.com;
pt.wikipedia.org; Fepasa: Relatório de Instalações
Fixas, 1986; O Estado de S. Paulo, 1984; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação abandonada. Relatório de Instalações
Fixas - Fepasa, 1986 |
A estação abandonada. Relatório de Instalações
Fixas - Fepasa, 1986 |
Somente a cobertura da plataforma sobrava, em 1988. Foto Coaraci
Camargo |
Somente a cobertura da plataforma sobrava, em 1988. Note-se
o isolamento da estação, à beira da estrada
de rodagem asfaltada. Foto Coaraci Camargo |
Restos da estação em 2004. Foto Alexandre Scatolon |
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Atualização:
11.12.2021
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