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E. F. Itapura-Corumbá
(1912-1917)
E. F. Noroeste do Brasil (1917-1975)
RFFSA (1975-1996) |
PIRAPUTANGA
Município de Aquidauana, MS |
Linha-tronco - km 990,552 (1960) |
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MS-1624 |
Altitude: 156 m |
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Inauguração: 31.12.1912 |
Uso atual: fechada (2009) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Itapura
a Corumbá foi aberta a partir de 1912, entre Jupiá e
Agua Clara e entre Pedro Celestino e Porto Esperança, deixando
um trecho de mais de 200 km entre as duas linhas esperando para ser
terminado, o que ocorreu somente em outubro de 1914. A partir daí,
a linha estava completa até o rio Paraguai, ao sul de Corumbá,
em Porto Esperança; somente em 1952 a cidade de Corumbá
seria alcançada pelos trilhos. Logo depois da entrega da linha,
em 1917, a ferrovia foi fundida com a Noroeste do Brasil, que fazia
o trecho inicial no Estado de São Paulo, entre Bauru e Itapura.
E em 1975, incorporada como uma divisão da RFFSA, foi finalmente
privatizada sendo entregue em concessão para a Novoeste, em
1996. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Piraputanga foi inaugurada em 1912. É curioso citar
que a revista Brazil Ferrocarril, a mais importante revista
sobre o assunto na época, sugeria em 1914 alterar o nome desta
estação (bem como o de outras na mesma região)
para o de Lusaneas, pessoa que na época foi importante
para a consolidação da linha.
Como muitas das estações
do trecho entre Campo Grande e Porto Esperança,
por muito tempo a estação não dispôs de
água potável, obrigando a NOB a deslocar semanalmente
uma composição de vagões pipa para abastecimento.
Nas proximidades desta estação, a ferrovia atravessa
várias vezes o rio Aquidauana. É também não
longe dela que se acha a tabuleta do quilômetro 1000.
"Lembro-me
(...) na viagem, passávamos por Duque Estrada, Agachi e Taunay, onde
os índios, na parada do trem, ofereciam peixe-frito, laranja, chipa
e outras comidas. O trem apitava e seguíamos sacolejando até a Princesa
do Sul (Campo Grande). Víamos a linda imagem das cachoeiras do rio
Aquidauana, em Piraputanga. Novas paradas, novos avisos dos ferroviários
e, à noite, entrávamos em Campo Grande, vendo as luzes dos quartéis,
numa longa travessia pela cidade" (Sergio Maidana, Nos
Trilhos da Noroeste, 10/2004, Campo Grande, MS).
Notícias
de abril de 2009 davam conta que o Governo do Estado restaurava o
prédio da estação, no aguardo do trem (turístico)
do Pantanal, que seria - depois de muitos adiamentos - inaugurado
em meados de maio.
Djalma Joaquim Vieira, 60 anos, lembra que
a desativação do Trem do Pantanal, no início da década de 1990, foi
um grande impacto na vida econômica do distrito: "A gente ganhava
muito dinheiro na época do trem e hoje estamos vivendo sem perspectivas.
Eu trabalhava de marreta, carregando frutas e mandioca para vender
em Corumbá. Eu comprava mercadoria aqui e vendia lá. Depois que acabou
o trem, foi muito difícil, eu tive que ir para Campo Grande trabalhar
de servente, de guarda para sustentar minha família", lembra.
(Fontes: José H. Bellorio; Antonio Barreto
de Almeida; Coaraci Camargo; Júlio Cesar de Paiva; Djalma Joaquim
Vieira; Sergio Maidana: Nos Trilhos da Noroeste, 2004; Brazil Ferrocarril,
1914; www.msnoticias.com.br, 22/4/2009; Guia Geral das Estradas de
Ferro do Brasil, 1960; IBGE, 1959) |
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A estação de Piraputanga em 1941. Acervo José
H. Bellorio |
A estação de Piraputanga, sem data. Acervo Júlio
Cesar de Paiva |
A estação reformada, em 2/2009. Foto Antonio Barreto
de Almeida |
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Atualização:
10.01.2021
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