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VXY Mogiana em MG
Ramal de Piquete
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Lorena
Ponte Paraíba
Angelina
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Lorena-Benfica (1906-1921)
E. F. Central do Brasil (1921-1975)
RFFSA (1975 - c. 1985)
PONTE PARAÍBA
Município de Lorena, SP
ramal de Piquete - km 283,531   SP-1553
Altitude: 524 m   Inauguração: n/d
Uso atual: -   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: -
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Piquete, em bitola métrica e originalmente chamado de E. F. Lorena-Benfica, foi inaugurado no trecho da estação de Lorena, na EFCB, até Piquete em 1906 para atender um pedido do Exército para ter transporte para a fábrica de explosivos naquela localidade. Em 1907, foi concluído, com uma linha exclusiva para a fábrica. O transporte de passageiros somente era feito entre Lorena e Piquete, e daí para a frente o ramal era exclusivo do Exército. De qualquer forma, o ramal deveria ter sido unido com a estação de Delfim Moreira, já em Minas Gerais e relativamente próxima a Piquete, mas o projeto não vingou. Nessa época, a ferrovia já pertencia à Central do Brasil desde 1921. Nos anos 70, o transporte de passageiros foi estendido até a fábrica, mas em 1978 os trens de passageiros foram definitivamente suprimidos. Fontes da cidade citam que a desativação definitiva do ramal ocorreu em 1985.
 
A ESTAÇÃO: Esta parada, sem data de inauguração definida, teria sido na verdade uma parada sem nenhuma infrraestrutura física junto à ponte sobre o rio Paraíba do Sul, utilizada pelos moradores do bairro próximo. Constava nos Guias Levi e nos livros oficiais da ferrovia com o nome Ponte Paraíba.

As fotos, dos anos 1970, mostram a ponte em si, não se encontrando nelas nenhuma indicação da parada. A ponte, aliás, tinha sido dinamitada durante a revolução de 1932; foi reconstruída em seguida.

"Conversando com uma senhora de Piquete - Arlete Ribeiro - que foi usuária daquele trecho, ela me contou que lá não havia estação, nem plataforma, nem nada, a locomotiva parava um pouco depois de atravessar a ponte e o pessoal embarcava ou desembarcava, muitas vezes parte do trem ficava sob a ponte e o pessoal tinha de descer ali mesmo. Quando existiam os trilhos, o assoalho da ponte em volta deles era de madeira e era possível ver o rio lá embaixo sob alguns vãos, o que muitas vezes dava um certo medo nas pessoas. O local era bastante movimentado, seja pelas pessoas que moravam nas proximidades, como pelos que gostavam de ir lá para passear, passar o dia, fazer piqueniques, como também pelos pescadores que depois iam vendar o que pescavam em Piquete ou em Lorena, embarcando samburás cheios de peixes de várias espécies no trem, muitos deles ainda vivos. Até meados dos anos 60-70 o Paraíba era um rio limpo e a pescaria era farta, oferecendo uma grande variedade de peixes."

Ela ainda estava ativa em 1978, época da supressão do trem de passageiros.

(Fontes: Marco Giffoni; Guias Levi, 1941-80; Max Vasconcellos, "Vias Brasileiras de Comunicação", 1947)
     

Ponte sobre o rio Paraíba, anos 70. Não existe a parada. Foto cedida por Ercio Molinari e Marco Giffoni

Ponte sobre o rio Paraíba, anos 70. Não existe a parada. Foto cedida por Ercio Molinari e Marco Giffoni
 
     
     
Atualização: 15.09.2018
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.