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Pinhais
Curitiba-nova
Portão
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Saída para o ramal de Rio Branco do Sul (1972-2009): Colônia Argelina
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1972-1975)
RFFSA (1975-1996)
Serra Verde (1996-)
CURITIBA-NOVA
Município de Curitiba, PR
linha Curitiba-Paranaguá - km 109,436 (2000)   PR-2433
Altitude: -   Inauguração: 13.11.1972
Uso atual: estação ferroviária e rodoviária   com trilhos
Data de abertura do prédio atual: 1972
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha unindo Curitiba a Paranaguá, a mais antiga do Estado, foi aberta pela E. F. Paraná de Paranaguá a Morretes em 1883, chegando a Curitiba em fevereiro ded 1885. Durante seus 120 anos de existência ela pouco mudou, apenas dentro de Curitiba e na mudança de um ou outro túnel na serra. É considerada um dos marcos da engenharia ferroviária nacional, projetada por André Rebouças e construída por Teixeira Soares, depois de firmas estrangeiras recusarem a obra devido à dificuldade do trecho da serra, entre Morretes e Roça Nova. É também uma das poucas linhas que continua ter trens de passageiros, embora de forma turística apenas, desde os anos 1990, hoje explorado por uma concessionária privada, a Serra Verde. Em 1942, a E. F. Paraná foi englobada pela R. V. Paraná-Santa Catarina, e esta, em 1975, transformada em uma divisão da RFFSA. Em 1996, o trecho passou a ser operado pela ALL, que obteve a concessão da antiga RVPSC.
 
HISTÓRICO DA ESTAÇÃO: A estação de Curitiba-nova foi aberta em 1972, no mesmo dia em que se fechou a estação original de Curitiba, situada a menos de um quilômetro dali. Foi construída para abrigar tanto a ferrovia quanto a estação rodoviária da capital do Paraná. É, por isso, chamada popularmente de Rodoferroviária.

Ela fica, na verdade, fora das linhas que ligam o porto de Paranaguá e o Tronco Principal Sul, atingido em Engenheiro Bley: ela é atingida por um ramal que sai das proximidades da estação de Pinhais. Até hoje partem dali os trens de passageiros para Paranaguá, a mais famosa linha turística de trens do Brasil. Em 2016, por ali também passam os cargueiros que vêm com cimento da fábtica da Votorantim em Rio Branco do Sul, pela antiga Estrada de Ferro Norte do Paraná.

A estação de passageiros foi construída no então pátio de manobras do km 108, onde eram realizadas as triagens dos vagões de carga vindos de Ponta Grossa, Rio Branco do Sul,  Paranaguá e de outros Estados, além dos vagões das indústrias locais que até a década de 1970 aproximadamente existiam em pleno funcionamento nos arredores do pátio. Até a inauguração do Tronco Principal Sul, precisamente do pátio Iguaçú, em 1976, ali, em plena região central da cidade se concentravam as principais operações ferroviárias da região. Havia no pátio uma sub estação que alimentava a extinta rede aérea (Curitiba - Banhado), um posto de revisão de vagões localizado hoje onde fica o muro do estádio Cel. Durival de Britto, um depósito de locomotivas ainda funcional onde hoje existe a oficina da Serra Verde Express, operadora do trem turístico e também sede da ABPF-PR. Na saída oeste do pátio havia um triângulo, ligando o pátio à antiga estação desativada em 1972 e, na outra alça, a antiga linha Curitiba - Araucária, substituída com a Variante Pinhais - Engenheiro Bley (anos 1970). Nos anos 1990 o pátio foi drasticamente diminuído, tendo suas linhas arrancadas para leilões de sucata da RFFSA, além da construção de uma avenida margeando o estádio Durival de Britto, que outrora pertenceu aos ferroviários.

Atualmente o pátio serve apenas para os trens do ramal de Rio Branco fazerem a "passada" das locomotivas, uma vez que o pátio sem o antigo triângulo ficou "sem saída", necessitando passar as locomotivas da cabeça para cauda do trem, além de ser ponto de partida do trem turístico até Morretes.

"Na estação nova até cerca de 1990 funcionou o "movimento / gráfico", responsável pela circulação dos trens na região (substituído pelo CCO, que ficava no Edifício Teixeira Soares, sede da SR5), havia escritório do SESEF (serviço social das estradas de ferro) e também as encerregadorias de via permanente e equipagem. Haviam duas passagens inferiores que ligavam a estação à plataforma 2, de onde partiam e chegavam os trens de subúrbio, que atendiam a região metropolitana de Curitiba. Atualmente, apenas a estação ferroviária que atende o trem turístico funciona. Todos os outros espaços onde outrora foram expedientes da ferrovia hoje são ocupados por autarquias municipais. Em um diminuto local a Associação de Ferreomodelismo do Paraná (APFMF) conseguiu firmar sua sede (Victor Henrique Colombelli, Controlador de Movimento de Trens, São José dos Pinhais, PR)".

(veja também CURITIBA)


ACIMA: A estação e o pátio em 1982 (Foto Frank Stenvall).

ACIMA: Pátio da estação rodoferroviária de Curitiba (Curitiba-nova), em 18/12/2008 (Foto Victor Colombeli).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Helder Ribas; Victor Colombeli; Correio dos Ferroviários, 1971-1973; ABPF-Curitiba; ALL: Circular de Instruções Especiais, 2000)

     

Pátio de Curitiba-nova, em 2000. Foto Helder Ribas

Plataforma de embarque em Curitiba-nova, em 30/05/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht
 
     
     
Atualização: 08.05.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.