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Pinhais
Curitiba
Portão
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Saída para o ramal de Rio Branco do Sul (1909-1972):
Colônia Argelina
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2013
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E. F. Paraná
(1885-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1990) |
CURITIBA
Município de Curitiba, PR |
linha Curitiba-Paranaguá -
km 110,390 (1936) |
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PR-2419 |
Altitude: 899,020 m |
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Inauguração: 05.02.1885 |
Uso atual: Museu ferroviário (2016) |
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sem trilhos |
Data de abertura do prédio atual:
1885 |
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HISTORICO DA LINHA:
A linha unindo Curitiba a Paranaguá, a mais antiga do Estado,
foi aberta pela E. F. Paraná de Paranaguá a Morretes
em 1883, chegando a Curitiba em fevereiro ded 1885. Durante seus 120
anos de existência ela pouco mudou, apenas dentro de Curitiba
e na mudança de um ou outro túnel na serra. É
considerada um dos marcos da engenharia ferroviária nacional,
projetada por André Rebouças e construída por
Teixeira Soares, depois de firmas estrangeiras recusarem a obra devido
à dificuldade do trecho da serra, entre Morretes e Roça
Nova. É também uma das poucas linhas que continua ter
trens de passageiros, embora de forma turística apenas, desde
os anos 1990, hoje explorado por uma concessionária privada,
a Serra Verde. Em 1942, a E. F. Paraná foi englobada pela R.
V. Paraná-Santa Catarina, e esta, em 1975, transformada em
uma divisão da RFFSA. Em 1996, o trecho passou a ser operado
pela ALL, que obteve a concessão da antiga RVPSC. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Curitiba foi inaugurada em 1885 para servir à linha
Curitiba-Paranaguá.
Em 1891, a linha foi continuada dali para atingir Ponta
Grossa, em 1894, e daí o resto do Paraná. A partir
de 1909, passou também a ser o ponto de saída da E.
F. Norte do Paraná, que depois se tornou o ramal de
Rio Branco do Sul.
Mas a grande conquista para Curitiba foi nesse mesmo ano, 1909,
ano em que a cidade saiu de seu isolamento: foi quando foi inaugurada
a ligação ferroviária com as cidades de São
Paulo e Rio de Janeiro, através da junção
do ramal de Itararé, da Sorocabana, e da linha Itararé-
Uruguai, na então São Pedro do Itararé.
No ano seguinte, por Marcelino Ramos, seria possível
também viajar de Curitiba
a Porto Alegre de trem. As estradas de acesso a Curitiba
eram péssimas; por navio, via Paranaguá, era
demorado demais. Há autores que afirmam que até meados
dos anos 1920 o único acesso para Curitiba era por trem,
pois as outras alternativas continuavam precaríssimas.
Somente nos anos 1960, com a abertura da rodovia Regis Bittencourt,
através do vale do Ribeira, Curitiba passou a ter um
acesso decente e mais rápido por automóvel e o trem
passou a ser bem menos usado, pois vir de automóvel por Itararé
e Ponta Grossa era extremamente longo e pela estrada do Ribeira,
via Capão Bonito e Apiaí... bem, essa
teve trechos de terra até 2006, quando foi finalmente asfaltada
no trecho paranaense.
A estação permaneceu ativa até 13/11/1972, quando
dela saiu o último trem para Paranaguá. Nesse
dia, foi inaugurada a estação de Curitiba-nova,
ou Rodoferroviária, como é mais chamada. Alguns
trens turísticos para a Lapa ainda saíram dessa
estação por algumas oportunidades, até os anos
1980.
No início dos anos 1990, os trilhos foram definitivamente retirados
e antiga ligação com a Rodoferroviária
e a saída para Ponta Grossa, que ainda persistia, foi
finalmente desfeita. Hoje, somente sobram os trilhos à frente
da plataforma, abrigando algumas locomotivas e carros que fazem parte
do museu que dentro da estação está instalado.
O antigo pátio foi totalmente coberto com o Shopping Estação.
(veja também CURITIBA-NOVA)
Hoje parte do Shopping
Estação, a velha e original estação de Curitiba manteve somente
o prédio principal. O pátio foi para o saco no início dos anos
1990. Ele ocupava toda a área à frente do prédio da estação
(que sempre deu frente para a Avenida Sete de Setembro) e chegava
até a avenida Silva Jardim. Um dos extremos laterais – até
onde hoje chega o prédio do shopping – ficava na avenida Floriano
Peixoto. O outro lado chegava até a rua João Negrão. A linha
saía do pátio cruzando esta última rua por cima num viaduto
de ferro, a “Ponte Preta”. Ainda existe, embora não seja a original
de 1884. O shopping tem prédios grandes e novos, que “abafam”
a pequena estação, principalmente para quem olha por dentro.
A plataforma e sua cobertura original ainda estão lá, mas esta
é inútil: entre o prédio e os do shopping há uma cobertura metálica
em arco branco, que lembra as novas estações da CPTM na linha
do rio Pinheiros, em São Paulo. O shopping ocupou boa parte
do pátio, mas não todo: sua parte traseira dá para a rua Rockfeller,
que faz um “S” ao sair da Avenida Sete e depois cruza a Silva
Jardim. Ou seja, o pátio foi engolido pelo shopping e por prédios
(inclusive o hotel Slaviero Rockfeller) que ficam hoje dando
frente para a Silva Jardim. A rua Rockfeller cortou o local
onde ficava a rotunda do pátio, uma rotunda de 180 graus. Porém,
parece-me que ela não havia sobrevivido até o arrasamento do
pátio, já havia sido desativada e demolida tempos antes. Não
sei quando. O fato é que uma área aberta e com alguns prédios
ferroviários grandes e pequenos (e a rotunda), que poderia ser
um magnífico museu a céu aberto junto ao centro da cidade, foi
destruída. Na frente da estação, do outro lado da Avenida Sete,
as ruínas do hotel Tassi parece que vão deixar de ser ruínas:
há um início de obras, e o prédio abandonado está envolto por
cortinas de obra e andaimes. Essa é uma boa notícia. Foi nesse
belíssimo hotel (na época) que meu avô Hugo supostamente foi torturado por
algo que não fez em 1933. |
AO LADO:
Texto de Ralph M. Giesbrecht, em 21/11/2009.
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ACIMA: Multidão na avenida Rio Branco em Curitiba, em 15/9/1910. Ao fundo, a estação, em frente à avenida (Autor desconhecido).
ACIMA: Pátio ferroviário em 1912 (Autor desconhecido).
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1913
AO LADO: Modificações
nos pátios das estações da linha em 1913
(O Estado de S. Paulo, 8/6/1913). |
ACIMA: Mapa de 1914 mostra a ligação entre a
estação de Curitiba e a de Portão (no canto esquerdo
inferior).
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1926
AO LADO: Assalto na estação
(O Estado de S. Paulo, 9/2/1926). |
ACIMA: Mapa de Curitiba (parcial), vendo-se
a estação de Curitiba (centro-acima) e a linha com diversos
desvios industriais. Toda essa linha já foi retirada (CLIQUE
NA IMAGEM PARA VER EM TAMANHO MAIOR) (Acervo Ralph M. Giesbrecht - data desconhecida).
ACIMA: Pátio ferroviário da
estação velha de Curitiba em 1995. Tudo o que está
à esquerda da plataforma que é vista na estação
está hoje ocupado pelo Shiopping Estação. É
como se tivessem entregado uma praça da cidade para a construção
de um shopping que ocupou boa parte do pátio (Foto João
Bosco Setti).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; Alfredo Rodrigues; Nilson Rodrigues; Ricardo Melo Araújo;
ABPF-PR; Telebrás; Eduardo Emilio Fenianos: O Estado de S.
Paulo, 1913 e 1926; UniverCuritiba: Rebouças, __; RVPSC: Relatórios
anuais, 1920-60; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht; RVPSC: Horário
de Trens de Passageiros e Cargas, 1936) |
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Estação de Curitiba no início do século
XX. Cartão postal |
Pátio da estação em 1904. Foto do livro
"Rebouças", de Eduardo Emilio Fenianos, Editora
Univer, Curitiba |
Pátio da estação de Curitiba em 1964. Acervo
Nilson Rodrigues |
O mesmo pátio, em 1990, sem trilhos e casas, esperando
para alguns anos depois ser contruído o Shopping Estação.
Foto da ABPF-PR |
Fachada da estação, em foto de cartão telefônico
da Telebrás |
Plataforma da estação, em 30/04/2002. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
A estação, em 30/04/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Ponte metálica sobre a ria João Negrão,
hoje desativada, junto à antiga estação,
em 30/04/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Carro de linha na plataforma da estação, em 30/04/2002.
Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação, em 30/04/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Fachada da estação de Curitiba em 15/8/2011. Foto
Alfredo Rodrigues |
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Atualização:
26.03.2020
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