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Presidente Munhoz
Leoflora
Cambará
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IBGE - 1970
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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Estrada de Ferro
Noroeste do Paraná (1924)
Estrada de Ferro São Paulo-Paraná (1924-1944)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1944-1975)
RFFSA (1975-1996) |
LEOFLORA
Município de Jacarezinho, PR |
Linha Ourinhos-Cianorte - km 321
(1960) |
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PR-1166 |
Altitude: 521 m |
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Inauguração: 12.06.1924 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de abertura do prédio atual:
n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A
Cia. Ferroviaria. Noroeste do Paraná foi aberta ao tráfego
em 1924 ligando Ourinhos, na linha-tronco da E. F. Sorocabana, em
São Paulo, a Cambará, no Paraná e, no mesmo ano,
teve o nome alterado para Cia. Ferroviaria São Paulo-Paraná.
Foi comprada logo depois pelos ingleses da Cia. de Terras do Norte
do Paraná. Prolongada até Apucarana em 1942 e povoando
a região, virgem até 1929, foi vendida ao Governo Federal
em 1944 e incorporada imediatamente à RVPSC. Foi prolongada,
em diversas fases, até atingir Cianorte, em 1972, onde parou.
O tráfego de passageiros, dividido entre os trechos Ourinhos-Maringá
e Maringá-Cianorte, parou em 1981 no primeiro trecho, onde
rodava com trens de passageiros que vinham de São Paulo, e
um pouco antes no outro, onde trafegava em trens mistos. Atualmente
circulam apenas trens cargueiros da ALL, atual concessionária,
no ramal, e o trecho Maringá-Cianorte está abandonado. |
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HISTÓRICO DA ESTAÇÃO: A estação
de Leoflora foi construída ainda no tempo da Estrada
de Ferro Noroeste do Paraná, nome inicial da E. F. São
Paulo-Paraná. Em janeiro de 1924, os trilhos chegavam somente
até ela e a ferrovia ainda não operava.
Na mesma época, chegava ao Brasil Lord Lovat, que
se impressionou tanto com a região que saiu do Brasil depois
de poucos dias com a idéia de fundar a Companhia de Terras
do Norte do Paraná, o que ocorreu no segundo semestre de
1925.
Foi esta empresa que colonizou o Norte do Paraná e fundou
Londrina, em 1929.
O nome da estação de Leoflora é uma
junção dos nomes de Leovigildo e Flora Ferraz,
marido e mulher, ele filho de Antonio Ferraz, um dos sócios
fundadores da ferrovia. Esta somente começou a operar no
trecho Ourinhos-Cambará em junho de 1924.
Em 1931, quando o Príncipe de Gales esteve no Brasil
para visitar a Companhia, da qual era um dos sócios, desceu
nesta estação (em 31 de março) acompanhado
do interventor paranaense, General Mario Tourinho, e posou
para uma fotografia ao lado dos ingleses da empresa.
Mais tarde, o prédio original foi posto abaixo e outro o
substituiu. Tal fato deve ter ocorrido nos anos 1960. Este prédio
também foi demolido após sua desativação
em 1982.
"Uma pessoa de bicicleta, morador da região, foi
quem indagamos sobre Leoflora. Não entendendo direito o que
falávamos (talvez devido ao grau alcoólico avançado,
apesar de ser ainda bem cedo...), informou que era só seguir
a mesma estrada de terra, em frente. Dirigimos por alguns minutos,
e a estrada se transformou num verdadeiro labirinto de estradinhas
e carreadores de cana de açúcar, cultura dominante
da região. Ora nos aproximávamos da linha férrea,
ora nos afastávamos dela, e nada de achar a dita estação.
Como a cana estava recém cortada, a orientação
não estava tão prejudicada, e começamos a perguntar
para outros lavradores que encontramos pelo caminho sobre a estação.
Nenhum deles sabia informar com precisão,
afirmando existir por ali a "Fazenda
Flora", mas não a estação Leoflora. Já
quase desistindo, encontramos um tratorista mais antigo daquele
lugar, que informou que a estação não existe
mais. Portanto, provavelmente um dos montes esparços de entulho
que avistamos à beira da linha num dos cruzamentos de
nível seja tudo o que restou dela. Simplesmente não
havia o que fotografar" (Douglas Razzaboni, 27/07/2002).
"Meu avô, Renato da Costa Lima, comprou a Fazenda Flora
do sr. Leovigildo, e há mais de 40 anos que meu pai, Joaquim Augusto
da Costa Lima, vive lá. A informação que tenho, é que a própria
ferrovia demoliu a estação, por haver invasões no local"
(Fernando da Costa Lima, 01/2009).
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1924
AO LADO: Anúncio da
inauguração da estação de Leoflora
(O Estado de S. Paulo, 1/6/1924).
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1924
AO LADO: Registro da inauguração
da estação de Leoflora (O Estado de S. Paulo,
19/6/1924).
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ACIMA: Trem inaugural da Cia. Ferroviária
São Paulo-Paraná (ou E. F. Noroeste do Paraná)
chaga à estação de Leoflora em junho de 1924 (A Cigarra, 15/6/1924).
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1925
AO LADO: Os trens entre Ourinhos
e Leoflora eram inicialmente automoveis adaptados a trilhos
(O Estado de S. Paulo, 17/5/1925).
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ACIMA: Visita do Príncipe de Gales em 1931 (Autor desconhecido).
ABAIXO: Mapa da linha em 1935 (Acervo
Sud Mennucci/Ralph M. Giesbrecht).
"Morei
na Fazenda Flora em 1955, cujos donos eram: João Pereira Inácio
e Felix Bechara. No final de 1955, a fazenda foi vendida para
os pais do senhor Joaquim, que deve ser o dono até os dias de
hoje. Quando morava na Fazenda Flora, quase todos os finais
de semanas eu e meus colegas passávamos pela estação, onde parávamos
para beber água com groselha e depois seguíamos para a Fazenda
Água do Bugre" |
1955
AO LADO: Afonso Cezare Peres, 29/8/2011.
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ACIMA: Sede da fazenda Flora, de Leo e sua esposa
Flora: a fazenda existe mesmo (Foto sem data, de Afonso Cezare Peres).
(Fontes: Carlos Procopio Ferraz; Afonso Cezare Peres; Carlos
Alberto Rollo; Fernando da Costa Lima; Douglas Razzaboni; O Malho,
1924; A Cigarra, 1924; Livro Ilustrado do Estado de São Paulo,
1924; Colonização e Desenvolvimento do Norte do Paraná:
Depoimentos sobre a maior obra do gênero realizada por uma empresa
privada, Edanee, 1975; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Leoflora em 1924. Extraído
do Livro Ilustrado do Estado de São Paulo, 1924, acervo
de Carlos Procopio Ferraz |
Outra foto da estação no dia de sua inauguração.
A Cigarra, 15/6/1924 |
A estação, em foto sem data. Percebe-se que já
era outro prédio, mais novo que o da inauguração.
Cedida por Carlos Alberto Rollo |
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Atualização:
19.12.2020
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