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General Dutra
Calmon
Anhangüera
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Itararé-Uruguai, SC - 1965
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2004
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C. E. F. São
Paulo-Rio Grande (1909-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CALMON
Município de Calmon, SC |
linha Itararé-Uruguai - km 594,301
(1936) |
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SC-0462 |
Altitude: 1.183,791 m |
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Inauguração: 05.04.1909 |
Uso atual: centro cultural (2014) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1909 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua
construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho
aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se
em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava
em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo,
com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União
da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul,
divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive
o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre
1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens
de passageiros, já trens mistos, passaram na região
de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva
foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União
também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente
é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos
de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng.
Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Calmon foi inaugurada em 1909, pelo próprio Miguel
Calmon Dunn Pin e Almeida, ministro da Viação e
Obras Públicas, que estava na comitiva presidencial que inaugurou o trecho até
Taquaral Liso.
Durante a Guerra do Contestado, entre 1912 e 1916, a estação chegou a ser incendiada.
Nos anos 1930 e 1940, a estação teve o nome alterado,
por algum tempo, para Osman Medeiros, tendo depois retornado
para Calmon.
A cidade hoje não é nem sombra daquela
que, em sua fundação e por algum tempo, sediou a segunda
fábrica da Lumber - a primeira e maior ficava em Três Barras.
"Móveis velhos deixam rastro
de moradores recentes na estação de Calmon, próxima
ao Terminal Rodoviário Municipal da cidade. Uma placa na parede
recorda os 75 anos da Estrada de Ferro Paraná-Santa Catarina.
Colada à parede de madeira, outra plaquinha identifica o imóvel
como patrimônio da RFFSA. O lugar que servia como pátio da estação,
hoje abriga um campo de futebol de várzea. A exemplo do que
ocorreu em outros locais, Calmon cresceu próxima à linha
de trem. Ali existem agropecuárias, oficinas mecânicas,
armazéns. Junto à estação, um monumento
em cimento recorda a Guerra do Contestado. Uma placa chama a atenção:
'Neste local, em 5 de setembro de 1914, sertanejos catarinenses liderados
pelo tropeiro Chico Alonso destruíram a serraria da Lumber
Colonization e deixaram o seguinte bilhete: 'nós
tratava de nossas devoções e nem matava e nem
roubava, mas veio o governo da República e tocou os
filhos brasileiros dos terrenos que pertenciam a nação
e vendeu tudo para os estrangeiros. Mas agora estamos dispostos a fazer prevalecer
nossos direitos'. Sede da segunda maior serraria da América
do Sul, Calmon teve importante participação na saga
da ferrovia. Da região, saíam táboas serradas
e dormentes para serem assentados nos trilhos. A mata de araucária
tinha farta matéria-prima para o sustento do trecho ferroviário.
Dali partiam ordens para a construção da estrada que
ligava União da Vitória a Marcelino Ramos, já
no Rio Grande do Sul. A viagem inaugural do trecho ocorreu em 17 de
dezembro de 1910. A composição completa com vagões
de cargas e de passageiros finalmente cruzou a ponte contruída
sobre o rio Uruguai. Mais tarde o elevado era carregado pela enchente,
em maio de 1911" (Diário Catarinense, 24/07/2002).
Em 5 de setembro de 2006, a ex-estação, depois de restaurada,
foi entregue como centro cultural. Em 2014 ainda estava servindo como centro cultural.
ACIMA: A estação de Calmon no dia
da sua inauguração em 5/4/1909: ao fundo, o trem inaugural,
infelizmente, mal dá para se o ver... (O Malho, 24/4/1909).
ACIMA: O povoado de Calmon em 1910, quando ainda existia
a serraria da Lumber ali. Em agosto de 1914, ela foi destruida pelo
fogo dos revoltosos e nunca mais foi reconstruída. A cidade
minguou. Município desde 1992, não é tão
maior do que isso hoje. Na foto, a estação está
à extrema direita, à direita dos vagões.
ACIMA:
A Lumber, "infinitamente menor que a de Três Barras"
de Calmon, totalmente destruída por incêndio causado
pelos revoltosos em 1914. Jamais foi recontruída. A foto é
de 1910 e mostra a serraria próxima à estação,
mas mais à direita da foto acima (Fotos acervo Nilson Rodrigues).
ACIMA: Trem da ABPF faz um raríssimo percurso
Porto União-Piratuba e para na estação de Calmon
em 2004 (Foto Nilson Rodrigues).
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TRENS - De acordo com os guias de horários e fontes diversas,
trens de passageiros pararam nesta estação de
1909 a 1983. Veja aqui horários
em 1948 (Guias Levi). |
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Alcides
Goularti Filho; Nilson Rodrigues; Eduardo Coelho; Paulo Stradiotto;
Marcio Fragoso; O Malho, 1909; RVPSC: Relatórios anuais, 1920-60;
Diário Catarinense, 2002; O Calmonense, 22/09/2006; RVPSC:
Horário de Trens de Passageiros e Cargas, 1936; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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A estação, em 1910. Foto acervo Eduardo Coelho |
A estação, ainda em 1910. Foto cedida por Nilson
Rodrigues |
A estação abandonada, em 2002. Foto Nilson Rodrigues |
Tendo ao fundo a estação de Calmon, antigo maquinário
da Lumber apodrece, junto com sua história. Foto Nilson
Rodrigues, em 12/2002 |
A estação restaurada em 09/2006. Foto Marcio Fragoso
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A estação em fevereiro de 2007. Foto Alcides Goularti
Filho |
A estação em 2014. Foto Paulo Stradiotto |
A estação de Calmon, sem data. Autor desconhecido |
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Atualização:
30.05.2023
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