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C. E. F. São
Paulo-Rio Grande (1910-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1996) |
RIO
DAS ANTAS
(antiga CAMPOS NOVOS)
Município de Rio das Antas, SC |
linha Itararé-Uruguai - km 678,940
(1935) |
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SC-0451 |
Altitude: 779 m (780,637 m na placa) |
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Inauguração: 01.05.1910 |
Uso atual: Museu Municipal (2023) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1910 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua
construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho
aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se
em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava
em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo,
com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União
da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul,
divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive
o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre
1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens
de passageiros, já trens mistos, passaram na região
de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva
foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União
também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente
é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos
de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng.
Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. |
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A ESTAÇÃO: Dia 28 de agosto de 1909, os trilhos chegaram à estação de Rio das Antas (José Lona, administrador: Pequenas lembranças do tempo da construção da SP-RG, data ignorada). A estação
foi aberta em 1910 com o nome de Campos
Novos.
Era ali, na época Campos Novos,
que acontecia a carga e a descarga dos trens. Por isso, as estações
possuíam cinco linhas diferentes, dizia a responsável
pelo museu, Angela Maurer.
Desativada nos anos 1980, a estação foi pintada de marrom em 2004 e
nessa época já estava sendo usada como escola. As placas de identificação
estavam ao lado da mesma, mas não foram recolocadas.
Em 2021, a estação já era a sede do museu municipal.
Em
Rio das Antas, a RFFSA e a Prefeitura restauraram o prédio
em 1985, em comemoração aos 75 anos da Ferrovia do Contestado. Por triste conincidência, havia dois anos que o trem de passageiros deixara de passar, em consequência da destruição causada pelas enchentes de 1983. Só os cargueiros prosseguiam.
'Quando chegavam os trens,
a mercadoria era transportada de mula até os armazéns
ou diretamente aos compradores, no interior" (Diário
Catarinense, 27/07/2002).
"Rio das Antas é realmente uma "cidade de interior". Estação, comércio, praça, ponte sobre o rio, igreja no alto da colina. casas de madeira, pinheiros e muito verde circundando o perímetro urbano. Deveria ser utilizada como modelo para cidades interioranas. Só que ela foi projetada para ter como meio de transporte o trem, daí que o acesso
rodoviário é complicado. A rua do Comércio, a única que corta a cidade
de fora a fora, é estreita e cheia de curvas, acompanhando a encosta
da montanha, pois a cidade fica entre o rio do Peixe e a montanha,
muito mais para o rio do que para a montanha. A cidade ainda é via
de passagem para a ligação entre Videira, Fraiburgo e Caçador. Imaginem
só: caminhões trucados, carretas, biminhões, automóveis, etc., passando
24 horas por dia pela cidade... e pela rua do Comércio. As estruturas
das casas suportam, porque a base é rocha, pois se fosse encosta argilosa,
já teria vindo tudo para dentro do rio. Se não fossem os veículos
pesados, e se este peso todo passasse pela ferrovia, deixando a rodovia
somente para os veículos leves, seria realmente um brinco de cidade.
O Rio do Peixe, serpenteando o vale, com as propriedades rurais nas
encostas do vale, formam um cenário simplesmente fantástico. Só seria
mais bonito, se ainda tivesse de quando em quando algumas golfadas
de vapor e fumaça saindo por meio das árvores e aquele apito estridente
anunciando que o "cavalo de aço" vem chegando" (Nivaldo
Klein, Joinville, SC, 10/2005).
ACIMA: Mapa do loteamento de colônias feito
pela Brazil Railway Co. nos anos 1910 - CLIQUE SOBRE A IMAGEM PARA
VÊ-LA MAIOR - A estação está à margem
do rio, assinalada do lado esquerdo do loteamento (Brazil Rw. Co.,
anos 1910).
ACIMA: A estação de Rio das Antas em
22 de novembro de 1994 (Foto Paulo Roberto Stradiotto).
ACIMA: Ponte
ferroviária na saída do pátio da estação
em 2010 (Foto Paulo Stradiotto).
(Fontes:
Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 2004; Nilson Rodrigues; Paulo
Roberto Stradiotto; Joeli
Laba; Mário Celso Paixão Pereira; Nivaldo
Klein, 2003; Brazil
Railway Company; ABPF-Paraná; Diário
Catarinense, 2002; RVPSC:
Horário dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; RVPSC: Relatórios
oficiais, 1920-60; IBGE, 1957; Guia Geral das Estradas de Ferro do
Brasil, 1960; Mapa
- acervo R. M. Giesbrecht) |
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Atualização:
04.09.2023
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