HISTORICO DA LINHA: A linha da
E. F. Sampaio Correia foi aberta em 1906 até a estação
de Itapassaroca. Posteriormente foi estendida até Taipu (1907),
Baixa Verde (1910), Pedra Preta (1913), Lages (1918), que ficou como ponto de saída para a linha ligando Lages a Macau e depois para o ramal para Jucurutu e
Oscar Nelson (1949). Em
1982, os trens para Macau acabaram e, nos 1990, os cargueiros. Ficaram somente
os trens da Linha Norte operados hoje
pela CBTU e que chegam somente a Ceará-Mirim, a 39 km de Natal.
O resto foi abandonado. |
A ESTAÇÃO: A estação
de Melancia foi inaugurada em 1919. O Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960 dá a data como tendo sido em 8 de setembro, mas o jornal O Diario de Pernambuco noticiou a inauguração como tendo sido no dia 5 de novembro, portanto, com dois meses de diferença.
A estsção teria sido desativada na década de 1960, segundo João Santos (2017) e não muito depois foi demolida. Ainda segundo Santos, sua arquitetura era muito semelhante à da estação de Pitombeiras, na mesma linha; porém, não sobreviveram imagens das duas.
Em relato posterior à desativação, mas com data incerta, pode-se notar que a estação fez falta: "Dona Sebastiana
conta que saía do povoado de Cravolândia, a cavalo ou a pé, por volta
das 8h da manhã para apanhar o trem na estação das Melancias às 10
h. A estação não deixou saudade apenas em Dona Sebastiana. Sem opções
de transporte, quem morava nos distritos da Pouza, Lagoa do Juazeiro,
Acauã, Xavier, Serrote, Jerimum, Fazenda Gangorra, Samambaia, Baixos,
Contador e Cravo optavam por embarcar no trem na Estação da Melancia.
Dona Sebastiana conta que perdeu as contas de quantas vezes fez
este percurso, mas confirma que a ida era mais tranquila, através
do Trem do Horário, que chegava a Natal por volta das 14 h – se não
houvesse atrasos. Já a volta até Cravolândia era feita em outro trem:
uma automotriz. O retorno durava mais de 5 horas, iniciado por volta das
16h, com chegada a Melancia após as 21h. Assim como do sistema ferroviário
potiguar, da Estação da Melancia restam apenas saudades e ruínas que
estão entre o Assentamento Melancia e a BR-406" (http://blogdepocobranco.blogspot.com).
(Fontes: Daniel Gentili; http://blogdepocobranco.blogspot.com;
Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R.
M. Giesbrecht) |