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E. F. Oeste de Minas
(1892-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1964) |
MARTINHO
CAMPOS(antiga ABADIA)
Município de Martinho Campos, MG |
Linha do Paraopeba - km 508,800 (1960) |
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MG-3486 |
Altitude: 638 m |
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Inauguração: 01.01.1892 |
Uso atual: desconhecido (2009) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A Estrada
de Ferro Oeste de Minas (EFOM) foi aberta em 1880, ligando com bitola
de 0,76 cm as estações de Sitio (Antonio Carlos) e Barroso. Mais tarde
foi prolongada até São João Del Rey (1881), atingindo Aureliano Mourão
em 1887, onde havia uma bifurcação, com uma linha chegando a Lavras
em 1888 e a principal seguindo para o norte atingindo finalmente Barra
do Paraopeba em 1894. Dela saíam diversos e pequenos ramais. A linha
foi extinta em pedaços, tendo sido o primeiro em 1960 (Pompeu-Barra)
e o último, em 1984 (Antonio Carlos-Aureliano), com exceção do trecho
S.J. Del Rey-Tiradentes que e conserva em atividade até hoje. Também
se conserva o trecho Aureliano-Divinópolis, ampliado para bitola métrica
em 1960, ligando hoje Lavras a Belo Horizonte. |
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A ESTAÇÃO: A estação
foi inaugurada em 1892. Na época, a vila, existente desde a
primeira metade do século XIX, se chamava Abadia de Pitangui
e a estação foi aberta com o nome de Abadia.
Em 1932, pelo menos, a estação já se chamava
Martinho Campos, em homenagem a um estadista nascido na região.
Em 1939, virou
município com o nome da estação.
Nos anos 1950,
com a ferrovia já em decadência, consta que para ir a Belo Horizonte, os moradores de Martinho Campos preferiam
seguir de ônibus até Bom Despacho, ao invés
de pegar o trem na própria cidade e baldear em Velho da
Taipa, e dali pegavam o trem - era mais fácil e rápido
(ver fonte (1)).
Em 1962, a linha foi desativada de Martinho
Campos para a frente, até Barra do Paraopeba, e
em 14/06/1964, a estação fechou, pois o trecho desde Velho da Taipa foi fechado.
A estação continuava
de pé em 2009, sem uso conhecido para mim.
Nota de Wendell Freitas Alves em 6/2/2015: "Quanto à estação de Martinho Campos, há um engano na página, onde há duas fotos de estações diferentes. Aquela localizada na cidade de Martinho Campos era chamada de Abadia e quando foi demolida (fim dos anos 1980) ainda tinha esse nome. A estação da foto de 2009 fica em Velho da Taipa, próximo a Pitangui e que tinha o nome de Martinho Campos. Portanto, são duas estações em locais distintos, e a nomeação do estadista não corresponde à estação com a cidade de Martinho Campos (que aliás sempre foi e ainda é chamada pelos seus moradores de Abadia, o nome Martinho Campos foi imposição política a contra-gosto do povo". A conferir.
Nota do autor deste site:
"Não conheço infelizmente e pessoalmente os locais citados e não me está sendo fácil entender as diferenças citadas por Wendell").
ACIMA: O pátio da estação,
com a estação no alto da foto, em 1956 (Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, vol. XXVI, IBGE, 1957. Autor: José
Maria Teixeira).
ACIMA: o último trem que partiu da estação,
em 14 de julho de 1964 (Autor desconhecido).
(Fontes: José Maria Teixeira; Márcio
Rodrigues Teixeira; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1957) |
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A estação ainda com o nome de Abadia. Data e autores
desconhecidos. |
A linha passando pela cidade, em 1956. Foto da Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, vol. XXVI, IBGE, 1957 |
A linha passando pela cidade, em 1956. Foto da Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, vol. XXVI, IBGE, 1957 |
A estação, à esquerda, em foto possivelmente
tirada no último dia de atividade, em 1964. Autor desconhecido. |
O último trem de Martinho Campos vai embora, contornando
a Igreja Matriz da cidade, em 14 de julho de 1964. Foto José
Maria Teixeira |
A estação em 11/5/2009. Autor desconhecido |
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Atualização:
09.08.2022
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