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E. F. Oeste de Minas
(1892-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1962) |
ABAETÉ
Município de Abaeté, MG |
Linha do Paraopeba - km 523,133
(1960) |
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MG-4197 |
Altitude: 565 m |
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Inauguração: 01.01.1892 |
Uso atual: desconhecido |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A
Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM) foi aberta em 1880, ligando
com bitola de 0,76 cm as estações de Sitio (Antonio Carlos) e Barroso.
Mais tarde foi prolongada até São João Del Rey (1881), atingindo Aureliano
Mourão em 1887, onde havia uma bifurcação, com uma linha chegando
a Lavras em 1888 e a principal seguindo para o norte atingindo finalmente
Barra do Paraopeba em 1894. Dela saíam diversos e pequenos ramais.
A linha foi extinta em pedaços, tendo sido o primeiro em 1960 (Pompeu-Barra)
e o último, em 1984 (Antonio Carlos-Aureliano), com exceção do trecho
S.J. Del Rey-Tiradentes que e conserva em atividade até hoje. Também
se conserva o trecho Aureliano-Divinópolis, ampliado para bitola métrica
em 1960, ligando hoje Lavras a Belo Horizonte. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Abaeté foi inaugurada em 1892. A cidade de Abaeté
já existia, mas ficava muito distante da estação:
esta, com o nome da cidade, ficava junto à margem esquerda
do rio São Francisco, a quase 30 km da sede do município,
onde a linha costeava o rio São Francisco desde a ponte ferroviária
em Martinho Campos até o seu final em Barra do Paraopeba.
Nos anos 1950, consta que quem descia na estação
tinha um ônibus à disposição para
cruzar o rio e levar à sede do município (ver fonte
(1)).
Em 1962, a linha foi desativada de Martinho Campos para a frente,
até Barra do Paraopeba, e a estação fechou.
Não tenho idéia da situação da estação
nos dias de hoje.
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1923
AO LADO: Discussão
sobre um ramal de Abaeté à cidade de São
Francisco, MG - eram bem distantes. Nunca foi construído
(O Estado de S. Paulo, 4/8/1923).
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"Comunicam
de Bello Horizonte que graves acontecimentos acabam de se
desenrolar na cidade de Abaeté. O Dr. Fernando Behring,
juiz de direito da localidade, foi sequestrado em pleno jardim
público e levado amordaçado até a estação
da estrada de ferro, e expulso dali sob ameaça de morte,
caso lá pretenda retornar. Os sequestradores foram
o prefeito José Feijó Alvares Silva e o presidente
da Camara Municipal, Sr. Amadro Alvares, auxiliados por dois
jagunços, um deles um detento condenado que foi libertado
especialmente para participar do sequestro. Leia
mais
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1937
AO LADO: Abaeté neste ano (Folha da Manhã,
SP, 2/3/1937)
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ACIMA: A locomotiva 58 da EMV
em frente à estação de Abaeté, em 1950.
Segundo Welber Luiz dos Santos, entre 1889 e 1894 a Oeste de Minas
adquiriu dezessete exemplares. A locomotiva 58, originalmente 29 e
depois 208, veio em tal série. Até o início da década de 1980 a locomotiva
58 prestava serviços, quando foi encostada à espera de um destino
que poderia ser uma praça ou o maçarico de corte. No entanto, até
o reconhecimento do remanescente da "bitolinha" da Estrada de Ferro
Oeste de Minas como monumento nacional, e a oficialização do Complexo
Ferroviário de São João del-Rei como sítio histórico, o veículo ainda
se encontrava no pátio ferroviário em razoável estado de conservação.
Em 2009, estava em São João del-Rei, de volta à Carpintaria do Complexo
Ferroviário e em péssimo estado de conservação
(Acervo NEOM-ABPF).
ACIMA: A sede do município de Abaeté,
à esquerda neste mapa parcial publicado em 1960, e a
estação, cerca de 30 km a leste, logo após a
linha cruzar o rio São Francisco, ao sul do mapa. Notar que
outras estações também se localizam no município
mais ao norte, como Pompéu (embora o município estivesse
á margem direita do rio) e Clarindo (Enciclopédia dos
Municípios Brasileiros, IBGE, vol. IX, 1960, p. 79).
ACIMA: A ponte sobre o rio São Francisco, entre os municípios de Abaeté e Martinho Campos construída pela EFOM não existe mais, foi desmontada pelos dois municípios. A estação de Abaeté estaria, pelo mapa mais acima, logo após a cabeceira da ponte, de um lado ou do outro (não sei de onde a foto foi tirada) (Foto Glaucio Henrique Chaves, sem data).
ACIMA: A pé entre as estações de Abaeté e Pompeu, em 2018, quase 60 anos da erradicação deste trecho, pode-se encontrar algumas relíquias da antiga ferrovia (Fotos Bruno Fiuza, Facebook, 2018).
(Fontes: Welber Luiz dos Santos;
acervo NEOM-ABPF; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Folha da Manhã, 1937; (1) Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, IBGE, vol. IX, 1960, p. 62/79;
Revista Ferroviária, agosto de 2000, p. 32) |
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Atualização:
01.09.2019
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