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E. F. Oeste de Minas
(1908-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1965)
V. F. Centro-Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1996) |
TARTÁRIA
Município de Oliveira, MG |
Linha do Paraopeba - km 242,248(1960) |
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MG-3579 |
Altitude: 911 m |
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Inauguração: 01.02.1888 |
Uso atual: abandonada (2010) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A
Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM) foi aberta em 1880, ligando
com bitola de 0,76 cm as estações de Sitio (Antonio Carlos) e Barroso.
Mais tarde foi prolongada até São João Del Rey (1881), atingindo Aureliano
Mourão em 1887, onde havia uma bifurcação, com uma linha chegando
a Lavras em 1888 e a principal seguindo para o norte atingindo finalmente
Barra do Paraopeba em 1894. Dela saíam diversos e pequenos ramais.
A linha foi extinta em pedaços, tendo sido o primeiro em 1960 (Pompeu-Barra)
e o último, em 1984 (Antonio Carlos-Aureliano), com exceção do trecho
S.J. Del Rey-Tiradentes que e conserva em atividade até hoje. O trecho Lavras-Aureliano-Divinópolis, ampliado para bitola métrica
em 1965, cessou suas atividades cp, passageiros nos anos 1980 e com cargas nos anos 2010. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Tartária foi inaugurada em 1888.
A partir de 1966,
com a ampliação de bitola para métrica e retificação
do trecho Aureliano-Divinópolis, a estação
foi desatvada e posteriormente demolida.
Uma nova estação
com o mesmo nome foi construída na linha nova métrica,
a cerca de 300 m do prédio original, e passou a atender a linha
de bitola métrica. A estação é do mesmo
tipo das construídas em 1966 para a variante (veja foto abaixo).
Mais tarde, a operação do trem Ouro Preto-Mariana,
ou Trem da Vale, em 2006, fez
com que se instalasse, na estação de Ouro
Preto restaurada, ao lado da plataforma, um vagão
de madeira que se encontrava abandonado no pátio da estação de Tartária,
como dizia a placa que lá estava. Este vagão,
segundo rezava a placa, era originalmente um carro-restaurante e, restaurado,
servia então como um restaurante, fixo na estação de Ouro
Preto. Realmente, pela fotografia abaixo, sem data mas certamente
tirada já nos anos 2000, aparece ao fundo uma locomotiva da
FCA e ao lado diversos carros de passageiros da antiga RFFSA. Como
a FCA e estes carros não conviveram estando ambos em funcionamento,
conclui-se que eles estavam abandonados. Pode ter sido um deles
o que foi para Ouro Preto.
A estação "nova" ainda estava de pé e abandonada em 2010.
"Lembro-me
bem da primeira vez que fui a Oliveira. Era Oliveira, para mim,
uma cidade mítica em que meu pai tinha nascido. Só mais tarde
é que vim a saber que, na verdade, ele havia nascido , na Fazenda
Bom Retiro, perto de Oliveira.. Ai fui levado por minha avó
Mariana que conseguira de meus pais a permissão para que eu
viajasse com ela. Assim, não estranhei as deficiências do vagão
de estrada de ferro que levou vovó Mariana e a mim até Sitio,
hoje Santos Dumont, onde tomamos a bitola estreita da Oeste
de Minas que nos levou a São João del Rei. Retomamos a estrada
de ferro para seguirmos até Oliveira . Nesta ocasião, o trem
parava numa pequena estação onde era servido um rápido almoço.
Tudo para mim era maravilhoso e, mais ainda, a passagem pela
estação da Tartária de onde se via, um pouco ao alto, a Fazenda
de meu tio Henrique. (...) Ficam na minha memória afetiva, as
atenções e o carinho que recebi de todos os parentes com quem
convivi na Tartária e em Oliveira". |
2010
AO LADO: Carlos Chagas
Filho, www.vertentes.com.br/chagas/ontem.htm, 31/10/2010) |
(Fontes: Renato Libeck; Carlos Antonio Pinto; Bruno
Leal; Carlos Chagas Filho, www.vertentes.com.br/ chagas/ontem.htm) |
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A estação nova, anos 2000. Autor desconhecido. Acervo
Roberto Libeck |
A estação nova em 9/2010. Foto Bruno Leal |
A estação velha, demolida, sobrando somente sua
plataforma, em 9/2010. Foto Bruno Leal |
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Atualização:
05.06.2019
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