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VXY Mogiana em MG
Estações do Rio de Janeiro
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RMV - Linha da Barra
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Piraí
Bela Vista
Passa-Três
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2005
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E. F. Santana (1884-1889)
V. F. Sapucaí (1889-1910)
Rede Sul-Mineira (1910-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1942)
BELA VISTA
Município de Rio Claro, RJ
Linha da Barra - km -   RJ-2592
Altitude: -   Inauguração: 1884
Uso atual: escritório de empresa e moradia (2006)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1884
 
 
HISTORICO DA LINHA: O primeiro trecho da linha da Barra foi aberto pela V. F. Sapucaí em 1891. Chegou a Baependi em 1895 e parou. Do outro lado, os trechos entre Santa Rita do Jacutinga e Passa-Três, no Estado do Rio, foram construídos a partir de 1879 pela E. F. Santa Isabel do Rio Preto, a E. F. Pirahyense e a E. F. Santana, depois absorvidas pela Sapucaí. De Santa Rita a Baependi, seguiram da primeira para chegar a Baependi somente em 1910. Apenas nesse ano, então, consolidou-se a linha da Barra, com esse nome por causa de Barra do Piraí. Os trens de passageiros circularam até 1942 entre Barra do Piraí e Passa-Três, terminal da linha no Estado do Rio; até 1961, entre Santa Rita do Jacutinga e Barra do Piraí; até 1970, entre Bom Jardim e Santa Rita; até 1972 entre Soledade e Aiuruoca; e até 1977 entre Aiuruoca e Bom Jardim. Os trilhos de toda a linha já foram retirados.
 
A ESTAÇÃO: A parada de Piraí foi inaugurada em 1884 (ou mesmo em 1883, baseio-me na inscrição na lateral do prédio em que aparece a data de 1884), pela E. F. Santana. Em 1889, a ferrovia passou a ser da V. F. Sapucaí. Tornou-se o ramal de Passa-
Três
, que chegou a ser considerado parte da linha da Barra.

Os trens que percorriam o trecho entre Barra do Piraí e Passa-Três eram composições diferentes, ou seja, havia uma espera de cerca de uma hora em Barra do Piraí para se mudar do trem que vinha de Soledade para se continuar viagem em outro trem até Piraí e Passa-Três.

No início dos anos 1940, a parada e o trecho Barra-Passa Três foram fechados pela RMV. A linha foi arrancada em 1944, segundo o relatório da RMV para esse ano.

A parada de Bela Vista foi conservada em pé e depois de anos de abandono foi reformada recentemente pela Quimvale Florestal, que ainda fica na Fazenda Bela Vista, proprietária da parada. O prédio era na verdade um armazém de mercadorias; como parada, não tinha chefe de estação, deveria ser de responsabilidade da fazenda; o trem somente parava ali se houvesse passageiros ou cargas a embarcar ou desembarcar.

Ficava até 2005 às margens da estrada que liga Piraí a Passa-Três, antigo leito da ferrovia que acompanha o rio Piraí. Durante algum tempo, e depois de desativado e sem a ferrovia, o prédio se chamou "Armazém da Nova Esperança", como mostra a primeira foto abaixo, tomada, aparentemente, nos anos 1970.

"A parada da Bela Vista tem esse nome por causa da antiga fazenda da Bela Vista, propriedade do 'Rei do Café' Joaquim José de Souza Breves ele mandou construir a estação. O nome Nova Esperança é do antigo armazém que abastecia os colonos e a vizinhança, sendo que aí também funcionou uma escola" (José Maria C. Lemos, 01/2006).

(Fontes: R. M. Giesbrecht, pesquisa local; José Maria C. Lemos; Aloysio Clemente Breves; Prefeitura de Piraí; Cyro Deocleciano Ribeiro Pessoa Jr.: Estudo Descriptivo das Estradas de Ferro do Brasil, 1886; RMV: relatório oficial, 1944; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A parada em 1922, ainda com trilhos. Acervo Arquivo Municipal de Piraí

A parada, já desativada (aparentemente anos 1970) e com o nome de Armazém da Nova Esperança... Acervo Arquivo Municipal de Piraí

A data de construção da parada (1884), no topo do madeirame, em 04/02/2005. Foto Ralph M. Giesbrecht

A parada da Bela Vista, com a plataforma bem visível, em 04/02/2005. Foto Ralph M. Giesbrecht

Detalhe de uma das portas da parada, em 04/02/2005. Foto Ralph M. Giesbrecht

A parada da Bela Vista, em 04/02/2005. Foto Ralph M. Giesbrecht

A parada da Bela Vista, em 04/02/2005. Foto Ralph M. Giesbrecht
   
     
Atualização: 13.10.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.