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Southern Brazilian
R. G. do Sul Ry. Co. Ltd. (1887-1905)
Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (1905-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-1996) |
antiga
nova
PEDRO OSÓRIO
Município de Pedro Osório, RS |
Linha Cacequi-Maritima - km 1.022,299 (1960) |
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RS-0693 |
Altitude: 29 m |
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Inauguração: 1887 |
Uso atual: (nova) abandonada; (antiga) Prefeitura
(2018) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1887 |
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HISTORICO DA LINHA: A linha foi
construída em partes: pela Southern Brazilian Rio Grande do
Sul Railway Company Limited, sucessora de uma série de concessões
anteriores, a Bagé-Marítima, em 1884. De Cacequi a São
Gabriel, em meados de 1896 e de São Sebastião a Bagé,
no final do mesmo ano, ambos pela pela E. F. Porto Alegre-Uruguaiana.
Em 1900, a união São Sebastião-São Gabriel
completaria o trecho Bagé-Rio Grande. Era uma linha de grande
utilidade pois transportava gado e charque para o porto do Rio Grande,
apesar de, no final do século 19, ter baixo movimento por causa
dos altos preços do frete, dos maus serviços e da interrupção
do serviço dos trens pela Revolução Federalista.
Os trens de passageiros partiam de Livramento, em outra linha, chegavam
a Cacequi e dali até Bagé. Em Bagé, havia que
se trocar de trem para chegar a Rio Grande. Uma série de variantes
foi entregue entre 1968 e os anos 1980 - Pedras Altas, Três
Estradas, Pedro Osório, Pelotas - que encurtaram e melhoraram
seu traçado, eliminando diversas das estações
originais. Até 1982 as linhas ainda transportavam passageiros,
quando o serviço foi interrompido devido ao desabamento de
uma ponte em Pedro Osorio; uma nova linha foi construída logo
depois. O transporte de passageiros retornou algum tempo depois mas
com trens mistos, que duraram até meados dos anos 1990. |
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A ESTAÇÃO: Na época
da abertura da linha entre Rio Grande e Bagé
foi inaugurada uma estação do outro lado do rio Piratini
com o nome do rio (Piratini). O povo de Rio Grande
começou logo em seguida a organizar excursões para as
praias daquele rio utilizando-se de trens especiais entre a cidade
e a estação de Piratini. O comércio em
ambas as margens começou a prosperar e houve necessidade da
construção de uma estação maior, na localidade
de Maria Gomes.
Com a abertura desta, ela tomou o nome
da estação antiga, que passou a se chamar Cerrito,
enquanto a nova era chamada de Piratini ou Maria Gomes.
Em 1893, a estação já tinha telégrafo.
Junto à estação, em 1930, também se construiu
o prédio da Cooperativa dos Empregados da VFRGS, e mais tarde
o da farmácia e o da hospedaria dos técnicos da rede.
O nome de Pedro Osório existe já pelo
menos desde 1932.
Em 1959, foi criado o município, formado
pelas vilas de Cerrito e de Olimpo.
Em 1982, a ponte
sobre o rio Piratini caiu com uma enchente. Quando foi reconstruída,
mudou-se o leito da ferrovia, que passou a correr pelo bairro Orqueta
e não mais pela estação antiga, desativada. Uma
nova estação foi construída na linha nova.
Na
mesma época, o trem de passageiros foi desativado. Em 2018 a estação
desativada servia como centro administrativo da Prefeitura local. (NOTA:
NA PESQUISA DO IPHAE HÁ MUITA CONFUSÃO ENTRE AS ESTAÇÕES
PEDRO OSÓRIO, CERRITO E OLIMPO. VER TAMBÉM ESTAS OUTRAS
ESTAÇÕES CITADAS.)
"A respeito da Estação de
Piratini, a história conta que quando acabou a Revolução Farroupilha,
a cidade de Piratini, que foi Capital da República Farroupilha, foi
praticamente abandonada pelo Império e pelo Presidente da Província,
como represália. Mas os piratinenses sempre reivindicaram um tratamento
melhor, devido ao estado de calamidade, abandono e perseguições por
que passava o município. O Imperador D. Pedro II determinou pessoalmente,
então, que a linha férrea - supremo sinal de progresso, no final do
século XIX - que ligaria o porto do Rio Grande à fronteira, em Bagé,
passasse por Piratini, a fim de reativar o progresso do município.
Os governantes do Estado, em represália, não cumpriram a determinação,
e passaram a ferrovia a 70 km de Piratini, à margem direita do arroio
Santa Maria, na estação de "Ivo Ribeiro" (hoje Pedro Osório), e a
chamaram de Estação Piratini. Assim, conseguiram enganar o Imperador
e fizeram um desserviço à Capital da República Riograndense, que ficou
uma cidade isolada do resto do Estado" (Do livro Retrato
de Mãe, de João José Forni, 1993).
ACIMA: Estação de Piratini, século XIX (Foto: Augusto Amoretty).
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1972
AO LADO: Acidente próximo
à estação com seis feridos (O
Estado de S. Paulo, 7/3/1972).
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1994 - ACIMA: Ainda existiam trens de passageiros parando em Pedro
Osorio, nova, em 1994. Os últimos trens mistos que
chegavam a Pelotas paravam ali (Foto Alfredo Rodrigues, 30/10/1994).
ACIMA: Estação velha de Pedro Osorio em 2022 (Foto de Felipe Rodrigues em 8/2/2022).
(Fontes: Alfredo
Rodrigues; Alejandro Tumanoff; Vitor Hugo Langaro; Kelso Medici; Revista
Refesa, maio-jun 1968; IPHAE: Patrimônio Ferroviário
do Rio Grande do Sul, 2002; O Estado de S;. Paulo, João José Forni:
Retrato de Mãe, 1993; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil,
1960; Guias Levi, 1940-81; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação original de Pedro Osório, já
desativada, em 1992. Foto Alfredo Rodrigues, acervo Kelso
Medici
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A estação de Pedro Osório-nova, em 1992.
Foto Alfredo Rodrigues, acervo Kelso Medici |
A estação original de Pedro Osório, c.
2002. Foto do livro Patrimônio Ferroviário do
Rio Grande do Sul, IPHAE, p. 58 |
A estação nova, em 09/2006. Foto Alfredo Rodrigues |
A estação velha, em 09/2006. Foto Alfredo Rodrigues
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A estação velha, em 09/2006. Foto Alfredo Rodrigues
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A estação nova. hoje abandonada, em 30/04/2007.
Foto Alfredo Rodrigues |
A estação velha em 2014. Foto Vitor Hugo Langaro |
A estação velha em 26/1/2016. Foto Alejandro Tumanoff
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A estação nova em 26/1/2016. Foto Alejandro Tumanoff
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A estação velha em 04/2018. Foto Joaquim Machado |
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Atualização:
02.03.2022
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