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Cie. des Chemins
de Fer Sud-Ouest Brésilien (1894-1907)
Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (1907-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-1996) |
FILIPSON
Município de Itaara, RS |
Linha Marcelino Ramos-Santa Maria -
km 493,064 (1960) |
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RS-3488 |
Altitude: 464,01 m |
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Inauguração: 20.11.1894 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1884 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha unindo Marcelino Ramos e Santa Maria foi idealizada em 1889
juntamente com todo o trecho entre Itararé, SP, e Santa Maria,
RS, pelo engenheiro Teixeira Soares, visando a ligação
ferroviária do Rio de Janeiro e São Paulo com o sul
do País e também a colonização de boa
parte do percurso, locais ainda virgens. A parte correspondente ao
Estado do Rio Grande do Sul acabou sendo construída separadamente
do restante do trecho (que seria chamado de linha Itararé-Uruguai)
e entregue em 1894 à Cie. Sud Ouest Brésilien, e em
1907 cedida à Cie. Auxiliaire au Brésil. Em 1920, passou
para o Governo, formando-se a Viação Férrea do
Rio Grande do Sul, que, em 1969, teve as operações absorvidas
pela RFFSA. Com parte do trecho desativada em meados dos anos 1990,
em 1996 a ALL recebeu a concessão da linha, bem como de todas
as outras ainda existentes no Estado. Trens de passageiros circularam
até os anos 1980 pela linha. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Filipson (Philippson) foi inaugurada em 1894 pela
Sud-Ouest.
"Em 1891, o Barão Maurice de Hirsch – banqueiro de origem
judaica - alemã e radicado na França, preocupado com a perseguição
ao povo judeu, especialmente aos judeus russos, criou a Jewish Colonization
Association - ICA, com o objetivo de organizar e instalar colônias
agrícolas no Brasil, Argentina e Canadá. O ano de 1904 marca a chegada
dos imigrantes judeus ao Brasil, mais precisamente à Colônia de Philippson,
próxima a Santa Maria, no Rio Grande do Sul, primeira colônia judaica,
instalada organizadamente no país. A Colônia recebeu esse nome em
homenagem a Franz Philippson, então vice-diretor da ICA e presidente
da Compagnie Auxiliaire de Chemin de Fer au Brésil, que atuava no
RS.
Os primeiros imigrantes – cerca de 37 famílias – vieram principalmente
da Bessarábia, região russa banhada pelo Mar Negro. Mais tarde, judeus
vindos da Polônia, Rússia, Alemanha, Argentina e outros países instalaram-se
no Brasil. A maioria dos imigrantes eram artesãos que se tornaram
agricultores por programação da ICA. Na nova terra os imigrantes receberam
lotes de 25 a 30 hectares, pequenas casas de madeira, animais, instrumentos
agrícolas e sementes, com financiamento a longo prazo (...) O que
os imigrantes mais valorizavam era a educação dos filhos, único bem
que não lhes poderia ser tirado. A primeira integração entre a comunidade
judaica e os brasileiros veio através da educação. Os imigrantes fundaram
uma escola na Colônia de Philippson, cujo ensino era realizado em
português e acolhia também os brasileiros, filhos dos colonos e trabalhadores
da região" (do site www.firgs.org.br).
Isto leva a crer que o nome original da estação teria
sido outro, posto que os judeus somente ali se instalaram dez anos
após a abertura da estação. A colônia,
no entanto, não conseguiu sucesso, tendo praticamente desaparecido
com o tempo.
"Estive procurando a estação de Filipson, mas não achei. Parece
que ainda existem ruínas dela mas não pude descobrir como chegar"
(Daniel Taschetto, 04/2006).
A estação foi demolida. As ruínas são
somente pedras e restos de plataforma.
"Na época pós 2a guerra os imigrantes de outras etnias demoliram
totalmente a estação. No local encontrei apenas o aterro e parte do
piso no meio do mato, no local a comunidade judaica ergue este monumento
da foto com vários simbolos e escritos de sua religião. Existe também
no outro lado dos trilhos um cemitério judeu com um arco em pedras
com o escrito "Fazenda Philipson" (Ricardo Brum, 1/5/2012).
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1922
AO LADO: Descarrilamento entre Filipson e Val de Serra no km 25 - poucos anos depois,a quilometragem foi modificada com a construção de uma variante - ver caixa abaixo (O Estado de S. Paulo, 11/2/1922). |
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1926
AO LADO: Aberta variante entre as
estações de Pinhal e de Filipson (O
Estado de S. Paulo, 5/1/1926).
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(Fontes: Claiton Naisse; Daniel Tascheto;
Ricardo Brum; Ariosto Borges Fortes: VFRGS, suas estações
e paradas, 1962; www.firgs.org.br; Guia Geral das Estradas de Ferro
do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-80; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Aqui ficava a estação. Foto Claiton Naisse em
2010 |
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Atualização:
01.09.2018
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