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Cie. des Chemins
de Fer Sud-Ouest Brésilien (1897-1907)
Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (1907-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-1996) |
PINHEIRO MARCADO
Município de Carazinho, RS |
Linha Marcelino Ramos-Santa Maria -
km 273,422 (1960) |
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RS-0267 |
Altitude: 544 m |
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Inauguração: 31.05.1897 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolida) |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha unindo Marcelino Ramos e Santa Maria foi ideealizada em 1889
juntamente com todo o trecho entrte Itararé, SP, e Santa Maria,
RS, pelo engenheiro Teixeira Soares, visando a ligação
ferroviária do Rio de Janeiro e São Paulo com o sul
do País e também a colonização de boa
parte do percurso, locais ainda virgens. A parte correspondente ao
Estado do Rio Grande do Sul acabou sendo construída separadamente
do restante do trecho (que seria chamado de linha Itararé-Uruguai)
e entregue em 1894 à Cie. Sud Ouest Brésilien, e em
1907 cedida à Cie. Auxiliaire au Brésil. Em 1920, passou
para o Governo, formando-se a Viação Férrea do
Rio Grande do Sul, que, em 1969, teve as operações absorvidas
pela RFFSA. Com parte do trecho desativada em meados dos anos 1990,
em 1996 a ALL recebeu a concessão da linha, bem como de todas
as outras ainda existentes no Estado. Trens de passageiros circularam
até os anos 1980 pela linha. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Pinheiro Marcado foi inaugurada em 1897.
"No início, uma vez por semana, um trem misto saía
de Passo Fundo às 7:30 horas da manhã chegando a Cruz Alta às 4:40
da tarde, com ponto de almoço em Pinheiro Marcado. Posteriormente
esse critério foi alterado para dois, para três e finalmente, em 1909,
diariamente, com exceção dos domingos. No início o movimento era tão
pequeno que um só vagão, dividido ao meio, bastava com folga para
as duas classes" (Alvaro Rocha Vargas).
"Logo ao sair de Pinheiro Marcado para Passo Fundo, o trem de Santa
Maria passando junto a velho cemitério que ali existe, contemporâneo
talvez, em suas origens, dos primeiros dias do povoamento daqueles
campos pela gente civilizada brasileira, entra numa depressão do terreno,
permitindo que o viajante nele instalado, aviste à direita, ao longe,
além de uma restinga fluvial, no declive de alta coxilha, um grupo
de árvores cuja disposição faz supor que sejam sobreviventes de moradia
que o tempo extinguisse de longa data, porque de casa e benfeitorias,
se existiram, vestígios não aparecem lá" (Francisco A. X. Oliveira).
Seriam esses resquícios da antiga fazenda de São Benedito, onde viveu
o Alferes Rodrigo Félix Martins, morto por volta de 1851. A
partir de Pinheiro Marcado, foi ele o pioneiro da cidade de
Carazinho.
Quanto à estação, foi demolida. Ficava próxima
a uma cooperativa hoje existente ao lado da linha, ainda ativa naquele
local, embora com pouco tráfego.
Pinheiro Marcado era em 2006 um dos distritos do município
de Carazinho: "A vila hoje é um lugar muito pacato.
Moram lá 90 famílias; nem sombra dos momentos de glória que já viveu.
Pinheiro Marcado teve até uma estação de trem. Agora, restam a placa
de advertência sem serventia, a madeira escurecida dos casarões abandonados,
e as lendas que mexem com a imaginação dos descendentes de tropeiros"
(Globo Rural, 23/07/2006)
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1923
AO LADO: Acampamento junto à da estação
de Pinheiro Marcado ( enão de Pinheiro Machado) em
meio à revolução (O Estado de S. Paulo,
21/10/1923).
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(Fontes: Daniel Manhães, Câmara
Municipal de Carazinho; Terra dos Pinheirais, Francisco Antonino Xavier
e Oliveira, 1927; Guias Levi, 1932-1980; Guia Geral das Estradas de
Ferro do Brasil, 1960; VFRGS, suas estações e paradas,
Ariosto Borges Fortes, 1962; Do Caapi ao Carazinho - Notas sobre 300
anos de História, 1631-1931, Alvaro Rocha Vargas; Globo Rural, 2006;
cotrijal.com.br; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Acima, o pátio da estação, e a cooperativa
na frente. Onde estaria a casa do chefe, já que a estação
foi demolida? |
Aparece na foto? Seria o pequeno prédio
à direita da linha? Foto site cotrijal.com.br
À direita, monumento, próximo à casa
do agente, homenageando Edgar Borges, ferroviário morto
em acidente em 1933. Foto Daniel Manhães |
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Casa do agente. Foto Daniel Manhães |
Casa do agente. Foto Daniel Manhães |
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Atualização:
23.02.2018
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