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Indice de estações
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Quatro Irmãos
Erebango
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Mapa da linha - 1940
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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Cie. Auxiliaire
des Chemins de Fer au Brésil (1915-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-?) |
QUATRO IRMÃOS
Município de Quatro Irmãos,
RS |
Ramal de Quatro Irmãos - km
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RS-4730 |
Altitude: - |
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Inauguração: 07.1915 |
Uso atual: desconhecido |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1910 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha unindo Marcelino Ramos e Santa Maria foi ideealizada em 1889
juntamente com todo o trecho entrte Itararé, SP, e Santa Maria,
RS, pelo engenheiro Teixeira Soares, visando a ligação
ferroviária do Rio de Janeiro e São Paulo com o sul
do País e também a colonização de boa
parte do percurso, locais ainda virgens. A parte correspondente ao
Estado do Rio Grande do Sul acabou sendo construída separadamente
do restante do trecho (que seria chamado de linha Itararé-Uruguai)
e entregue em 1894 à Cie. Sud Ouest Brésilien, e em
1907 cedida à Cie. Auxiliaire au Brésil. Em 1920, passou
para o Governo, formando-se a Viação Férrea do
Rio Grande do Sul, que, em 1969, teve as operações absorvidas
pela RFFSA. Com parte do trecho desativada em meados dos anos 1990,
em 1996 a ALL recebeu a concessão da linha, bem como de todas
as outras ainda existentes no Estado. Trens de passageiros circularam
até os anos 1980 pela linha. |
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A ESTAÇÃO: Em julho
de 1915, foi entregue a ferrovia de Quatro Irmãos, construído
para a Jewish Colonization Co., com 20 km e partindo da estação
de Erebango. Ela deveria atingir o povoado de Nonoahy,
municipio de Palmeira, com 75 km.
O ramal entregue tinha duas estações, uma não
identificada (talvez seja a Parada Chalot - veja caixa abaixo),
a segunda, Quatro Irmãos, "futura sede de colônia".
O tráfego era definido como público, mas jamais encontrei referências
a ele nos Guias Levi ou outro lugar - com exceção da
reportagem de 8/5/1923 (veja caixa abaixo).
Pelo que verifiquei, esse ramal ainda existia em 1925 (ver caixa abaixo)
e mesmo nos anos 1940 e jamais passou de Quatro Irmãos.
O texto a seguir foi transcrito do site http://www.quatroirmaos.rs.gov.br/site/municipio/page?
pagename=historia; notar que não há qualquer
referência ao ramal, a não ser pela referência
da "desativação do terminal
ferroviário", em data não citada, mas
provavelmente posterior a 1947 (leia texto).
"A origem do nome deve-se a propriedade de terra da família Santos
Pacheco, quatro irmãos que possuíam 93.985 hectares, fazendo parte
do município de Passo Fundo no ano de 1909. No ano de 1889, em Londres
foi fundada pelo Barão Hirsch, a Jewish Colonization Association (ICA),
que adquiriu a fazenda dos irmãos Pacheco para transformá-la em uma
colonização judaica, sendo que em 1913 foi reconhecida pelo Governo
do Estado como sociedade de utilidade pública. Nos anos de 1911 e
1912 começaram a chegar os primeiros judeus vindos de províncias da
Argentina. Nessa mesma época chegava também da província da Bessarábia
na Rússia, um contingente de 40 famílias de colonizadores judeus.
Em 1913, pouco antes do inicio da primeira guerra mundial aportou
mais um contingente de 150 famílias também vindas de países do Império
Russo, culminando em 1914 com um total de aproximadamente 450 famílias.
Em 1923 os campos de Quatro Irmãos foram palco de uma ferrenha batalha
chamada Revolução Borgista, conhecida popularmente como Revolução
do Combate travada entre Chimangos e Maragatos que disputavam o poder
pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, hoje ainda de encontra
no local da luta o Cemitério onde foram sepultadas as vítimas desta
luta sangrenta. A colonização passou então a contar com a segunda
escola judaica do Estado, o terceiro templo Israelita do Estado e
ainda com terminal ferroviário para transporte de carga e passageiros
com locomotivas próprias em conexão com Erebango.
Quatro Irmãos teve como saliente a formação da primeira Cooperativa
Força e Luz do Brasil por volta dos anos de 1940 e 1950. O desenvolvimento
de Quatro Irmãos deveu-se principalmente a abundância da araucária
que permitiu a exploração de madeira, a criação de fabricas de celulose,
fabrica de azeite, cinemas, hotéis, transformando-a em uma cidade
com grandes atrativos na área de lazer e comércio. Com o passar do
tempo juntaram-se aos colonizadores judeus os descendentes de italianos,
alemães, poloneses etc.
Em 1927 foi fundada a primeira Igreja Católica na localidade de Rio
Padre, inaugurada em 15 de novembro de 1927. Em 1944 por ato do Governo
do Estado foi criado o primeiro Grupo Escolar de Quatro Irmãos. Em
1945 foi inaugurada a primeira Capela Católica na então Vila Quatro
Irmãos, atendida na época pelo padre Monsenhor Farinon. Com
o fim da extração da madeira pela falta da matéria prima, a Jewish
Colonization Association encerrou suas atividades, o terminal ferroviário
foi desativado, as serrarias e fábricas fechadas, a população começou
a abandonar a cidade a procura de novos negócios em outros locais,
transformando Quatro Irmãos em uma cidade abandonada. Passado
o tempo Quatro Irmãos foi reduzido a condição de Vila, sendo Distrito
do município de Erechim, pela precariedade do atendimento as condições
de vida da população e o abandono, em 1994 um grupo de pessoas começou
o movimento pela emancipação, tendo então culminado em 16 de Abril
de 1996, a criação do município de direito, sendo impossibilitado
da eleição de Prefeito e Vereadores por força de determinação legal,
teve sua condição elevada a município de fato em 01 de janeiro de
2001. Quatro Irmãos têm nas suas terras uma agricultura bem desenvolvida,
com áreas de alta produtividade, concentrando sua produção em milho,
soja, trigo e feijão, criação de bovinos e suínos".
ACIMA: O combate de Erebango na revolução
gaúcha de 1923. Por este artigo conclui-se que havia
uma parada na linha do ramal que ligava Erebango à colonia
judaica de Quatro Irmãos - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER
O ARTIGO INTEIRO (O Estado de S. Paulo, 8/5/1923).
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1925
AO LADO:
A ferrovia Erebango-Quatro Irmãos (O Estado de S. Paulo,
27/7/1925).
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ACIMA: Mapa das ferrovias do RS por
volta de 1935 (acervo R. M. Giesbrecht)
(Fontes: O Estado de S. Paulo, 1923 e 1925; Mapas - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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Atualização:
09.02.2018
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