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São Paulo-EFS
Barra Funda-EFS
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Tronco EFS-1935
Guia SP-1995
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2012
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E. F. Sorocabana
(1875-1892)
Cia. União Sorocabana e Ytuana (1892-1907)
Sorocabana Railway (1907-1919)
E. F. Sorocabana (1919-1971)
FEPASA (1971-1979) |
18751904
SÃO PAULO
Município de São Paulo, SP |
Linha-tronco - km 0 (1912) |
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SP-3900 |
Altitude: 737 m |
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Inauguração: 10.07.1875 |
Uso atual: demolida em 1979 |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1875 (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana
foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875,
até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu
Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS
construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em
1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência.
Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo
paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival
Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas
pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa
da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando
a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho
inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno,
desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio.
Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado
por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco
até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban,
sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO:
A estação original de São Paulo, muito próxima à atual
de Júlio Prestes, da antiga Sorocabana (ficava na esquina
das hoje ruas Mauá e General Couto de Magalhães), foi inaugurada em
julho de 1875, junto com a linha São Paulo-Sorocaba.
Dois anos antes, justificava-se sua posição: "A
estação da cidade de São Paulo se colocará
tão chegada à da estação da Santos-Jundiaí
quanto possível, ficando ela deste modo nos terrenos do Barão
de Mauá. Esta disposição facilitará tanto
o tráfego dos passageiros quanto o de mercadorias, e como já
conferenciei com o digno superintendente daquela estrada, concordará
o referido Sr. em colocarmos um trilho entre as duas estações
para esse fim, diminuindo desde modo quanto possível o inconveniente
da baldeação, que a diferença de bitolas torna
inevitável. Os desenhos dos edifícios das estações
estão alguns prontos, outros se aprontando, de modo que sem
demora se poderá principiar a construção dos
mesmos. A estação de passageiros terá do lado
da cidade um largo espaçoso, evitando assim desordem entre
os veículos que a procuram, e contribuinfo para a beleza da
capital de nossa província" (C. Spetzler, Engenheiro
em Chefe, Relatório da Sorocabana, 27/09/1873).
Há dúvidas quanto aos prédios que atendiam à ferrovia até a construção da chamada segunda estação, em 1914 e da terceira, em 1930 (Julo Prestes).
Com a incorporação da Cia. Ytuana pela Sorocabana, em
1892, a estação passou a pertencer e atender à Cia. União Sorocabana
e Ytuana (CUSY).
Em 1882, anuncia-se nos jornais a construção de uma nova estação para atender a Sorocabana em São Paulo (ver caixas abaixo, de 1882). Teria este prédio sido construído? Seria ele o prédio que atendeu a Sorocabana até a construção da Julio Prestes, em paralelo com o prédio de 1914?
Em 1904, o relatório da Sorocabana indica o "acabamento para o
prédio da estação", que podia ser ou não uma reforma do prédio
original, ou mesmo a construção de um novo. Note-se nas fotos de 1875
e de 1904 que os prédios tinham aparentemente o mesmo tamanho,
mas formas diferentes.
A estação foi assim descrita por Alfredo Moreira
Pinto: "Fica na rua da Estação, ao lado esquerdo da estação
Inglesa. É um edifício baixo, sem gosto, com três portas e duas janelas,
uma de cada lado. Na frente fica a bilheteria, à esquerda o telégrafo
e à direita as salas de espera e dos despachos das mercadorias. À
direita da estação ficam os armazéns para recebimento das cargas".
Em 1906, mais uma reforma em seu pátio: "Estação
de São Paulo - Construcção do grande armazem
de 75 m por 15, para servir a importação de mercadorias.
Augmento da capacidade do pateo da estação, sendo necessarios
para isso, effectuar-se o movimento de 22.000 m3 de terra. Construcção
de um armazem para inflammaveis, cobertura especial para baldeação
e reforma dos predios adquiridos. Deu-se começo a construcção
do grande armazem central, onde deverão funccionar os escriptorios
desta Estrada. Com os trabalhos effectuados em S. Paulo, foi despendida
a quantia de 207:281$068" (Relatório da E. F. Sorocabana
para 1906).
A estação foi desativada em 1914, com a construção
de uma nova a seu lado. Suas plataformas, entretanto, pareciam funcionar
em conjunto com a estação que lhe sucedeu, até
a abertura provisória da estação de Júlio
Prestes, ao lado da estação de 1914, em 1930.
Os três prédios, portanto, conviveram juntos, com usos
diferentes, até a demolição do mais antigo em
1979.
"Com a construção do viaduto paralelo ao viaduto de aço original,
sobre as linhas, no final da rua General Couto de Magalhães,
na década de 1950, metade da estação foi demolida, restando
apenas o torreão da esquerda da foto (na foto de 1904, pode-se ver
os dois "torreões"); nessa configuração amputada,
o remanescente do edifício original (incluindo seus armazéns
de carga e o recuo pavimentado em paralelepípedo) sobreviveu até sua
demolição, no Governo Estadual de Paulo Maluf, quando,
em 1979 tudo foi abaixo, apesar de tombado pelo município, para se
transformar no acesso á interligação Luz-RFFSA-Fepasa. Serviço mal
feito, ele nunca funcionou. Com a velha estação demolida,
o espaço se transformou numa quadra de tênis dos engenheiros da CPTM"
(Ayrton Camargo da Silva, 02/2007).
Em 2019, nada foi construído no local, murado e abandonado.
(VER TAMBÉM: São
Paulo-nova; Júlio
Prestes)
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1882
AO LADO: Embarque provisório pelo armazem (A Provincia de S. Paulo, 11/02/1882). |
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1882
AO LADO: Novo predio, agora para a estação? Seria este o prédio que duraria até a construção da estação Julio Prestes em 1930? (A Provincia de S. Paulo, 14/03/1882). |
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1890
AO LADO: Suicidio na estação (O Estado de S. Paulo, 13/08/1890). |
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1891
AO LADO: Clientes reclamam do tamanho da estação da Sorocabana - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO INTEIRO (O Estado de S. Paulo, 4/3/1891). |
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1891
AO LADO: Resposta da Sorocabana, dois dias após, envolve desmandos da SPR, sua vizinha - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO INTEIRO (O Estado de S. Paulo, 6/3/1891).. |
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1905
AO LADO: Horários das partidas e chegadas de trens na Estação da Sorocabana (O Estado de S. Paulo, 1/1/1905).. |
ACIMA: O prédio de 1904 ainda
estava em pé em julho de 1924, embora já não tivesse mais
essa função. Em frente a ele, as tropas do Governo durante
a revolução. Ao fundo, à direita, a estação
da Luz (Foto da Revista da Semana, 09/08/1924).
ACIMA: Numa pacata rua Mauá ainda com
bondes, provavelmente na primeira metade dos anos 1960, a estação
da Sorocabana e alguns galpões ainda inteira na esquina do
pontilhão da rua José Paulino. O arvoredo ao fundo é
o Jardim da Luz (Autor desconhecido).
ACIMA:As três estações:
a primeira, à direita, hoje um terreno vazio e cercado por um muro pichado; a
segunda, atualmente museu e Escola de Música;
e a terceira, ao fundo, Julio Prestes, da qual se vê somente o torreão
(Foto Ralph M. Giesbrecht em 28/10/2016).
VEJA TAMBÉM: Estação São Paulo-nova (1914-1930) e Estação Julio Prestes (1930-hoje)
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Ayrton
Camargo da Silva; Antonio Soukhef; Lourenço Paz; Lucas Cortopassi;
E. F. Sorocabana: Relatórios anuais, 1875-1969; Revista da
Semana, 1924; 90 anos da EFS, 1960; O Estado de S. Paulo; Revista
Ferroviária; Guias Levi, 1932-80; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht)
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Atualização:
11.01.2023
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