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VXY Mogiana em MG
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Cordeirópolis
Santa Gertrudes
Rio Claro
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Saída para a variante Rio Claro-Itirapina (a pt. 1976): Santana
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Tronco CP-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1887-1971)
FEPASA (1971-1998)
SANTA GERTRUDES
Município de Santa Gertrudes, SP
Linha-tronco - km 125,992 (1958)   SP-2876
Altitude: 570,806 m   Inauguração: 01.12.1887
Uso atual: depósito (2015)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da Cia. Paulista foi aberta com seu primeiro trecho, Jundiaí-Campinas, em 1872. A partir daí, foi prolongada até Rio Claro, em 1876, e depois continuou com a aquisição da E. F. Rio-Clarense, em 1892. Prosseguiu por sua linha, depois de expandi-la para bitola larga, até São Carlos (1922) e Rincão (1928). Com a compra da seção leste da São Paulo-Goiaz (1927), expandiu a bitola larga por suas linhas, atravessando o rio Mogi-Guaçu até Passagem, e cruzando-o de volta até Bebedouro (1929), chegando finalmente a Colômbia, no rio Grande (1930), onde estacionou. Em 1971, a FEPASA passou a controlar a linha. Trens de passageiros trafegaram pela linha até março de 2001, nos últimos anos apenas no trecho Campinas-Araraquara.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Santa Gertrudes foi aberta em 1887, ainda no município de Rio Claro, atendendo prIncipalmente à Fazenda Santa Gertrudes. "Sempre ouvi histórias de que a estação primitiva ficava em terras da fazenda do Conde Prates (na época deveria haver sido o marquês de Tres Rios) para facilitar o embarque de café. Isso faz supor que dita estaçao original ficaria entre 2 e 3 quilometros ao sul no sentido de Cordeiropolis. Esta suposição poderia ser verdade? Eu sou nascido em Santa Gertrudes e quando era criança (década de 1960) costumava fazer longas caminhadas sobre os trilhos e creio haver visto vestigios de alicerces de uma construção à margem da linha no lugar que estou lhe mencionando. Hoje, depois de tantos anos de cultivo de cana já desapareceram todos os vestígios. Isso tudo, aliado às estórias que lhe comentei, me levou a desconfiar de que a estação primitiva poderia ficar em outro lugar, como diziam. Some-se a isso o fato de que o poderoso Marquês de Três Rios (um dos maiores acionistas e entre os fundadores da Paulista) logicamente poderia haver influido para que a estação ficasse cerca de sua fazenda de café" (Eduardo A. Belotto, 04/2007).

Para a pergunta de Belotto não encontrei resposta em referência alguma, ficando a dúvida em aberto. A estação, desativada há muitos anos, em estado de semi-abandono, hoje está localizada no final da zona urbana do município de Santa Gertrudes, que não atravessa para o outro lado da linha férrea.

"Os prédios da estação se mantém razoavelmente conservados, já que a prefeitura usa o prédio para almoxarifado. Portas foram fechadas com tijolos, mas, perto de outras já demolidas... Os indigentes ainda frequentam o local, pois vimos latas queimadas na plataforma. Lá, ao menos, sobraram alguns cabos de aço pendurados nos postes da eletrificação. Essa história de roubo de fios... ora, se a bandidagem queria os fios de cobre, então, que se retirassem apenas eles, e deixassem toda a armação dos cabos de aço" (Edson S. Castro, 21/11/2000).

Em 2015, estava "lacrada" e em início de depredação. Parecia servir como depósito.

CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR A ESTAÇÃO VISTA DO SATELITE
(gentileza Antonio Carlos Mussio)

1890
AO LADO:
A estação ganha uma agencia de corrreios (O Estado de S. Paulo, 24/4/1890).

1893
AO LADO:
Tiros em Santa Gertrrudes (O Estado de S. Paulo, 24/6/1893).

ACIMA: O escritor francês Analole France chega à estação de Santa Gertrudes em 1909 (Illustração Brasileira, 10/1909).

1920
À ESQUERDA: O dia em que a estação de Elihu sofreu reformas internas e em sua plataforma e outras estações também foram reformadas (O Estado de S. Paulo, 15/06/1920).
ACIMA: O armazém da estação (esta pode ser vista ao fundo da foto) e o lixo que se deixa à sua frente, às margens da linha (Foto Leonardo Ventura em outubro de 2015).

(Fontes: Silvio Rizzo, 2017; Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 1998; Paulo Roberto Cordeiro, 2001; Julio Goes, 2006; Leonardo Ventura, 2015; Filemon Peres; Artur Silva, 2010; Edson Castro, 2001; Hermes Y. Hinuy, 2001; Antonio Carlos Mussio; Illustração Brasileira, 1909; Cia. Paulista: Álbum dos 50 anos, 1918; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1960; Cia. Paulista: Relatórios anuais, 1890-1969; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

1918: O mesmo prédio de hoje, no álbum de 50 anos da Paulista

1960: A estação, em foto da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros

10/01/1998: Já fechada e abandonada. Foto Ralph M. Giesbrecht

O dístico da estação, em 02/2001. Foto Paulo Roberto Cordeiro

Na antiga cabine de comando, o logotipo da CP. Foto Paulo Roberto Cordeiro em 2001

A estação em 07/2001. Foto Edson Castro

A estação em 10/04/2001. Foto Hermes Hinuy

A estação em 2006. Foto Julio Goes

A estação em 26/7/2010. Foto Artur Silva

A estação "lacrada" e já em início de depredação em outubro de 2015. Foto Leonardo Ventura

A estação em 22/7/2017. Foto Silvio Rizzo
 
     
Atualização: 13.05.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.