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Emas
Baguassu
Santa Silvéria
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ram. Sta. Veridiana-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2000
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Cia. Paulista de
Estradas de Ferro (1891-1971)
Fepasa (1971-1976) |
BAGUASSU
Município de Pirassununga, SP |
Ramal de Santa Veridiana - km 12,774 |
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SP-0873 |
Altitude: 590 m |
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Inauguração: 26.11.1891 |
Uso atual: fechada (2020) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1891 |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Santa Veridiana foi aberto em 1886, como ramal de Emas, partindo de
Laranja Azeda, no ramal de Descalvado, com apenas uma estação e transporte
exclusivo de cargas. O prolongamento para Santa Veridiana foi decidido
em 1888, sob forte pressão contrária da Mogiana, que alegava invasão
de sua zona privilegiada. Em 1893, a linha ficou pronta. As brigas
entre a Paulista e a Mogiana continuaram até 1913, quando um acordo
fez com que o final do ramal e a linha-tronco da Mogiana, que distavam
entre si apenas um quilômetro, se encontrassem, com bitolas diferentes
(larga e métrica) na nova estação denominada Baldeação. No início
de 1968, a linha entre Palmeiras e Baldeação foi suprimida. O agora
ramal de Palmeiras sobreviveu até 1976, quando foi extinto. Os trilhos
foram arrancados no início dos anos 1980. |
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A ESTAÇÃO: Inaugurada juntamente
com a nova estação de Emas em 1891 (veja caixa abaixo, de 1891), a estação de Baguassu foi durante
alguns meses ponta de linha do ramal de Santa Veridiana.
Seu
nome proveio do nome do córrego e da fazenda, já existentes na época.
Em 1909, o Secretário do Interior do Estado, Carlos Guimarães,
tinha ali uma "propriedade agrícola" (O
Estado de S. Paulo, 5/9/1909).
Mas há mais pequenas histórias
dos primórdios da estação e de seus arredores,
tiradas de edições do jornal O Estado de S. Paulo entre 1894
e 1910 e que mostram que em uma das fazendas que se utilizava da estação
para carregamento de café era a de Baguassu (mesmo nome da
estação) do Sr. Commendador Ignácio Gabriel Monteiro de Barros,
que estava montando nela um secador de café de marca Augusto,
"invenção do Sr. Augusto Ramos e privilegiado pelo Governo Federal"
(5/7/1894).
}
Em novembro de 1895, um passageiro de nacionalidade
italiana que "ante-hontem viajava entre Emas e Baguassú achando-se
descuidadamente na plataforma do carro, perdeu o equilibrio e cahiu,
vindo a fallecer momentos depois. O cadaver foi conduzido por parentes
do fallecido para Santa Cruz das Palmeiras" (6/11/1895).
Um ano e meio depois, uma quase tragédia verificou-se na própria estação,
onde ö chefe da estação de Baguassu, na linha Paulista, tendo tido
uma questão com um empregado, "desfechou contra este um tiro de garrucha,
cujo projectil lhe resvalou pela cabeça, abrindo um rombo no chapéo"
(18/3/1897).
Em 1900, problemas com o correio. A estação, como
muitas nessa época, tinha uma agência postal. Da fazenda da Rocha
- outra fazenda do local -, escreve o assinante do jornal, Sr. José
Augusto do Amaral Silva, "dizendo que o Estado do dia 9 só
alli chegou no dia 11. Na carta do Sr. Amaral, o próprio agente de
Baguassú, explicando o motivo do atrazo, declara que foi erro do correio
de São Paulo, que no dia 9 expedira para outra agencia o masso dos
jornais" (14/3/1900).
Em 1908, chega um novo agente para
a estação, vindo da estação de Remanso, em Araras, o
Sr. Augusto Haals (18/7/1908).
Em 1909, chega em 30 de outubro
a sua fazenda na região de Baguassu, o Sr. Carlos Guimarães,
então Secretario Estadual do Interior, notícia que se repetiria por
várias vezes nos dois anos seguintes. A fazenda não foi identificada
(30/10/1909).
No ano seguinte, estão à venda duas fazendas
de café a cerca de 4 km da estação do Baguassu. Anuncia-se
um leilão em 1º de outubro, ao meio-dia, em frente à cadêa, em Pirassununga,
onde "serão postas em praça publica as importantes fazendas de
café Rio das Pedras e da Onça, pertencentes ao espolio do fallecido
coronel Francisco da Silveira Franco. As terras são de primeira qualidade,
há mattas virgens, capoeiras, 215.000 pés de café, 51casas para colonos,
duas casas de morada, paioes, chiqueiros, machinas de beneficiar café,
carroções, carritelos, gado de criar. As duas importantes fazendas
irão à praça por 119:155$000" (27/9/1910).
Nos anos 1940,
a Usina Santa Lúcia se instalou bem próxima à estação, e aos
poucos a cana foi substituindo o café que estava presente por toda
a volta. "Essa usina existe lá desde 1942, mas antes, tudo em volta
era café e não cana. O trem fazia manobras na estação, e a gente descia
para ir ao pomar ao lado, e comia goiaba, manga, jambo, tudo do pé!"
(Luiz Afonso Mendes, o Dudízio, de Santa Cruz das Palmeiras, 1999).
Moradores de Pirassununga costumavam tomar o trem só para tomar garapa ao lado da estação.
Em 1976, ela foi
desativada, com o fim do ramal. Alguns anos antes disso, ela era o
principal ponto de embarque de cana de açúcar pela ferrovia. O velho
fiscal de linha de Baguassu ainda vivia, em 1997; eu conversei
com ele. Ele morou na estação até pouco tempo antes, saindo de lá
para morar no bairro de Emas. Contou-me que em Baguassu assistiu à passagem do último trem, que na verdade um cargueiro
que ia recolhendo material do ramal, em agosto de 1976, que ele
se lembrava da data porque ele havia se aposentado pouco antes. Depois
da saída do velhinho, outra família se apossou do local, e a usa como
moradia.
Em 2013 o prédio estava abandonado.
1891
AO LADO: Abrem-se ao tráfego as estações de Emas e de Baguassu. (O Estado de
S. Paulo, 27/11/1891). |
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1895
AO LADO: Abrem-se ao tráfego as estações de Emas e de Baguassu. (O Estado de
S. Paulo, 6/11/1895). |
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ACIMA: Baguassu, 1913 (Foto Suiá Stocco Teixeira,
25/5/2013).
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TRENS
- De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros
pararam nesta estação de 1891 a 1976. Na foto
à esquerda, o trem do ramal está em Santa Veridiana.
Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre esses trens.
Veja aqui horários
em 1964 (Guias Levi). |
(Fontes: Luiz Afonso Mendes Jr.; Luiz Affonso Mendes
(in memoriam); Suiá Stocco Teixeira; Rodrigo Cabredo; Giseli Bianchini;
O Estado de S. Paulo, 1893-1910; Ralph Mennucci Giesbrecht: Caminho
para Santa Veridiana: as ferrovias em Santa Cruz das Palmeiras; Cia.
Paulista: Relatórios anuais, 1872-1969; Mapa - acervo R. M.
Giesbrecht) |
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Estação de Baguassu no áureos tempos (1918).
Foto do álbum dos 50 anos da Paulista |
A estação em 07/06/1996. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 07/06/1996. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 07/06/1996. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Acima e à direita, a estação hoje abandonada,
em 12/2006. Foto Giseli Bianchini |
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A estação em 15/11/2013. Foto Rodrigo Cabredo |
A estação em 1/11/2016. Foto Luís Fernando Pecchiore Bastos |
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Atualização:
17.04.2021
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