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(1883-1964)
Tibiriçá
Cravinhos
Buenópolis
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Saída para o ramal de Cravinhos:
Bifurcação
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Tronco CM - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2015
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Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1883-1964) |
CRAVINHOS
Município de Cravinhos, SP |
Linha-tronco original - km 286,731 |
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SP-0006 |
Altitude: 782 m |
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Inauguração: 23.11.1883 |
Uso atual: Prefeitura Municipal (2015) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha-tronco da Mogiana teve o primeiro trecho inaugurado em 1875,
tendo chegado até o seu ponto final em 1886, na altura da estação
de Entroncamento, que somente foi aberta ali em 1900. Inúmeras retificações
foram feitas desde então, tornando o leito da linha atual diferente
do original em praticamente toda a sua extensão. Em 1926, 1929, 1951,
1960, 1964, 1971, 1973 e 1979 foram feitas as modificações mais significativas,
que tiraram velhas estações da linha e colocaram novas versões nos
trechos retificados. A partir de 1971 a linha passou a ser parte da
Fepasa. No final de 1997, os trens de passageiros deixaram de circular
pela linha. |
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A ESTAÇÃO: "Para
poder avaliar com mais conhecimento de causa, e determinar os lugares
das estações intermediarias e terminal, a Directoria fez uma viagem
pela linha até o Ribeirão Preto. Do exame feito, verificou que por
emquanto, como intermediaria é bastante uma estação que está já se
construindo no kilometro 32, e denominada - dos Cravinhos. Todo o
material de construcção foi fornecido gratuitamente pelos irmãos Dr.
Luiz e Miguel Barreto, importantes fazendeiros daquella localidade,
tornando-se assim dignos de todo o elogio" (Relatório da Mogiana,
1883).
A estação de Cravinhos foi inaugurada finalmente
em 1883. "Nesta época, o povoado já contava
várias casas aglomeradas ao longo de uma estrada, a atual rua
do Bonfim" (Folha da Manhã, 20/7/1958).
"A estação (em 1883) resumia-se a um pequeno
e acanhado prédio, com compartimentos bastante singelos, necessários
aos serviços mais urgentes da Estrada" (F. Gomes,
1922).
"Meu avô, Sud Mennucci, em seu primeiro emprego como professor
primário, lecionava na estação de Alvarenga, ramal de Cravinhos, em
1910. Ele costumava ir de trem a Cravinhos, e se dirigir dali à única
livraria da cidade, para gastar quase todo o salário
em livros. O livreiro ficava surpreso e por muitos anos comentou sobre
aquele que era o seu melhor cliente..." (Ralph M. Giesbrecht, agosto
de 2000).
"De 1916 a 1918 meu avô, Elias da Paixão Teixeira Mesquita,
teve um bar na estação e servia os passageiros
que passavam por lá e minha avó fazia os quitutes
para servir nos horários em que passava o trem. Antes de comprar o
bar ,ele trabalhou na construção da estrada de ferro Mogiana"
(Eliana Martini, 08/2006).
É o mesmo F. Gomes em seu livro que descreve o estado
da estação em 1922, bem diferente da época da
inauguração: "O predio da estação,
espaçoso, dotado de apartamentos que offerecem todo o conforto
para o funccionamento de suas diversas secções - dispõe
de amplas plataformas, aliás de accordo com o intenso movimento
de trafego a que deve attender. Pelo lado da via férrea
do tronco, descortina-se, à direita, entre duas collinas salientes
e uma no fundo, mais disfarçada, os cafezaes da fazenda do
sr. Tenente Eduardo Nogueira, de bellissima paisagem, não só
pelo colorido como ainda pelo relevo minucioso com que se desenvolvem
aos nossos olhos. Da extremidade esquerda, a fazenda Jardim desperta
logo a attenção do espectador, ostentando entre as cambiantes
da sua superfície, a avenida de arvores em destaque que o povo
chamou "Fileirão". À frente, casario triste
e vagões de carga vadios. Para
São Paulo, paga-se, via Campinas, 1a classe, 32$900, e segunda,
segunda, 18$400. Via Baldeação,
1a classe, 29$700, segunda R$ 17$100".
De 1910 a 1956, da estação saía o ramal
de Cravinhos, que levava a Serrana.
A estação foi fechada em 01/05/1964, com a desativação
do trecho, e substituída pela nova, com o mesmo nome, mas distante
9 km da cidade.
A estação foi imediatamente transformada pela Mogiana
em agência rodo-ferroviária, condição que
não durou por muito tempo. Em 2015 era a sede de órgãos
da Prefeitura local.
(Veja também CRAVINHOS-NOVA)
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1883
AO LADO: Em junho, o local da estação de Cravinhos já estava definido: o alto da serra do mesmo nome
(A Provincia de S. Paulo, 05/06/1883). |
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1884
AO LADO: Imprudência do chefe do trem (A Provincia de S. Paulo, 2/10/1884). |
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1889
AO LADO: Boi na linha em Cravinhos (A Provincia de S. Paulo, 23/10/1889). |
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1890
AO LADO: Tiros no trem em Cravinhos (O Estado de S. Paulo, 24/1/1890). |
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1891
AO LADO: Praças (soldados) mal vestidos na estação (O Estado de S. Paulo, 08/07/1891). |
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1891
AO LADO: O acidente na estação foi evitado e o maquinista torna-se herói (O Estado de S. Paulo, 09/10/1891). |
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1893
AO LADO: Briga em Cravinhos (O Estado de S. Paulo, 24/07/1893). |
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1894
AO LADO: Acidente na estação de Cravinhos (O Estado de S. Paulo, 22/5/1894). |
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1895
AO LADO: Morte na estação de Cravinhos (O Estado de S. Paulo, 25/7/1895). |
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1897
AO LADO: Nasce a E F Vicinal de Ribeirão Preto, que 20 anos mais tarde torna-se o ramal de Cravinhos do chefe do trem (O Estado de S. Paulo, 19/07/1897). |
ACIMA e ABAIXO: Desastre fatal de trens da Mogiana
em 2 de novembro de 1913, entre Cravinhos e Buenopolis (Careta, 15/11/1913).
ACIMA: (CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA AUMENTAR) Almoço no Hotel Pires, "em frente à estação",
em Cravinhos em 21/5/1932. Homenagem a meu avô Sud Mennucci,
então Diretor-Geral do Ensino do Estado de São Paulo.
Nessa época, descia-se do trem e seguia-se para o hotel em
frente (Acervo Ralph M. Giesbrecht).
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1947
AO LADO: Em Cravinhos, reclamações contra
a Mogiana (Folha de Manhã, 1/3/1947). |
ACIMA: Pátio da estação
de Cravinhos no início dos anos 1950: do lado direito, o pátio
da linha tronco; à esquerda, pátio do ramal de Serrana
(Foto publicada na edição especial da Revista Cravinhense
em homenagem ao IV Centenário de São Paulo, 22/7/1954,
p. 37).
"Atualmente
o prédio da estação, amplo e espaçoso,
com uma extensão de 170 metros, dispondo de várias
salas, em número de 8, destinadas a diversas funções,
situa-se no ponto final da rua 15 de Novembro. Dispõe,
todavia, de uma plataforma que oferece bastante comodidade aos
passageiros e ao pessoal encarregado dos serviços de
carga. Sem dúvida alguma, apesar do conforto que ela
oferece, a estação necessita passar por uma série
de reformas, as quais viriam beneficiar grandemente à
população, bem como dar-lhe um melhor aspecto,
colaborando, assim, para o embelezamento da cidade" (Revista Cravinhense, 22/7/1954). Dez anos depois,
sem nenhuma nova reforma, a estação seria fechada
e transferida para uma nova a nove quilômetros dali. Para
quem gostava ou dependia do trem, um desastre. |
1954
AO LADO: Assim
era a estação no ano de 1954, segundo a imprensa
da época. |
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1964
AO LADO: O que acharam os usuários destas estações
ao saber que o trem desapareceria e iria para longe? (Folha
de S. Paulo, 21/4/1964)
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ACIMA: Em foto de 2016, a velha placa
que ficava na plataforma da estação, pelo menos até
1956, época do fim do ramal de Cravinhos. Hoje está
em um salão no Museu da Cia. Paulista em Jundiaí (Foto
Leandro Guidini).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; Dirceu Baldo; Eliana Martini; Leandro Guidini; A. C. Belviso;
Cia. Mogiana: Relatórios anuais, 1875-1969; Folha de S. Paulo,
1964; A Careta, 1913; Cia. Mogiana: Álbum, 1910; F. Gomes:
Cravinhos-Histórico, Geographico Commercial Agricola, 1922;
Folha da Manhã, 1958; Revista Cravinhense, 1954; Mapa e carta
de 1932 - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação, c. 1910. Foto do álbum da Mogiana |
A estação, c. 1908. Foto do álbum da Mogiana,
cedida por A. C. Belviso |
Em 18/11/1998, a estação servindo à Prefeitura.
Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação, em outubro de 2001. Foto Dirceu Baldo |
A estação, em outubro de 2001. Foto Dirceu Baldo |
A estação em maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em maio de 2015. Foto Ralph M. Giesbrecht
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Atualização:
17.07.2021
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