A B C D E
F G H I JK
L M N O P
Q R S T U
VXY Mogiana em MG
Indice de estações
...
Coelho da Rocha
Belford Roxo
...
Saída para o ramal de Jaceruba (1883-1965): Areia Branca
...
Saída para o ramal de Xerém (1883-1965):
Aurora
...

...
ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 2008
...

 
E. F. Rio de Ouro (1883-1927)
E. F. Central do Brasil (1927-1975)
RFFSA (1975-1997)
Supervias (1997-)
BELFORD ROXO
Município de Belford Roxo, RJ
E. F. Rio do Ouro - km 27,699
Linha Auxiliar - km
  RJ-1271
Altitude: 13 m   Inauguração: 15.01.1883
Uso atual: estação de trens metropolitanos   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1978
 
 
HISTORICO DA LINHA: A Estrada de Ferro Rio do Ouro foi construída para construir e cuidar dos reservatórios e do abastecimento de parte da cidade do Rio de Janeiro e foi aberta ao tráfego de passageiros em 1883. Inicialmente saía do Caju e mais tarde passou a ter como início a estação de Francisco Sá. Depois dessa mudança o seu curso inicial foi alterado e ela passou a acompanhar de muito próximo a linha Auxiliar até a estação de Del Castilho, quando se separavam as linhas. Na estação da Pavuna elas voltavam a se encontrar. O trecho final, até Belford Roxo, era compartilhado com os trens metropolitanos da Auxiliar (depois da Leopoldina) em bitola mista. Em meados dos anos 1960 os trens da Rio de Ouro, ainda a vapor, embora tenham sido feito testes com locomotivas diesel, deixaram de circular. A Rio de Ouro, encampada pela Central do Brasil nos anos 1920, tinha vários ramais e três deles sobreviveram como trens de subúrbio até a mesma época da desativação da linha-tronco: os ramais de Xerém, do Tinguá e de São Pedro (Jaceruba). Parte de sua linha-tronco foi utilizada na construção da linha 2 do metrô do Rio de Janeiro.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Belford Roxo - homenagem a Raymundo Teixeira Belford Roxo, chefe da 1a Divisão da Inspetoria de Águas, foi aberta pela E. F. Rio do Ouro, provavelmente com a linha, em 1883.

"Antiga fazenda do Brejo e anteriormente, Calhamaço, lembrando o antigo canal do calhamaço aberto pelo Visconde de Barbacena (seu antigo proprietário), e que formava um braço do Rio Sarapuy. Sua estação recebeu este nome em homenagem a Raimundo Teixeira Belford Roxo, chefe da 1ª divisão da inspetoria de águas. Havia em frente a esta estação um artístico chafariz de ferro jorrando água, que o povo denominou de "Bica da Mulata", cuja figura mitológica de uma mulher branca sobraçando uma cornucópia oferecia aos passantes o líquido precioso, que a oxidação do ferro transformou em "mulata", e era uma cópia da estátua existente na Pavuna"
(Segundo Guilherme Peres, pesquisador e membro do IPAHB).

A estação acabou fazendo parte, com o tempo, das linhas da Auxiliar, principalmente depois que esta última deixou de correr trens entre a região da Pavuna e a estação de Belém (Japeri).

Mais tarde, com a desativação da Rio de Ouro e sua incorporação de seus trechos pela Central do Brasil através da linha Auxiliar (que mais tarde foi passada para a Leopoldina, nos anos 1960, até a incorporação dos subúrbios pela RFFSA, em 1971), a estação foi ligada à estação da Pavuna, e a linha passou a ser contínua desde a linha principal da Auxiliar. Atualmente, há trens metropolitanos da Supervias que seguem para Belford Roxo - que é estação terminal - direto desde a estação Dom Pedro II. Até 1969, saíam de Belford Roxo três linhas originárias da Rio de Ouro: os ramais de Xerém e de Jaceruba, que foram desativados pelas RP-45 de 12 e 15/5 e RP-78 de 10/10 desse ano. Destes hoje há pouquíssimos resquícios.

Por pelo menos os trinta anos finais de operação da E. F. Rio de Ouro, o ponto inicial desta ferrovia era a estação de Belford Roxo até o final de suas operações.

A estação atual de Belford Roxo foi inaugurada pelo ministro dos Transportes, Gal. Dirceu Nogueira, em 04/04/1978. Esta estação funciona até hoje, com os trens da Supervia, enquanto a grande maioria das estações da Rio D'Ouro foi fechada com o fim de suas linhas, no final dos anos 1960.

1937
À ESQUERDA:
Descarrilamento de trem da Rio de Ouro em Belford Roxo (O Estado de S. Paulo, 31/12/1937)..

1940
À ESQUERDA: Entrega de dupkicação de linhas (O Estado de S. Paulo, 17/7/1940).

1945
À ESQUERDA: Entrega de eletrificação de parte da linh da Rio de Ouro de linhas (O Estado de S. Paulo, 2/3/1945).

ACIMA: TUE na estação de Belford Roxo em 1955 (Acervo Hugo Caramuru).

ACIMA: Estação de Belford Roxo da Supervia, na Baixada Fluminense, foi fechada na manhã de 4/4/2022, após um trem ter que retornar por conta do Passageiros revoltados vandalizaram e chegaram a atear fogo em parte das instalações.
A primeira composição que partiu do local teve que retornar antes de chegar à Estação Agostinho Porto por conta dos detritos espalhados pela via, segundo a Supervia. O trem seguia em direção à Central do Brasil. Bombeiros foram chamados para apagar o incêndio e a segurança foi reforçada pela Polícia Militar.Mais cedo, os ramais de Santa Cruz e Saracuruna também tiveram problemas com furtos e de sinalização. Segundo a Supervia, o problema foi solucionado. A SuperVia afirma que, no ano passado, recolheu 1.977 toneladas de lixo doméstico jogados no sistema ferroviário do Rio, o que soma um gasto de R$ 721 mil com a retirada desses resíduos, que não são relacionados à operação e manutenção dos trens. Com a ampliação das ocupações irregulares ao longo da via, volumes cada vez maiores de lixo têm sido depositados ao longo da linha do trem, afirma a concessionária (Yexto: Reprodução de O Globo, 4/4/2022)
.



ACIMA: Estações da Rio D'Ouro em atividade por volta de 1928 (data estimada), de acordo com livro não identificado da época.Repaarar que a conexão com as estações da linha Circular da Pavuna (esta, parte da linha Auxiliar) já existia na época (Estações de Pavuna, Agostinho Porto e Belford Roxo) - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA Vê-LA EM TAMANHO MAIOR).


ACIMA: Mapa do que teria sido a Estrada de Ferro Rio De Ouro durante sua existência, do final do século XIX até por volta de 1970. A linhas-tronco original e seus ramais nunca conviveram ao mesmo tempo, o que torna obrigatório a existência com praticamente uma cor para cada linha no desenho. A cor roxa escura teria sido a linha-tronco original, ligando Caju a Jaceruba e a linha verde foi construída para mudar o ponto zero de Francisco Sá a Engenho do Mato. No final dos anos 1920, o trecho que ligava o Caju â região de Belfort Roxo foi extinto e substituído por outro percurso, numa época que, por existirem diversas fontes diferentes e conflitantes entre si (Desenho: Eduardo P. Moreira, durante os anos 2010). NOTA IMPORTANTE. As estaçõea de Capivary (que se situava no ramal de Xerém, entre Lamarão e Quilômetro 43 e o ramal de Gairão, que saía de João Pinto, embora apareca neste mapa, não foram por mim encontradas em documentação alguma.

(Fontes: Carlos Latuff; Wandeley Duck; Guilherme Peres; IPAHB; Gazeta do Povo, Curitiba, PR, 5/4/1978; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação antiga, ao fundo, nos tempos ainda da Rio de Ouro, sem data. Acervo Wanderley Duck

A estação em 1960. Cessão Carlos Melekh

A estação de Belford Roxo em 07/2003. Carlos Latuff

A estação de Belford Roxo em 07/2003. Foto Carlos Latuff
   
     
Atualização: 09.05.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.